摘要:Este artigo tem como objetivo apresentar como se estabelecem os estudos do filósofo húngaro Georg Lukács sobre a origem do complexo da arte a partir das formas abstratas do reflexo estético da realidade, a saber: ritmo, simetria e proporção e ornamentística. Tais categorias configuram-se, conforme os estudos de Lukács, em princípios; em elementos estruturais da produção artística, os quais são diversos, orientados por funções as mais variadas e já bastante evoluídas e que, de forma excepcional, no caso da ornamentística, mantiveram sua independência, ainda que não tenham garantido o mesmo grau de importância de tempos remotos. Trata-se de um estudo teórico-bibliográfico, apoiado em uma base onto-histórica. O filósofo húngaro considera a dificuldade de revelar a procedência do complexo da arte. Atentamos ao método, considerando que devemos partir do já esteticamente formado, procedendo a tempos remotos, numa relação dialética. Podemos então nos aproximar da origem quando entendemos o mais desenvolvido. Nossas considerações vão ao encontro da compreensão de que qualquer nível de atividade humana deve implicar o trabalho como categoria fundante, na relação de transformação da natureza e do próprio homem. A arte, portanto, tem sua gênese no trabalho e, enquanto complexo tardio no mundo dos homens, tem o seu desprendimento do solo cotidiano, alcançando um processo de autoconsciência humana. Nesse sentido, a relevância do estudo consiste em contribuir com o projeto coletivo para o entendimento do papel da atividade criadora-receptora no aprimoramento dos sentidos, abrindo possibilidades de elevadas expressões no processo de humanização, com vistas à superação da sociabilidade regida pelo capital.