摘要:Freud, em seu texto “Análise terminável e interminável” de 1937, discute sobre a duração de uma análise e as possibilidades de abreviar ou não a sua duração, já que ele reconhece “a duração inconvenientemente longa do tratamento analítico”. Por sua vez, Lacan, nos Escritos, discute a estrutura temporal do processo lógico imbricada na produção dos significantes, especificando a modulação do tempo no movimento do sofisma: o instante de olhar, o tempo para compreender e o momento de concluir. Esses tempos guardam correlação com os três tempos da análise em Freud: recordar, repetir e elaborar. Há, portanto, tempos que constituem a duração de uma análise. Zygmunt Bauman propõe o conceito de “tempo líquido”. Neste tempo, no qual há uma fagocitose dos tempos no cotidiano da vida humana, tempo marcado pelo realtime do mundo cyber, cuja imediaticidade torna-o zero entre demanda e resposta, o tempo do inconsciente torna a análise um dispositivo factível para a subjetividade constituída na contemporaneidade? Este texto empreende algumas tentativas de elucidar tal questão, fundamental, ao ver do autor, para situar a Psicanálise na cultura líquida.
其他摘要:Freud in his article “Analysis terminable and interminable”, 1937, discusses the duration of an analysis and the possibility of shortening the duration or not, as it recognizes "the inconveniently long term analytic treatment." Lacan, in Écrits, discuss the temporal structure of the logical process embedded in the production of significant, specifying the time modulation of the movement of sophistry: the time to look, the time to understand and the moment to conclude. These times are correlated with the three times of analysis proposed by Freud: to remember, to repeat and to elaborate. So there are times that the duration of an analysis. Zygmunt Bauman proposes the concept of "liquid time". At this time, in which there is phagocytosis of time in everyday life, a realtime marked by the cyber environment, immediacy which makes it zero between demand and response, the time of the unconsciousness makes the analysis feasible for a device made in contemporary subjectivity? This paper undertakes a few attempts to elucidate this question, fundamental, in the author's view, to put Psychoanalysis in “liquid culture”.