摘要:A terra para as famílias camponesas é vista como um meio de vida, de trabalho e de lazer, um local de troca simbiótica e de uso dos saberes herdados. Porém a (re)territorialização camponesa não ocorre de forma linear e estruturada, cada assentamento, propriedade, comunidade, possui suas especificidades. Discussão essa que deu origem ao presente artigo, que analisa a percepção da natureza pelos camponeses dos Assentamentos Santa Rita (município de Jataí-GO) e Três Pontes (município de Perolândia-GO), a partir da organização produtiva de ambos. Dessa maneira, fizeram-se necessários alguns procedimentos metodológicos, como a pesquisa bibliográfica, a fim de dar o embasamento teórico, a coleta de dados qualitativos e quantitativos, por meio de observações participantes e entrevistas semiestruturadas com trinta por cento das famílias de cada assentamento supracitado, bem como a confecção de mapas mentais, junto aos camponeses. Verificou-se que as realidades entre os assentamentos se diferem no sentido de autonomia e soberania alimentar, tendo em vista que o Assentamento Santa Rita se encontra em situação mais favorável, sendo que mantém uma diversidade de produção e usam de forma mais sustentável sua terra.