摘要:Este artigo busca compreender como as narrativas de assombração são configuradas, cotidianamente, no espaço urbano de Belém. Nossas reflexões partem da tessitura da intriga ricoeuriana e da lógica do falatório heideggeriano, em que as histórias criam memórias comuns entre as pessoas, sobrevivem ao tempo, às mudanças e às dinâmicas, mesmo sem possuírem fontes históricas que lhe confirmem sua veracidade ou conhecimentos prévios. Ou seja, são impregnadas de um saber intuitivo, disponíveis a todos, sendo ao mesmo tempo saber e não-saber, que se repete e é passado adiante. Toma-se como escopo de análise duas narrativas que circulam na internet sobre os antigos palacetes de Belém do Pará: Bolonha e Bibi Costa, construídos em períodos faustos da economia paraense. Nessas histórias, passado/presente demarcam sentidos ou discursos já previamente estabelecidos ou compreendidos. Assim, as narrativas de assombração são compreendidas/interpretadas numa lógica do imaginário sobre o espaço.