摘要:Nosso objetivo foi avaliar os efeitos do pesque-e-solte em espécies nativas do Brasil:
tucunaré (Cichla ocellaris) e pirapitinga (Piaractus brachypomus). Para isso, comparamos
os efeitos de diferentes anzóis tipo J com fisga (JC), J sem fisga (JS), circular com fisga (CC)
e Wide Gap (WG) e suas relações com sua retirada, o local do ferimento, o sangramento
causado e a cicatrização da ferida. Avaliamos ainda a taxa de mortalidade dos peixes 7 dias
após a pesca. Foram pescados 232 peixes, sendo 39,65% (n=92) de tucunarés e 60,34%
(n=140) de pirapitingas. A taxa de mortalidade dos tucunarés foi de 0,43% (n=1) e de
pirapitinga 0%. Os anzóis que apresentaram maior facilidade para retirada (até 10
segundos) foram o JS para a pirapitinga (85,70%, n=30) e o CC para o tucunaré (75,0%,
n=27). Os anzóis que causaram mais ferimentos superficiais foram o WG para a
pirapitinga (94,28%, n=33) e o CC para o tucunaré (91,66%, n=33). Os ferimentos
causados pelos anzóis foram totalmente cicatrizados (7 dias após a pesca) em 60,0%
(n=21) das pirapitingas pescadas com anzol JS e em 84,21% (n=16) dos tucunarés
pescados com JC. Nossos resultados indicam a necessidade de adoção de anzóis diferentes
para cada espécie, para redução de danos causados pelo pesque-e-solte. Concluímos que
a atividade do pesque-e-solte em tucunarés e pirapitingas causa baixa mortalidade, desde
que adotadas práticas específicas, as quais podem minimizar os danos causados pela
pesca e contribuir para a manutenção dos estoques pesqueiros brasileiros.
关键词:Pesca esportiva; Pesca recreativa; Injúrias em peixes.