摘要:Resumo Neste estudo, propõe-se analisar Mil rosas roubadas, obra de Silviano Santiago de 2014, e, para tanto, ocupa-se das noções de (auto)biografia, romance (auto)biográfico, metaficção e autoficção. Embora a criação deste último termo possa indicar a existência de um novo gênero – é, inclusive, adotado pelo próprio escritor para nomear sua obra –, o artigo mostra a pertinência de situar Mil rosas roubadas na rota das transformações e estilizações do romance (auto)biográfico, tal como examinada e apontada por M. Bakhtin. Para esse estudioso, o romance, gênero sem forma rígida e sempre inacabado, acompanha as inflexões da vida social. É, nesse caminho, que se analisa a ressemantização do eu, elaborada por Silviano Santiago.