摘要:Objetivamos analisar, com base em alguns trabalhos de Michel Foucault, a psicanálise e a religião pensadas enquanto formas de poder-saber: formas de poder que se fazem agir sobre o sujeito e sua subjetividade, operando em seu modo de viver, justamente, a partir de um saber que se possui; discutiremos, também, os vínculos que estas formas de poder-saber mentêm com um biopoder, como trabalhado por Foucault. Partindo dessa perspectiva, iremos dissertar sobre como esses discursos, atuando enquanto poder-saber, se materializam nas correspondências trocadas entres os anos de 1909 e 1939, entre Sigmund Freud e Oskar Pfister. Para tanto, procuramos estabelecer inter-relações entre os discursos materializados nas cartas, afim de encontrar indícios da emergência dessa relação estabelecida entre saber e poder; além de delinear quais suas relações com o biopoder. As análises mostraram que os discursos exercem, a partir de um saber, um dado poder sobre o sujeito, tanto em relação à psicanálise, como na religião; operando, assim, sobre a sua forma de viver, seja enquanto corpo ou enquanto parte de uma população; estabelece-se qual é, efetivamente, o melhor modo de se viver.