摘要:Resumo Este artigo discute as desigualdades em saúde no Brasil tomando como referência o conhecimento geográfico do território nacional. Para isso, considera como se combinam as mudanças econômicas, demográficas, sociais e políticas das últimas décadas com as velhas estruturas territoriais brasileiras, condicionando diferentemente nos lugares o processo saúde-doença, bem como os modos de obter saúde. Analisa a distribuição territorial de dois dos mais sofisticados equipamentos de imagem-diagnóstico: tomógrafos computadorizados e aparelhos de ressonância magnética. A análise sugere que esses objetos raros se somam às demais concentrações territoriais, nem sempre em consonância com as necessidades da população ou com as demandas regionais, comprometendo seriamente os princípios de equidade, universalidade e integralidade do Sistema Único de Saúde, com impacto direto na própria cidadania.