摘要:O artigo analisa as possibilidades de intersecção das linguagens na representação do narrador em sua trajetória paranoica pelo tempo, pelos lu-gares e pela própria percepção de si e dos outros no romance Estorvo, de Chico Buarque, e na adaptação cinematográfica homônima, feita por Ruy Guerra. Privilegiando o filme, para melhor compreensão dos recursos explo-rados na obra, foi considerada também a perspectiva do próprio cineasta, a-través de entrevistas em que ele esclarece os motivos que o conduziram à adaptação do romance e os recursos eleitos para a montagem de modo a “traduzir” em filme as características prenunciadas no romance.