摘要:Esse artigo tem como objetivo pensar algumas políticas de visibilidade no presente, que produzem práticas de captura incessante de imagens por meio de aparelhos portáteis, tanto em experiência de viagens como na vida cotidiana. Para isso, problematiza-se o culto à novidade, constituído na modernidade, e que retorna de muitas maneiras ao presente. Inspirado em uma perspectiva arqueológica proposta por Michel Foucault – atenta às relações entre o visível e o dizível em um determinado estrato histórico –, esse trabalho analisa articulações entre algumas políticas de visibilidade contemporâneas e certos regimes de enunciação, como os discursos de exaltação da novidade de artefatos imagéticos. Por fim, o artigo se propõe a pensar como alguns filmes-ensaio recentes produzidos pelo cineasta Jean-Luc Godard interrogam essas políticas de visibilidade marcadas pelo imperativo de captura e exibição contínuas de imagens.