摘要:Durante a história do pensamento geográfico, antagonismos mostraram-se poderosos o suficiente para estimular o surgimento de correntes do pensamento e métodos de análise geográfica bastante distintos: de um lado, a objetividade versus a subjetividade; de outro, a materialidade versus imaterialidade. Este artigo apresenta como estes antagonismos participam da análise geográfica, refletindo sobre as limitações de suas manifestações extremadas, como um caminho para o objetivo desta reflexão teórica: a sugestão de uma posição intermediária em meio a este imbróglio teórico, inspirados no pensamento de Augustin Berque acerca da mediação da materialidade e imaterialidade consagrada no neologismo geogramas. Como uma estratégia metodológica, o texto do artigo parte das grandes discussões que envolveram materialidades e imaterialidades no período da reação ao florescimento do neopositivismo da década de 1950. É abordado, também, as manifestações da objetividade e da subjetividade na pesquisa geográfica, que dão suporte para pensarmos na materialidade e imaterialidade dos elementos da paisagem e nos conceitos apropriados pela geografia. É utilizado como estratégia de reflexão a metáfora da paisagem como texto, que serviu como um instrumento de reflexão sobre os problemas advindos da utilização de formas extremadas de imaterialidade. Por fim, destaca os efeitos mais práticos do desacordo entre a materialidade e a imaterialidade, utilizando as categorias raça e cultura como instrumentos reflexivos.