期刊名称:Entrepalavras: Revista de Linguística do Departamento de Letras Vernáculas da Universidade Federal do Ceará
印刷版ISSN:2237-6321
出版年度:2012
卷号:2
期号:1 esp.
页码:191-206
DOI:10.22168/2237-6321.2.2.1 esp..191-206
出版社:Universidade Federal do Ceará
摘要:A Semiótica se constitui como a ciência de toda e qualquer linguagem (SANTAELLA, 1985), seja verbal (oral ou escrita) ou não verbal (gestual, musical, onírica, imagética etc.). Todos nós estamos rodeados por algum tipo de linguagem que comunica e nós mesmos, em certa medida, somos seres de linguagem, tendo em vista que traduzimos, produzimos e transmitimos linguagens. O homem produz sinais ao gesticular, ao falar ou ao escrever e tais sinais – grosso modo – são denominados signos, isto é, códigos verbais e não verbais, símbolos, representações, expressões com os quais o homem se comunica, se manifesta, representa seus pensamentos, exerce seu poder de influência etc. Para Charles Sanders Peirce, que desenvolveu a Semiótica de viés norte-americano, os signos apresentam um caráter triádico, que se relaciona diretamente às três categorias fenomenológicas assim denominadas pelo teórico: primeiridade, secundidade e terceiridade. Essas categorias fenomenológicas, ou peirceanas, estão ligadas, respectivamente, ao caráter de qualidade, de existência e de convenção que os signos carregam. Nosso objetivo, com este trabalho, é apresentar e exemplificar a categoria peirceana primeiridade em um comercial publicitário, já que o universo da publicidade nos bombardeia, através dos mais variados meios de comunicação, com signos corporificados em comerciais. Ao longo deste artigo, assumiremos como referência a leitura e as pesquisas de Lúcia Santaella (1985, 2002, 2010) e de Winfried Nöth (1998, 2010) acerca das teorias da Semiótica de Peirce. O signo analisado será o comercial audiovisual do perfume Flora, da Gucci.