摘要:O texto discute quais das diferentes docências sugeridas nos discursos contemporâneos da Educação Matemática (docência construtivista, lúdica, analítica, mecânica, reflexiva, colaborativa, conformada) são encontradas nas análises das enunciações que circulam no meio institucional do GerAção/POA. Nesse espaço, estudou-se o tipo de docência esperada para ensinar a(s) matemática(s) necessária(s) para os usuários serem “protagonistas da própria vida”, podendo apontar para uma docência ainda não catalogada. O material empírico foi composto por quatro entrevistas semiestruturadas realizadas com profissionais da saúde que atuam no GerAção/POA e observações das oficinas que os usuários participavam. As lentes teóricas utilizadas para a realização do estudo tiveram inspiração na perspectiva pós-estruturalista, em especial nas teorizações de Michel Foucault. A partir das análises do material empírico, infere-se que a inclusão e as necessidades educativas em matemática que estes usuários podem vir a apresentar, fazem emergir a Matemática Escolar como uma tática de governamento. Portanto, emerge das análises, uma docência que nominamos de docência inclusiva. Esta, dirige as condutas de sujeitos/usuários que estão à margem da normalidade, os estranhos de nossa sociedade, mas que necessitam serem conduzidos nessa sociedade neoliberal. A docência inclusiva, neste contexto, é mais uma docência-repouso.