摘要:O objetivo do presente artigo é examinar as pressuposições de uma recente interpretação de Redding acerca da relação da Lógica com a Ontologia em Hegel. Especificamente, pretendo questionar: (i) o modo em que Redding reconstrói as linhas de continuidade e de descontinuidade entre Aristóteles, Kant e Hegel; (ii) a interpretação da dialética de Hegel em termos de uma pragmática do uso linguístico; (iii) a explicação da objetividade do pensamento por meio das noções de intencionalidade, realismo e falibilismo; (iv) o critério de distinção entre Lógica Objetiva e Lógica Subjetiva na Ciência da Lógica de Hegel. Minha conclusão é que a ontologia, enquanto teoria do ser, somente pode se justificar para Hegel enquanto lógica, a qual constitui a ciência do ser enquanto ser pensado. Todavia, o caráter dialético-especulativo da Lógica hegeliana não admite uma abordagem transcendental no sentido kantiano ou neo-transcendental, porque essa mesma abordagem é vulnerável a objeções céticas de tipo radical, objeções que uma lógica dialética pretende incorporar ao caminho de apresentação autocrítica das categorias.