Participation in decision-making of the LPA clothing Muriae-MG/ Participacao no processo decisorio do APL de vestuario de Muriae-MG.
Antero, Cecilia Alves da Silva ; Tavares, Bruno ; Lima, Afonso A.T. de F. de C. 等
Participation in decision-making of the LPA clothing Muriae-MG/ Participacao no processo decisorio do APL de vestuario de Muriae-MG.
Introducao
Os arranjos produtivos locais (APLs) sao reconhecidos por
academicos (Suzigan, Garcia & Furtado, 2007) e formuladores de
politicas publicas (Brasil, 2004; MINAS GERAIS, 2006) como ambientes
favoraveis ao desenvolvimento empresarial e local. Os APLs sao
"aglomeracoes territoriais de atores economicos, politicos e
sociais com foco em um conjunto especifico de atividades economicas que
apresentam vinculos mesmo que incipientes" (Lastres &
Cassiolato, 2003, p. 3). Apesar dos beneficios obtidos por meio da acao
conjunta, os APLs, no Brasil, sao caracterizados por desafios
relacionados a definicao de formas de cooperacao entre atores e meios de
coordenacao, como vinculos frageis (Batisti & Tatsch, 2012),
participacao incipiente das empresas no processo decisorio (Campos,
Trintin & Vidigal, 2009) e falta de comprometimento (Azevedo Filho
& Ribeiro, 2011).
A governanca e identificada como opcao para minimizar esses
desafios, relacionados a organizacao e conducao de acoes conjuntas em
prol do desenvolvimento (Guerreiro, Monteiro & Nani (2009); Villela
& Pinto, 2009). A governanca de um APL e caracterizada por elementos
como representatividade (Cario & Nicolau, 2012), cooperacao
(Zambrana & Teixeira, 2013) e coordenacao (Azevedo Filho &
Ribeiro, 2011).
Especificamente, no que tange a coordenacao, que implica
organizacao e conducao de acoes conjuntas, a participacao dos atores no
processo decisorio tem papel fundamental na implantacao dessas acoes
para o desenvolvimento do APL. A esse respeito, Campos et al. (2009)
enfatizam que a participacao no processo decisorio do APL influencia o
desenvolvimento empresarial e local, pois a participacao incipiente
prejudica o desenvolvimento. Entendimento corroborado por Gussoni, Weise
e Medeiros (2015), que afirmam: a participacao dos atores os torna
conhecedores da realidade do APL e das possibilidades de melhorias a
serem feitas.
Com inspiracao nos estudos supramencionados, adota-se como objetivo
compreender a participacao dos atores no processo decisorio do APL de
Vestuario de Muriae-MG. De forma especifica pretende-se: i) identificar
formas de participacao no APL; e ii) caracterizar a participacao dos
atores no processo decisorio do APL.
A justificativa para este estudo consiste na necessidade de um
estudo especifico sobre a tematica. Quando se observam os estudos
nacionais e internacionais desenvolvidos sobre arranjos produtivos
locais, os temas pesquisados relacionam-se a papel dos relacionamentos
(Clifton, David, Ehret & Pickernell, 2011), padrao de aprendizado
tecnologico (Guo & Guo, 2011), politicas para arranjos produtivos
locais (Ebbekink & Lagendijk, 2013), tecnologia da informacao como
fator de competitividade (Graniel, 2011), implicates das regras formais
e convenues culturais no desenvolvimento do APL (Dias, 2013), dimensao
espacial/local do APL (Tatsch, 2013), influencia da coordenacao no APL
(Oliveira & Damiani, 2014), modelos de compras conjuntas
(Delalibera, Lima & Turrioni, 2015), institucionalizacao do modelo
APL (Jacometti, Goncalves & Castro, 2014) e transferencia de
conhecimento (Sugahara & Vergueiro, 2011; Sugahara & Vergueiro,
2012; Belso-Martinez, 2015; Souza, Romeiro, Amador, Oliveira &
Zambra, 2015).
Quando sao identificados estudos que abordam o tema participacao,
referem-se a participacao (presenca, pertencimento) das empresas no APL
(Dias, 2013; Marini & Silva, 2014; Oliveira & Martinelli, 2014)
ou participacao dos atores do APL nas atividades e acoes conjuntas
promovidas (Simonetti, Carniello, Rodrigues & Oliveira, 2013; Castro
& Goncalves, 2014; Gussoni et al., 2015).
Entende-se que a partir deste estudo sera possivel indicar como
ocorre a participacao no processo decisorio do APL investigado, bem como
os elementos que influenciam essa participacao e suas implicates na
organizacao e conducao de acoes conjuntas para o desenvolvimento.
Informacoes que servirao de base para melhorar a atuacao dos atores
desse e de outros APLs e tambem dos formuladores de politicas publicas,
que poderao criar politicas mais assertivas para fomentar o
desenvolvimento do APL por meio atividades que estimulem a participacao
no processo decisorio. Ainda serao ofertados meios para facilitar a
compreensao do tema governanca em APL por meio das consideracoes sobre a
forma de participacao identificada.
Alem desta introducao, este estudo compreende o referencial
teorico, em que sera apresentada a fundamentacao teorica sobre
governanca em APL com foco na participacao dos atores no processo
decisorio; os procedimentos metodologicos, que apontam os caminhos
seguidos no estudo; analise e interpretacao dos dados; e consideracoes
finais, em que sao expostos comentarios gerais sobre o trabalho,
possibilidades de pesquisas futuras e limitacoes.
Governanca em APL
Um APL consiste numa "aglomeracao territorial de atores
economicos, politicos e sociais com foco em um conjunto especifico de
atividades economicas que apresentam vinculos mesmo que
incipientes" (Lastres & Cassiolato, 2003, p. 3). Apesar das
diversas nomenclaturas identificadas (Hasenclever & Zissimos, 2006),
no Brasil prevalece o uso do termo APL (Santos & Candido, 2013), uma
vez que tal fenomeno manifesta-se de forma recorrente. A caracterizacao
de um APL, neste estudo, e baseada na identificacao de quatro fatores: a
concentracao setorial e territorial, a existencia de entidades, o
relacionamento entre atores (Lastres & Cassiolato, 2003) e a
obtencao de beneficios passiva (Marshall, 1982) ou ativamente (Schmitz,
1997).
Sabe-se que o desenvolvimento das empresas e creditado aos APLs
devido a possibilidade de obtencao de beneficios oriundos da
concentracao setorial e territorial e das formas de relacionamento entre
atores a exemplo da especializacao, dinamismo no mercado, geracao de
conhecimento, vinculos de interacao, cooperacao e aprendizagem (Vale,
2007). Alem desses beneficios, obtidos de forma passiva, a acao
proposital das entidades pode gerar promocao de capacitacao e formacao,
criacao de consorcios e de centros tecnologicos e aumento da capacidade
de inovacao (Campos et al., 2009).
Apesar dos beneficios supracitados, em um APL tambem podem ser
identificados desafios, relativos a conducao e organizacao de acoes
conjuntas, que requerem a identificacao de opcoes para minimiza-los e
facilitar a atuacao das entidades e dos demais atores. Nesse contexto, a
governanca e norteadora de acoes conjuntas que organizam os fatores
caracteristicos de um APL e identificam a melhor configuracao. Essa
governanca promove o alcance de beneficios oriundos da concentracao
setorial e territorial, do papel desenvolvido pelas entidades e das
formas de relacionamento que favorecam o desenvolvimento e proporciona
melhor desempenho pela feitura de acoes conjuntas propositais.
Para compreender a realidade complexa e dinamica de um APL e
preciso lancar mao de uma abordagem teorica que permita entende-lo como
um ambiente de participacao e envolvimento nas decisoes e de cooperacao
para o alcance de seus objetivos.
Nesse sentido, Guerreiro et al. (2009) compreenderem a governanca
em APL como uma estrategia de desenvolvimento local, integrado e
sustentavel, destacaram a preocupacao de promover o autodesenvolvimento
e tambem proporcionar condicoes para o desenvolvimento local. Em adicao,
Villela e Pinto (2009) entendem a governanca como opcao para a
conciliacao de interesses de diferentes atores no planejamento e
execucao de acoes para o desenvolvimento empresarial e local. E Cancado,
Tavares e Dallabrida (2013) permitem entender a governanca a partir das
dimensoes estrutural e processual nas quais estao inseridos os elementos
caracteristicos do APL que se complementam e condicionam as acoes
implementadas. Nessas dimensoes sao identificados: representatividade,
cooperacao e coordenacao, como elementos que permitem a compreensao da
governanca em APL.
A representatividade e compreendida pela identificacao dos atores e
de suas atividades, pois no APL cada ator desempenha uma atividade
especifica (Cario & Nicolau, 2012; Fuini, 2014; Souza et al., 2015).
A cooperacao e relacionada as acoes conjuntas feitas pelos atores do APL
ao compartilhar recursos para o alcance de objetivos comuns. (SEBRAE,
2003; Zambrana & Teixeira, 2013; Castro & Goncalves, 2014;
Gussoni etal., 2015). A coordenacao implica organizacao e conducao de
acoes conjuntas (Dias, 2013; Oliveira & Damiani, 2014; Souza et al.,
2015). Trata-se de um fator importante para o desenvolvimento do APL
(Queiroz, 2013), pois para que seus objetivos sejam atingidos e
necessario que haja um alto nivel de organizacao e conducao de suas
acoes (Azevedo Filho & Ribeiro, 2011). Formalidade, estrutura de
gestao, integracao e participacao sao os fatores observados para
compreender a coordenacao em um APL.
Apesar de reconhecer a importancia dos demais fatores, neste estudo
sera dada enfase a participacao. No contexto de um APL, as informacoes
sobre participacao referem-se ao envolvimento dos atores nas acoes
conjuntas promovidas e de forma especial sua participacao no processo
decisorio do APL. No estudo desenvolvido por Campos et al. (2009), a
participacao no processo decisorio e destacada dada sua influencia no
desenvolvimento. Esses autores entendem que quanto maior essa
participacao, mais facilitada e a promocao do desenvolvimento, assim
como a coordenacao do APL de forma geral. Em adicao Guerreiro et al.
(2009) reforcam que a participacao dos atores APL no processo decisorio
e condrcao para o desenvolvimento.
Villela e Pinto (2009) destacam a importancia da participacao ao
defender a necessidade de qualificacao dos atores para participar
ativamente do processo decisorio e consequentemente estar comprometidos
com o desenvolvimento local. A participacao no processo decisorio do APL
pode assumir posrcoes diferenciadas: processo decisorio centralizado ou
processo decisorio participativo.
O processo decisorio centralizado e identificado quando ocorre a
concentracao da responsabilidade de decisao em poucos atores do APL.
Entende-se que essa centralizacao desestimula a participacao (Villela
& Pinto, 2009), pois a falta de envolvimento nas deliberares e o
desconhecimento da realidade do APL, bem como das acoes conjuntas
feitas, geram certo descredito nos atores que nao participam do processo
decisorio.
Quando a participacao dos atores no processo decisorio do APL
restringe-se aos responsaveis pela coordenacao (Azevedo Filho &
Ribeiro, 2011) e eles nao se empenham em estimular o envolvimento e a
participacao dos demais atores, essa situacao tende a dificultar a
obtencao de bons resultados para o APL (Santos & Candido, 2013). O
que contraria o entendimento de Barros e Moreira (2006), para os quais
os atores responsaveis pela coordenacao tem a funcao de aglutinar
interesses diversos em objetivos comuns com vistas ao desenvolvimento do
APL. Contata-se que processo decisorio centralizado pode prejudicar a
cooperacao entre atores e a coordenacao das acoes e tem como
consequencia um baixo desenvolvimento para o APL (Villela & Pinto,
2009; Azevedo Filho & Ribeiro, 2011; Santos & Candido, 2013).
Por sua vez, o processo decisorio participativo e caracterizado
pelo engajamento de todos os atores presentes no APL em deliberates
conjuntas (Villela & Pinto, 2009). Esse processo decisorio permite
manter caracteristicas proprias do contexto de um APL no qual e
identificada a distribuyo de direitos de decisao de forma unificada, o
que implica uma menor centralizacao e melhor coordenacao (Santos &
Candido, 2013).
O processo decisorio participativo e composto por praticas
democraticas de intervencao e participacao de diferentes atores
(Nagamatsu et al., 2009) que sao capazes de conciliar interesses em prol
do desenvolvimento do APL (Villela & Pinto, 2009) e tem como
resultado um consenso das necessidades e possibilidades de todos os
atores envolvidos (Azevedo Filho & Ribeiro, 2011) a partir da
distribuyo de poder de forma uniforme entre todos dos atores (Alves et
al., 2012). Entretanto, apesar da participacao dos atores pressentes no
APL no processo decisorio ser condrcao para o desenvolvimento (Campos et
al., 2009; Guerreiro et al., 2009; Azevedo Filho & Ribeiro, 2011;
Alves et al., 2012; Santos & Candido, 2013), a participacao dos
representantes das empresas ainda e fragil e incipiente (Campos et al.,
2009).
Procedimentos metodologicos
Com o intuito de compreender a participacao dos atores no processo
decisorio do APL de Vestuario de Muriae-MG, foi feita uma pesquisa
qualitativa de carater descritivo para captar e compreender a realidade
pela percepcao de individuos pertencentes a um grupo sobre dado fenomeno
(Collis & Hussey, 2005).
O metodo do estudo de caso classificado como
descritivo-exploratorio e unico e instrumental, usado para direcionar o
estudo, foi aplicado a partir da observacao das seguintes etapas:
delimitacao da unidade-caso, coleta de dados, selecao, analise e
interpretacao dos dados e elaboracao do relatorio (Yin, 2010). A adocao
desse metodo e justificada com base no estudo feito por Brand e Faccin
(2015) no qual e destacada sua importancia pelo recorrente uso na
conducao de estudos sobre governanca.
A unidade-caso consiste no setor de vestuario de Muriae-MG, cuja
escolha foi fundamentada na analise dos dados da distribuicao de
estabelecimentos e emprego na industria conforme Relacao Anual de
Informacoes Sociais (RAIS) ano 2009. Segundo Tavares (2011), Muriae-MG
ocupa lugar de destaque pelo significativo numero de estabelecimentos
formais, pois em 2009 ocupava a quarta posicao dentre os municipios
mineiros, quando considerado o numero de estabelecimentos formais por
municipio.
Na coleta de dados, foram usados dados secundarios, adquiridos do
Diagnostico da Industria do Vestuario de Muriae e Regiao de 2010 por
meio da pesquisa documental, e primarios, obtidos por meio de entrevista
semiestruturada (Gil, 2002; Richardson, 1999). Na tabela 1 e exposto o
recorte do roteiro da entrevista que foi usado para coleta dos dados
primarios, com as perguntas especificas sobre participacao.
Essas entrevistas foram feitas, em julho de 2014, por meio de
gravacao e posterior transcricao. Foram entrevistados 19 sujeitos
participantes da pesquisa com o criterio de acessibilidade e nao
probabilistico e a concordancia em participar da pesquisa. Os primeiros
sujeitos participantes da pesquisa foram identificados a partir das
informacoes obtidas na pesquisa documental. Posteriormente, as
entrevistas foram feitas a partir das recomendacoes feitas pelos
sujeitos que ja haviam sido entrevistados. As entrevistas foram
finalizadas quando as indicacoes se tornaram repetitivas (Baldin &
Munhoz, 2011).
Dentre os atores do APL foram entrevistados representantes de
empresas e entidades, conforme destacado no tabela 2, que apresenta o
perfil dos entrevistados. Ressalta-se que os entrevistados 6 e 20 sao
representantes do mesmo ator. Para manter sigilo quanto as fontes das
informacoes, os sujeitos participantes da pesquisa foram identificados
como: Entrevistado 1, Entrevistado 2, Entrevistado 3 e assim
sucessivamente.
Na etapa de selecao, analise e interpretacao dos dados, foi adotada
a tecnica de analise de conteudo por ser uma tecnica de analise de dados
muito usada no campo das ciencias sociais, dada sua capacidade de captar
e interpretar significados. Especificamente neste estudo procedeu-se a
analise qualitativa de conteudo em consonancia com o objetivo da
pesquisa e o tipo de dado analisado.
Foram implantadas as etapas de pre-analise, codificacao e
interpretacao (Bardin, 2009). A fase da pre-analise compreende o momento
em que ocorre organizacao e sistematizacao do material em analise, em
que sao feitos: leitura flutuante, escolha dos documentos, formulacao
das hipoteses e dos objetivos e referenciacao dos indices e elaboracao
de indicadores. A fase de codificacao do material envolve a definicao de
categorias e a identificacao das unidades de registro e das unidades de
contexto nos documentos (Bardin, 2009).
A fase de interpretacao, que diz respeito ao tratamento dos
resultados, inferencia e interpretacao, foi feita com base nos preceitos
de Laville e Dionne (1999). Foi feita a analise tematica das categorias
de analise, com grade fechada, por meio da estrategia de analise e
interpretacao qualitativas de emparelhamento, tendo a frase como
categoria de analise e a palavra como unidade de recorte de conteudo,
conforme tabela 3.
A etapa de elaboracao do relatorio consiste na reuniao dos dados
adquiridos e tratados nas etapas anteriores, conforme sera exposta na
secao seguinte, que contem informacoes que permitirao compreender a
participacao dos atores no processo decisorio do APL de Vestuario de
Muriae-MG.
Analise e interpretacao dos dados
Com o intuito de compreender a participacao dos atores no processo
decisorio do APL de Vestuario de Muriae-MG foram observadas as
ponderacoes dos sujeitos participantes da pesquisa quanto a participacao
dos atores no processo decisorio, bem como nas atividades promovidas no
APL, conforme subcategorias expostas no tabela 3. Na analise e
interpretacao dos dados foram usados como referencia fatores
identificados a partir do referencial teorico, dentre os quais foram
destacados: centralizacao da tomada de decisao e participacao da tomada
de decisao, conforme indicado na figura 1.
Definiu-se que a participacao seria classificada por nivel, que
pode ser caracterizado como incipiente, moderado ou consolidado. Essa
classificacao e feita pela observacao da quantidade de atores envolvidos
no processo decisorio. Conforme exposto na figura 1, na medida em que a
participacao dos atores aumenta, o processo decisorio tende de passar de
centralizado para participativo.
Dessa forma, a participacao incipiente indica um baixo nivel de
participacao, identificado quando poucos atores estao envolvidos no
processo decisorio do APL. Situacao que permite caracterizar um processo
decisorio centralizado. A participacao moderada indica um nivel medio de
participacao, em que se percebe um aumento da participacao dos atores,
entretanto nao se pode considerar que a maioria dos atores participa do
processo decisorio. Por sua vez, a participacao consolidada indica um
alto nivel de participacao, situacao que evidencia o envolvimento e a
participacao de muitos atores do APL.
Quanto a participacao nas atividades promovidas no APL foram
identificas situacoes diversas: i) o entrevistado participa das acoes
promovidas no APL: "A gente participa desses eventos, cursos,
palestras, a gente esta sempre bem participativo." (Entrevistado
4); ii) o entrevistado nao participa das acoes promovidas no APL:
"Nao, muitas vezes eu sou convidado, em outras eu nao sou, outras
eu nao participo, outras eu nao tenho disponibilidade de ir a
reunioes." (Entrevistado 7).
Tambem foram identificadas as ponderacoes dos entrevistados quanto
a participacao de outros atores nas acoes promovidas: "Eu acho que
elas sao participativas, sao presentes e tudo acaba passando por alguma
entidade." (Entrevistado 1). E ainda quando o entrevistado nao
percebe a participacao de outros atores nas acoes promovidas: "Eu
vejo que estao muito aquem, a desejar. O empresario de Muriae, ele nao
se interessa. Nao se interessa pelo APL." (Entrevistado 12).
Dentre acoes promovidas no APL de Vestuario, sao destacadas as
reunioes das quais os representantes das empresas participam pouco. O
medo da concorrencia e destacado como fator que inibe a participacao dos
empresarios: "... aquele mito da concorrencia das empresas que
participam do APL, ne. Existe muito essa concorrencia ainda"
(Entrevistado 13).
Percebeu-se o empenho dos representantes das entidades em estimular
a participacao dos representantes das empresas, porem o comportamento
individualista e uma questao cultural. "Primeiro eu acho que isso e
da cultura do muriaense. Eu acho que ele tem medo dos outros saberem
quanto esta ganhando, se a firma esta indo bem" (Entrevistado 12).
A participacao dos representantes das entidades nas acoes
promovidas no APL de Vestuario e expressiva, em razao do entendimento
quanto aos beneficios da atuacao coletiva. ".... Mas tudo que e
feito para o APL as entidades fazem parte, porque quando uma entra,
normalmente chama a outra..." (Entrevistado 19).
Especificamente no que tange a participacao no processo decisorio
do APL percebeu-se que alguns entrevistados participam das deliberates
do APL de Vestuario de Muriae-MG. "... o Condesc, o
Sindivest-MG/Muriae, o Senai, a Secretaria de Desenvolvimento, as
reunioes fluem bem, possuem falas ativas na reuniao." (Entrevistado
18). Entretanto, tambem foram identificadas situacoes em que essa
participacao nao ocorre. "Ressalvando aqui que ha muito eu nao
participo de reunioes do Sindivest-MG/Muriae, do Condesc, junto dos
empresarios para discutir acoes..." (Entrevistado 2).
Constatou-se que quando e considerada a participacao no processo
decisorio, e identificado um contexto parecido como o da participacao
nas acoes promovidas: os empresarios quase nao participam e os
representantes das entidades estao muito envolvidos. Essa realidade
identificada no APL de Vestuario confirma o entendimento de Campos et
al. (2009) quanto a participacao dos representantes das empresas e de
Azevedo Filho e Ribeiro (2011) quanto a das entidades.
Os empresarios quase nao participam das deliberacoes do APL de
Vestuario por seus representantes estarem concentrados no
desenvolvimento de sua atividade, buscam opcoes para manter a empresa em
tempos de crise e dificuldades. "Nao tem muitas empresas que
participam muito" (Entrevistado 6). Esse comportamento
individualista pode prejudicar a definicao de atividades em prol do
desenvolvimento do APL de Vestuario, pois sem as informacoes que esses
representantes tem sobre necessidades de melhorias, as deliberates podem
ficar incompletas, conforme entendimento de Guerreiro et al. (2009). Os
representantes das empresas nao tem condicoes de opinar, com
conhecimento de causa, sobre o nao atendimento das necessidades.
"Mesmo porque os outros nao aparecem para dar sugestao"
(Entrevistado 5). Como principal justificativa da participacao
incipiente, e destacada a descrenca causada por insucessos de acoes
anteriores: "Entao, a descrenca tambem vem dos insucessos, dos
trabalhos anteriores" (Entrevistado 5).
Os representantes das entidades compreendem que, para implantar
acoes que contribuam para o desenvolvimento do APL de Vestuario, e
preciso que os empresarios participem e deliberem, pois, segundo
Guerreiro et al. (2009), quanto maior a participacao, melhores sao os
resultados obtidos. Os empresarios devem estar presentes desde o momento
da identificacao de prioridades quanto as necessidades identificadas,
para que conhecam todo o processo de desenvolvimento das acoes. E comum
que alguns empresarios questionem as acoes implantadas, por nao terem
participado do momento inicial, em que as necessidades sao
identificadas.
No APL de Vestuario, as deliberates sao feitas pelos representantes
das entidades. Essas deliberates vao gerar acoes para beneficiar todas
as empresas. Portanto, a participacao incipiente dos empresarios pode
gerar insatisfacao e descredito nas acoes que serao implantadas e tambem
quanto ao processo decisorio. Considera-se que o processo decisorio no
APL de Vestuario de Muriae-MG e centralizado nas entidades Condesc,
Sebrae-MG, SMDE, Senai e Sindivest-MG/MURIAE, pois nao ha participacao
efetiva dos representantes das empresas. Por acreditar que essa
participacao deve envolver tambem as empresas do APL, a participacao e
classificada como incipiente.
Consideracoes finais
O objetivo deste estudo foi compreender a participacao dos atores
no processo decisorio do APL de Vestuario de Muriae-MG. Considera-que o
objetivo proposto foi atendido satisfatoriamente, pois a pesquisa
possibilitou a caracterizacao da participacao no processo decisorio do
referido APL, bem como a identificacao de fatores que influenciam essa
participacao, o que permite considerar que a compreensao do tema
governanca em APL foi ampliada.
Quanto aos estudos usados para compreender o tema investigado,
considera-se que corresponderam as expectativas da pesquisa. Entretanto,
e necessario destacar que estudos especificos sobre o tema participacao
no processo decisorio em APL sao raros. Destaca-se que com este estudo
foi possivel confirmar investigates anteriormente feitas nas quais foram
indicadas ponderacoes sobre a participacao incipiente dos representantes
das empresas.
Quanto a participacao no APL de Vestuario de Muriae-MG, observou-se
que algumas empresas participam das acoes que sao promovidas no APL, mas
quando se trata especificamente do processo decisorio nao foram
identificadas ponderacoes que confirmassem essa participacao. A
justificativa apresentada foi o comportamento individualista do
empresario causado pelas preocupacoes inerentes a gestao do proprio
negocio. Quanto a participacao dos representantes da entidades,
observou-se que ha participacao e percebeu-se um maior envolvimento das
entidades nas deliberates do APL.
Concluiu-se que a participacao no referido APL e classificada como
incipiente, o que caracteriza um processo decisorio centralizado em
alguns atores e um contexto que tem uma serie de implicates para o
desenvolvimento do APL. Conforme destacado nos estudos referenciados, o
processo decisorio tende a criar um ciclo em que ocorre o distanciamento
dos atores que nao participam das decisoes, a definicao de acoes que nao
refletem as reais necessidades do atores do APL, ineficiencia dessas
acoes e insatisfacao dos atores do APL quando a obtencao de beneficios.
Nesse contexto, os atores responsaveis pelas deliberates no APL
devem criar opcoes para que os representantes das empresas apresentem
suas demandas e usem alguma forma de representacao nas futuras
deliberates para que acoes conjuntas assertivas sejam implantadas. Esses
responsaveis tambem devem usar instrumentos para conscientizar os atores
do APL quando as acoes conjuntas feitas para evitar que o descredito
existente quanto as acoes anteriormente implantadas se perpetue nas
acoes futuras.
Apesar da limitacao quanto ao tempo reduzido para a investigacao,
tempo e compreensao dos participantes da pesquisa quanto ao tema, como
contribuicao deste estudo destaca-se a adocao dos procedimentos usados
para conduzir a investigacao, que poderao ser adotados em futuras
pesquisas.
O resultado da pesquisa, que aponta para a centralizacao do
processo decisorio, levanta uma serie de questoes que podem ser
investigadas em novos estudos: i) O que configura a efetiva participacao
dos atores em um APL? ii) O simples fato de existir abertura para a
participacao dos atores nas deliberates do APL, sem que haja sua
efetivacao, permite classificar o APL como um ambiente de participacao?
iii) Que mecanismos podem ser indicados, sugeridos ou criados para que a
participacao dos atores ocorra de forma efetiva? iv) Os moldes da
participacao como vem ocorrendo permitem classificar o APL como
efetivamente participativo? v) Como causar a participacao dos atores no
APL? vi) Que ferramentas usar?
http://dx.doi.org/10.1016/j.rege.2016.06.006
Conflitos de interesse
Os autores declaram nao haver conflitos de interesse.
Referencias
Alves, Leticia da Costa; March, Jamur Johnas; Patias, Tiago Zardin;
Lisz binski, Bianca Bigolin. Governanca em arranjos produtivos locais:
um estudo sobre o APL do leite de Sant'ana do Livramento. In:
Encontro Nacional de Engenharia de Producao, 32, 2012, Bento Goncalves,
RS. Anais.. Bento Goncalves, RS, 2012. 1-9.
Azevedo Filho, Edson Terra, & Ribeiro, Alcimar das Chagas.
(2011 jan./abr). A governanca em aglomerares produtivas: uma analise
sobre o setor ceramico de Campos dos Goytacazes. Revista Brasileira de
GestaoeDesenvolvimento Regional, 7(n. 1), 96-129.
Baldin, Nelma; Munhoz, Elzira. Snowball (Bola de neve): uma tecnica
metodologica para pesquisa em educacao ambiental comunitaria. In:
Congresso Nacional de Educacao--EDUCERE, 10. 2011. Anais.. 2011.
Bardin, Laurence. (2009). Analise de conteudo. Lisboa: Edicoes 70.
LDA.
Barros, Francisco Savio de Oliveira, & Moreira, Maria Vilma
Coelho. (2006 out./dez). O capital social nas aglomerares produtivas de
micro e pequenas empresas: estudo de um arranjo produtivo turistico.
Organizacao & Sociedade, 13(no. 39), 113-130.
Batisti, Vanessa deSouza, & Tatsch, AnaLucia. (2012 nov). O
ArranjoProdutivo Local (APL) gaucho de gemas e joias: estruturas
produtiva e comercial, arranjos institucional e educacional e relacoes
interorganizacionais. Ensaios FEE, 33(2), 513-538.
Belso-Martinez, JoseA. (2015). Resources, governance, and
knowledgetransfer in Spanish footwear clusters can local firms be locked
out by their crucialpPartner? International Regional Science Review,
38(n.[degrees] 2), 202-231.
Brand, Fabiane Cristina, & Faccin, Kadigia. (2015 mai./ago).
Metodos de pesquisa em governanca de redes: uma revisao de estudos.
Revista de Administracao da Unimep, 13(n.2), 1-18.
BRASIL. Ministerio do Desenvolvimento, Industria e Comercio
Exterior. Portaria Interministerial 200, de 02 de agosto de 2004.
Institui o Grupo de Trabalho Permanente para Arranjos Produtivos
Locais--GTP APL [Acesso em: 09 out. 2015]. Disponivel em:
www.portalapl.ibict.br/biblioteca/ Portaria Interministerial numero 200
2004 MDIC.html
Campos, Antonio Carlos de, Trintin, Jaime Graciano, & Vidigal,
Vinicius Goncalves. (2009 jan./jun). Estrutura de governanca: o caso do
Arranjo Produtivo Local (APL) do setor de confeccao de Maringa (PR).
Textos de Economia, 12(no. 1), 134-155.
Cancado, Airton Cardoso, Tavares, Bruno, & Dallabrida, Valdir
Roque. (2013 set-dez). Gestao social e governanca territorial:
intersecoes e especificidades teorico-praticas. Revista Brasileira de
Gestao e Desenvolvimento Regional, 9(no. 3), 313-353.
Cario, Silvio Antonio Ferraz, & Nicolau, Jose Antonio. (2012
maio). Estrutura e padrao de governanca em arranjos produtivos locais no
Brasil: um estudo empirico. Ensaios FEE, 33(no. 1), 177-206.
Castro, Marcos de, & Goncalves, Sandro Aparecido. (2014
set./out). Contexto institucional de referencia e governanca de redes:
estudo em arranjos produtivos locais do estado do Parana. Revista da
Administracao Publica, 48(no. 5), 1281-1304.
Clifton, Nick, David, Rhys, Ehret, Oliver, & Pickernell, David.
(2011 feb). An analysis of actual and potential clustering structures,
stakeholder governance activities, and cross-locality linkages in the
Welsh aerospace industry. European Planning Studies, 19(no. 2), 279-309.
Collis, Jill, & Hussey, Roger. (2005). Pesquisa emadministracao
(2a. ed.). Porto Alegre: Bookman.
Delalibera, Pedro Henrique Athanasio, Lima, Renato Silva, &
Turrioni, Joao Batista. (2015 abr./jun). Pesquisa levantamento para
analise do modelo de compras conjuntas adotado em arranjos produtivos
locais de Minas Gerais. Production, 25(no. 2), 391-402.
Diagnostico da Industria do Vestuario de Muriae e Regiao--2010;
Belo Horizonte: Fiemg/IEL Minas/Sindivest, 2010.
Dias, Robson. (2013). Institutions and territorial development: a
case studyfrom the productive arrangement of oil and natural gas located
in Macae, Brazil. Revista Latinoamericana de Estudios Urbano Regionales
(Eure), 39(no. 116), 141-171.
Ebbekink, Miranda, & Lagendijk, Arnoud. (2013). What's
next in researching cluster policy: place-based governance for effective
cluster policy. European Planning Studies, 21(no. 5), 735-753.
Fuini, Lucas Labigalini. (2014 jan./jun). A governanca em arranjos
produtivos locais (APLs): algumas considerares teoricas e metodologicas.
Geografia, 23(no. 1), 57-83.
Gil, Antonio Carlos. (2002). Metodos e tecnicas de pesquisa social
(5a. ed.). Sao Paulo: Atlas.
Graniel, Gilmar J. (2011). La tecnologia de la informacion como
factor competitivo: un estudio en el APL Cosecha Metal-Mecanico Santa
Rosa/Horizontina, RS, Brasil. Vission de Futuro [online], 15(no. 1),
1-23.
Guerreiro, E.P.; Monteiro, E. d. S.; Nanni, H. C. Desenvolvimento
Sustentavel e Governanca Participativa: Arranjo Produtivo Local e Parque
Tecnologico de Santos. In: International Workshop Advances in Cleaner
Production, 2, 2009, Sao Paulo, SP, Anais.. Sao Paulo, SP, 2009. p.
1--10.
Guo, Bin, & Guo, Jing-Jing. (2011). Patterns of technological
learning within the knowledge systems of industrial clusters in emerging
economies: evidence from China. Technovation, 31(no. 2), 87-104.
Gussoni, Wendell Myler da Silva, Weise, Andreas Dittmar, &
Medeiros, Flaviani Souto Bolzan. (2015 jan./mar). Cooperacao e
governanca nos arranjos produtivos locais: o caso das empresas de
software no Estado do Parana. Revista Desenvolvimento em Questao, 13(no.
29), 125-157.
Hasenclever, Lia, & Zissimos, Isleide A. (2006). Evolucao das
configuracoes produtivas locais no Brasil: uma revisao da literatura.
Estudos Economicos, 36(no. 3), 407-433.
Jacometti, Marcio, Goncalves, Sandro Aparecido, & Castro,
Marcos DE. (2014 nov./dez). Institutional work e conhecimento em redes
interorganizacionais: uma proposta para investigar APLs. Revista de
Administracao Mackenzie, 15(no. 6), 17-47.
Lastres, Helena Maria Martins; CASSIOLATO, Jose Eduardo. Glossario
de Arranjos e Sistemas Produtivos e Inovativos Locais. nov. 2003 [Acesso
em 24 mai. 2013]. Disponivel em: www.redesist.ie.ufrj.br.
Laville, Christian; Dionne, Jean. Analise de conteudo. In: A
construccao do saber: manual de metodologia da pesquisa em ciencias
humanas. Trad. H. Monteiro e F. Settineri. Porto Alegre: ArtMed, 1999.
p. 214-235.
Marini, Marcos Junior, & Silva, Christian Luiz da. (2014
maio/ago). A mensuraccao do potencial interno de desenvolvimento de um
arranjo produtivo local: uma proposta de aplicaccao pratica. Revista
Brasileira de Gestao Urbana, 6(no. 2), 236-248.
Marshall, Alfred. (1982). Principios de economia. pp. 272. Sao
Paulo: Abril Cultural.
MINAS GERAIS. Lei 16.296, de 01 de agosto de 2006. Institui a
Politica Estadual de Apoio aos Arranjos Produtivos Locais e da Outras
Providencias [Acesso em: 09 out. 2015]. Disponivel em:
www.almg.gov.br/consulte/
legislacao/completa/completa.html?tipo=LEI&num=16296&comp=&ano= 2006.
Nagamatsu, Rosimeiri Naomi; Resende, Luis Mauricio; Hatakeyama,
Kazuo. Governancca em arranjo produtivo local: o caso do APL de bones de
Apucarana. In: Congresso da Associaccao de Desenvolvimento Regional de
Cabo Verde, 1, Congresso Lusofono de Ciencia Regional, 2, 2009, Cabo
Verde. Anais.. Cabo Verde: APDR, 2009. p. 4108 -4127.
Oliveira, Joao Paulo L. de; Damiani, Jose Henrique de S. Governance
structures in clusters: A case study on software cluster in the state of
Sao Paulo. In: Management of Engineering & Technology (PICMET), 2014
Portland International Conference on. IEEE, 2014. p. 336-345.
Oliveira, MarciaFreire de, & Martinelli, Dante Pinheiro.
(2014jan./jun). Desenvolvimento local e arranjos produtivos locais: uma
revisao sistematica da literatura. Interacoes, 15(no. 1), 47-58.
Queiroz, Timoteo Ramos. (2013jan./jun). Estruturas de governanca
emArranjos Produtivos Locais. Interacoes, 14(no. 1), 71-78.
RAIS--Relaccao Anual de Informaccoes Sociais. 2009. Bases
Estatisticas RAIS /CAGED--Acesso Online. [Acesso em:21 nov. 2013].
Disponivel em: <http://sgt.caged.gov.br/index.asp>.
Richardson, Roberto Jerry. (1999). Pesquisa social: metodos e
tecnicas (3a.ed.). Sao Paulo: Atlas.
Santos, Aysa Eliude Aguiar dos; Candido, Gesinaldo Ataide.
Estruturas de governancca em arranjos produtivos locais: uma aplicaccao
no arranjo calccadista no municipio de Campina Grande-PB. In: Encontro
da ANPAD, 37, 2013, Rio de Janeiro, RJ. Anais.. Rio de Janeiro, RJ,
2013. p. 1-16.
Schmitz, Hubert. (1997). Eficiencia coletiva: caminho de
crescimento para a industria de pequeno porte. Ensaios EFE, 18(no. 2),
164-200.
SEBRAE. Servico Brasileiro de Apoio a Micro e Pequena Empresa.
Termo de referencia para atuacao do SEBRAE em arranjos produtivos
locais. Brasilia, 2003 [Acesso em: 14 abr. 2014]. Disponivel em:
www.biblioteca. sebrae.com.br/bte/bte.nsf/DowContador?OpenAgent&unid= 50533C7F21014E5F03256FB7005C40BB
Simonetti, Erica Ribeiro de Sousa, Carniello, Monica Franchi,
Rodrigues, Marilsa de Sa, & Oliveira, Edson Aparecida de Araujo
Querido. (2013 set-dez). Diagnostico do arranjo produtivo local das
industrias texteis do municipio de Imperatriz-MA. Revista Brasileira de
Gestao e Desenvolvimento Regional, 9(no. 3), 250-278.
Souza, Paulo Augusto Ramalho de, Romeiro, Maria do Carmo, Amador,
Cesar Augusto, Oliveira, Suellen Moreirade, & Zambra,
ElisandraMarisa. (2015). The transfer of information for the development
of small-scale fishing in the Amazon. Interciencia, 40(no. 1), 44-49.
Sugahara, Cibele Roberta, & Vergueiro, Waldomiro de Castro
Santos. (2011 jul./dec). Social networks: a look at the information
network dynamics of the Local Textile Productive System in Americana,
Sao Paulo. Revista Interamericana de Bibliotecologia, 34(no. 2),
177-186.
Sugahara, Cibele Roberta, & Vergueiro, Waldomiro de Castro
Santos. (2012 may./aug). Information and knowledge: an analysis in the
context of business network. Revista Interamericana de Bibliotecologia,
35(no. 2), 163-171.
Suzigan, Wilson, Garcia, Renato, & Furtado, Joao. (2007
mai.-ago). Estruturas de governanca em arranjos ou sistemas locais de
producao. Gestao & Producao, 14(no. 2), 425-439.
Tatsch, AnaLucia. (2013 ago). A relevancia do local: convergencias
e divergencias entre as abordagens sobre aglomeracoes. Economia e
Sociedade, 22(no. 2), 457-482.
Tavares, Bruno. Estrutura das aglomeracoes produtivas e
capacitacoes das micro e pequenas empresas: um estudo comparativo no
setor de vestuario em Minas Gerais. 2011. 256 p. Tese (Doutorado em
Administracao)--Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG, 2011.
Vale, Glaucia Maria Vasconcellos. (2007 out./dez). Aglomeracoes
produtivas: tipologias de analises e repercussoes nos estudos
organizacionais. Organizacao & Sociedade, 14(no. 43), 159-175.
Villela, Lamounier Erthal, & Pinto, Mario Couto Soares. (2009).
Governanca e gestao social em redes empresariais: analise de tres
arranjos produtivos locais (APLs) de confeccoes no Estado do Rio de
Janeiro. RevistadaAdministracao Publica, 43(no. 5), 1067-1089.
Yin, Robert K. (2010). Estudo de caso: planejamento e metodos
(4[degrees]. ed.). Porto Alegre: Bookman.
Zambrana, Aline de Aragao, & Teixeira, Rivanda Meira. (2013
jan./mar). Governanca e cooperacao em Arranjos Produtivos Locais: um
estudo de multiplos casos em Sergipe. Revista de Gestao USP, 20(no. 1),
21-42.
Cecilia Alves da Silva Antero (a), *, Bruno Tavares (b), Afonso
A.T. de F. de C. Lima (b), Rodrigo Gava (b) e Sabrina Olimpio Caldas de
Castro (b)
(a) Faculdade Dinamica Vale do Piranga, Ponte Nova, MG, Brasil
(b) Departamento de Administracao da UFV, Vicosa, MG, Brasil
Recebido em 9 de julho de 2015; aceito em 27 de abril de 2016
Disponivel na internet em 22 de junho de 2016
* Autor para correspondencia.
E-mail:
[email protected] (C.A. Antero).
Caption: Figura 1. Processo decisorio no APL
Tabela 1
Recorte do roteiro da entrevista feita no APL de Vestuario de Muriae-MG
Perguntas
As entidades e empresas participam ativamente na decisao das
atividades a serem feitas em parceria?
Comente sobre a atuacao das entidades e das empresas.
Comente sobre a definicao de prioridades.
Fonte: Elaborada pelos autores.
Tabela 2
Perfil dos entrevistados
Identificacao Tipo de ator Grupo Cargo do
entrevistado
Entrevistado 1 Entidade Instituicao Socio proprietario
financeira
Entrevistado 2 Entidade Instituiccao Gerente de
financeira atendimento de
empresas
Entrevistado 3 Entidade Organizaccao Gerente
de negocio
Entrevistado 4 Empresa Fornecedor Gerente
Entrevistado 5 Empresa Empresa de Socio proprietario
confecccao
Entrevistado 6 Entidade Organizaccao Presidente
de negocio
Entrevistado 7 Empresa Empresa de Socio proprietario
confecccao
Entrevistado 8 Empresa Fornecedor Gerente comercial
Entrevistado 9 Empresa Empresa de Proprietario
confecccao
Entrevistado 10 Empresa Empresa de Assistente
confecccao financeiro
Entrevistado 11 Empresa Empresa de Socio proprietario
confecccao
Entrevistado 12 Empresa Empresa de Socia proprietaria,
confecccao Gerente de
produccao
Entrevistado 13 Entidade Instituiccao Coordenador do
de ensino e curso
pesquisa Administraccao
Entrevistado 14 Empresa Empresa de Socio proprietario
confecccao
Entrevistado 15 Empresa Empresa de Gerente
confecccao administrativo
Entrevistado 16 Entidade Organizaccao Analista tecnico
de apoio
Entrevistado 17 Entidade Poder publico Secretario
municipal de
Desenvolvimento
Economico
Entrevistado 18 Entidade Organizaccao Diretor escolar
de apoio
Entrevistado 19 Entidade Organizaccao Delegado regional
de negocio
Entrevistado 20 Entidade Organizaccao Coordenadora-geral
de negocio
Fonte: Elaborada pelos autores.
Tabela 3
Analise de conteudo das entrevistas feitas no APL de Vestuario
de Muriae-MG
Classe Categoria Indicador Subcategorias
tematica de categoria
Governanca Coordenacao Participaccao Participaccao dos
em APL no processo representantes da
decisorio empresas
Participaccao Participaccao dos
nas atividades representantes da
promovidas entidades
Fonte: Elaborada pelos autores.
COPYRIGHT 2016 Faculdade de Economia, Administracao e Contabilidade - FEA-USP
No portion of this article can be reproduced without the express written permission from the copyright holder.
Copyright 2016 Gale, Cengage Learning. All rights reserved.