摘要:Diante da multiplicidade epistemológica do mundo, há necessidade de modos plurais para a sua compreensão, embora estes sejam sempre parciais e provisórios. De posse de um “roubo” da noção de “cegueira epistemológica”, este escrito busca linhas para produzir, criar e inventar múltiplas maneiras de habitar um campo problemático para acompanhar os processos de pesquisa e de vida engendrados nos cotidianos das escolas, nas vidas de docentes e discentes: como inventar (des)caminhos para se pensar movimentos de experimentação? Como, em movimentos de pesquisa, entrar em relação ao que se mexe, gera, foge, devém, inventa, desliza, surge, em vez de captar o que, supostamente, é fixo, imutável, eterno, estável, imóvel? De que modo esses (des)caminhos provocam movimentos de ruptura, de (re)existência e potencializam novos processos de subjetivação, novas ideias/conceitos, conhecimentos e invenções no campo da educação? Os intercessores teóricos convidados a participar deste encontro são Deleuze, Guattari, Foucault, Nietzsche, docentes e discentes com os quais são estabelecidas relações para habitar e compartilhar um mesmo campo de discussão – a pesquisa em educação − com intensidades e desejos diferentes, compondo multiplicidades e diferenciações, porém com a mesma postura ético-político-epistemológica de acolher a vida em seus movimentos de invenção. Os caminhos metodológicos foram delineados a partir de redes de conversações com os autores referenciados e com os docentes e discentes que habitam os cotidianos da escola. Conclui afirmando a aposta de que a pesquisa em educação seja entendida como campo intersticial, intermitente, nômade, situado no improvável – das aberturas, dos possíveis, dos inesperados, em movimentos de invenção.