摘要:O processo de remodelação urbana vivenciado pelas grandes e médias cidades brasileiras entre o final do século XIX e XX, promoveu a segregação urbana das classes populares, em virtude de um discurso higienista, que associava à pobreza a ausência de higiene e em consequência, responsabilizava as classes menos favorecidas pela propagação de endemias no burgo, criando periferias no entorno da cidade, desprovidas de qualquer infraestrutura, favorecendo a proliferação de arbovírus nestes territórios. O estudo buscou investigar como a segmentação dos grupos sociais no tecido urbano e a desigualdade no acesso aos recursos sanitários no município de Campina Grande/PB influenciaram a distribuição espacial dos casos de arboviroses. O percurso metodológico da investigação fez uso da pesquisa documental e bibliográfica, constituída por meio da análise de livros de referência, documentos do Ministério da Saúde, Boletins Epidemiológicos da Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande e pesquisa em meios eletrônicos científicos especializados.