摘要:O objetivo deste artigo é problematizar o currículo como construção social, que direciona a formação profissional e deve estar conectado às necessidades e ao movimento da sociedade. Interessa-nos dar destaque à sua construção no âmbito do Serviço Social, uma profissão que se redesenhou ao longo de sua trajetória sócio-histórica na sociedade brasileira. A metodologia se sustenta nas pesquisas bibliográfica e documental, as quais nos permitem reconhecer que os conteúdos curriculares do Serviço Social já foram predominantemente influenciados por variadas correntes de pensamento, como o neotomismo, o positivismo, o funcionalismo e, atualmente, o marxismo. Na contemporaneidade, temos um currículo voltado para atender as demandas das classes subalternas, construído a partir da união da categoria de assistentes sociais, baseando-se no tripé que sustenta a profissão, a saber: Lei de Regulamentação da Profissão, Código de Ética Profissional do Assistente Social e Diretrizes Curriculares. No entanto, este currículo não está plenamente materializado, e tem sofrido diversos ataques, devido à tendência de mercantilização do ensino superior no atual contexto brasileiro. Esta tendência conduz à construção de um novo perfil de profissional, com uma formação mais restrita, mais técnica, mais instrumental, uma perspectiva que vai na contramão do projeto coletivamente construído pela categoria nos anos 1990.