摘要:No âmbito rural na Argentina percebe-se, desde a década de 1990, um aumento dos conflitos sociais. Surgem localmente movimentos, lutas e demandas vinculadas com a apropriação e uso dos recursos do território (terra, água, minerais, bosques, infraestrutura, etc.) ou com as consequências ambientais da ação do homem sobre o mesmo (contaminação, desmatamento, inundações). Todavia, e apesar de muitos deles terem se tornado públicos, esses conflitos em sua maioria são ignorados ou se minimizam. Entretanto, o que se desencadeou em março de 2008, conhecido como o conflito do campo ou agrário, teve outra transcendência. Este conflito foi atravessado por múltiplas contradições, discrepâncias e confusões promovidas por ambos os setores em luta (referentes do setor agrário e governo). E longe de representar uma problemática universal do campo, não foi mais do que a expressão de uma disputa no interior dos setores dominantes. Neste trabalho, a partir de estudos de caso nas províncias de Salta e Misiones, aplicando metodologias qualitativas e a partir de uma perspectiva analítica que visualiza os conflitos como expressões de lutas de poder pelos recursos do território, propomos mostrar as contradições e consequências territoriais dos conflitos associados tanto às disputas pelo poder hegemônico como os vinculados a resistências ao modelo de desenvolvimento dominante e excludente. Downloads Não há dados estatísticos.