摘要:A diversidade atravessa documentos oficiais da educação e ressoa em currículos e práticas pedagógicas produzindo discursos de respeito e tolerância. Este trabalho é de abordagem qualitativa e utiliza como estratégia metodológica a arqueologia de Foucault para analisar condições de possibilidade de irrupção de discursos sobre diversidade na educação brasileira. Foram analisados trabalhos de estudantes expostos em murais de uma escola nos quais três discursos foram mapeados: discurso jurídico, de igualdade e de tolerância. O objetivo é problematizar esses discursos a partir de uma análise ancorada na diferença pensada por Deleuze (1988). Conclui-se que, ao difundir discursos sobre diversidade, o currículo reclama um lugar para as identidades diversas, mas não questiona a norma que as produz. Neste sentido, a diferença deleuzeana permite pensar um currículo que foge da representação, pois a diferença não é, ela varia infinitamente à medida que se repete.