摘要:Demonstra-se a produtividade da noção de desastre da escrita – na perspectiva de Maurice Blanchot (perda do astro) – para a leitura da poesia de Stéphane Mallarmé e Paul Celan. No início vemos como Mallarmé diferencia radicalmente um texto que informa sobre os acontecimentos cotidianos em velocidade inapreensível (o jornal), e um texto que resiste a assumir uma forma fechada, propondo-se à cadência do olhar e da leitura, constelando os signos – desastrando-os, levando o próprio texto a colidir permanentemente. Ou seja, um texto que se apresenta ele mesmo como desastre (a poesia). Em seguida, parte de um texto de Shoshana Felman para pensar a dimensão testemunhal da poesia de Mallarmé e Celan, indissociáveis da “quebra de um mundo”.
其他摘要:This paper presents the productivity of the notion of writing of the disaster - from the perspective of Maurice Blanchot (loss of the star) - for reading the poetry of Stéphane Mallarmé and Paul Celan. Initially, we demonstrate how Mallarmé radically differentiates a text that informs about everyday events at a speed that can’t be grasped (the newspaper), and a text that resists to take a closed form, proposing (itself to) the cadence of the look and reading, constellating the signs - disastrating them, causing the text itself to collide permanently. That is a text that presents itself as a disaster: poetry. Then, it starts from a text by Shoshana Felman to think about the testimonial dimension of Mallarmé and Celan's poetry, inseparable from the “breaking of a world”.