摘要:Partindo da reflexão sobre a natureza híbrida, permeável e dinâmica da cultura, esteartigo traça uma reflexão sobre as possibilidades de sua representação cartográfica.Declarando a cultura como uma entidade intangível ou mesmo “uma imaginaçãocoletiva” e tendo como sustento teórico a argumentação de Benedict Andersonacerca da ideia de nação, analisa-se a hipótese de que a delimitação de elementosculturais ou da cultura propriamente dita é equivocado. Para tanto, parte dopressuposto que as representações culturais possuem pretensões totalizantes, nãopassando, contudo, de expressões individuais ou de coletividades precisas. O artigoapresenta ainda os mapas mentais como formas de superar os dilemas darepresentação de elementos culturais, desde que os mesmos abandonem apretensão da totalidade e se apresentem como expressões da experiência individualou de grupos bem delimitados. Neste particular, os mapas mentais não devemaspirar se constituírem como representações da cultura propriamente dita, que sãoessencialmente totalizantes e incompatíveis com as interpretações individuais ou degrupos restritos