摘要:O artigo reflete sobre o legado colonialista no Brasil e o apagamento das questões sociais nas narrativas de telejornais sobre violência urbana. No Brasil a criminalidade é tratada pelo Estado de forma emergencial e se revela como artifício para o controle social e punição aos mais pobres (FOUCAULT, [1987] 2009). Para tanto, foram selecionados dois materiais de telejornais da Rede Globo sobre arrastões em áreas nobres da cidade do Rio de Janeiro. A metodologia de análise consiste na intersecção entre a perspectiva bourdiana e foucaultiana, com base na ideia de que a reprodução do discurso dominante no tempo-espaço naturaliza o problema da marginalização social. As considerações finais desta análise apontam para a atuação dos telejornais na promoção do ódio e na construção do Outro como inimigo.