摘要:A austeridade permanente e a disputa de quem ganha o quê, quando e como, lógica intrínseca às políticas públicas, colocam as políticas sociais brasileiras em constantes testes. O universalismo tentativo iniciado com a Constituição de 1988 pareceu caminhar para uma ampliação da cidadania social no país, mas tem sofrido constantes ataques por falta de um compromisso de classes em torno de um projeto de país mais ou menos homogêneo. Diante dessa falta de precisão no estabelecimento Estado de Bem-estar brasileiro, em especial, pelo encolhimento no investimento público previsto para os próximos anos e com os governos mais alinhados a maior mercadorização dos serviços sociais, torna-se importante revisitar a trajetória do Welfare State em suas origens e objetivos, a fim de compreender como chegamos até aqui, o que podemos esperar do futuro e quais a intervenções necessárias para que nos aproximemos de uma inclusão sensível do grande contingente de pessoas ainda sujeitas a uma cidadania de segunda classe no Brasil. Para atender a esse objetivo, este trabalho realizou uma revisão bibliográfica convencional sobre o Estado de Bem-Estar Social, elencando a partir dela as razões históricas de seu surgimento, a tipologia de Esping-Andersen, a noção de funcionamentos e capacitações de Amartya Sen e os períodos constitutivos do bem-estar no Brasil.