摘要:A violência é um fenômeno generalizado na sociedade e atinge as pessoas indistintamente de classe social, raça ou clero religioso. Esse fenômeno preocupa, uma vez que sua abrangência incide tanto no espaço privado quanto no público. Na escola, ela se origina nas relações estabelecidas entre os agentes escolares e não está livre da violência social e os profissionais da educação manifestam dificuldades em administrar os conflitos e as diferentes formas de violência. Este estudo, realizado no mbito da linha de pesquisa Teorias e Práticas Educacionais do Programa de Pós Graduação Stricto Sensu em Educação, tem como objeto de pesquisa a instituição do Professor Mediador Escolar e Comunitário, parte da política pública do Sistema de Proteção Escolar, na Rede de Ensino do Estado de São Paulo e as ações desse profissional em uma escola jurisdicionada à Diretoria de Ensino da Região de Andradina. Verificamos se a atuação do professor mediador contribuiu para que a escola se tornasse um locus privilegiado de concretização de ações ou de programas preventivos na solução de conflitos e da não violência escolar. Para alcance dos objetivos, optamos pela abordagem de cunho qualitativo com análise documental e de conteúdos que normatizam a função de professor mediador escolar e comunitário. Analisamos os documentos escolares e aplicamos questionários aos professores, alunos, funcionários administrativos e à direção escolar, visando compreender a organização escolar e o estabelecimento das relações sociais no seu cotidiano. Na escola, as relações democráticas e participativas têm se mostrado incipientes, mesmo assim, o professor Mediador Escolar e Comunitário contribui para a redução da violência escolar, na medida em que constrói vínculos afetivos e sociais e equilíbrios no processo de ensino e aprendizagem. Concluímos que a violência social influi sobre a violência na escola e essa tem relação intrínseca com os modos de organização da instituição escolar e como são estabelecidas as relações interpessoais nos diferentes espaços de participação. O desafio é avançar na democratização das relações sociais e didático-pedagógicas entre o professor e os alunos e estes com seus pares, para que haja efetiva redução nos casos de violência escolar.