摘要:O presente artigo tem por finalidade apresentar uma breve discussão historiográfica sobre a fronteira entre cristãos e muçulmanos na Peninsula Ibérica. Pretendemos também, neste trabalho, estabelecer uma reflexão sobre o conceito de terras de ninguém com base na documentação produzida ao longo do século XIII. Diferente do mundo atual, em que os Estados modernos nescessitam de fronteiras precisas e estabelecem linhas de demarcação tão estreitas, que é impossível habitar sobre elas, a fronteira castelhana foi durante o medievo uma faixa de terra larga o suficiente para ser compreendida como um território, cuja autoridade não estava completamente definida, um espaço sujeito a investidas tanto de cristãos como muçulmanos.