期刊名称:Natureza humana - revista internacional de filosofia e práticas psicoterápicas
印刷版ISSN:1517-2430
出版年度:2016
卷号:18
期号:1
页码:69-96
出版社:Sociedade Brasileira de Fonomenologia e Grupo de Pesquisa em Filosofia e Práticas Psicoterápicas (GFPP)
摘要:O silêncio sempre foi um tema que provocou muita discussão na história da clínica psicanalítica, de modo que muitos analistas tinham dificuldade em lidar com ele no setting terapêutico. Considerando as várias possibilidades com as quais psicanalistas manejam o silêncio no setting, notamos que Donald Winnicott e Wilhelm Reich trazem importantes contribuições para essa questão. O objetivo deste artigo é, portanto, o de apresentar os posicionamentos deles acerca do silêncio na clínica psicanalítica e estabelecer um breve diálogo entre eles, descrevendo possíveis diferenças e semelhanças. Nossa escolha por esse diálogo se justifica pelo fato de que, apesar de suas diferenças técnicas e metodológicas, ambos os autores possuem um dos objetivos terapêuticos em comum: a espontaneidade. Embora estejamos tratando de tendências, concluímos que, em Reich, o silêncio do paciente é visto, predominantemente, como resistência, enquanto em Winnicott o silêncio também pode ser entendido como hesitação e como uma conquista tida pelo paciente no processo terapêutico.
其他摘要:Silence has always been a theme which has generated extensive discussion throughout the history of psychoanalytic clinic, since many analysts had difficulties in dealing with it in the therapeutic setting. Considering the various possibilities with which psychoanalysts deal with silence in the setting, we note that Donald Winnicott and Wilhelm Reich give important contributions to this issue. The goal of this article is, therefore, to present their viewpoints on silence in the psychoanalytic clinic and to establish a brief dialogue between them, describing possible differences and similarities. Our choice of a dialogue is justified by the fact that, despite their technical and methodological differences, both authors have a common therapeutic objective: spontaneity. Although we are dealing with tendencies, we conclude that, to Reich, the silence of the patient is seen predominantly as resistance, and to Winnicott, silence can also be understood as hesitation and as an achievement of the patient in the therapeutic process.