摘要:O artigo cartografa o encontro com as pinturas realizadas pela escritora Clarice Lispector. Convocando diferentes planos de contato – livro, arquivo e pintura, que envolvem os gestos de ler, ver e escrever – se enuncia uma relação entre palavra e imagem que questiona o jogo representacional entre ambas, jogo que obsidia a crítica, a teoria e a história da arte. Desde a experiência de imersão no arquivo do Instituto Moreira Salles, que guarda parte do acervo pictórico e alguns manuscritos da escritora, se subleva uma visada fabular entre arquivo e gruta, tema de uma das pinturas consultadas. São dadas assim as condições para analisar os aspectos materiais, plásticos, visuais dessas pinturas, lançando mão de conceitos que oferecem imagens a essa cartografia. Maurice Blanchot, Georges Didi-Huberman e Gilles Deleuze são os principais interlocutores do texto.