摘要:RESUMO Este artigo tem por objetivo descrever algumas formas de resistência a arranjos violentos contemporâneos - entendidos como as relações tensas, no Brasil, entre grupos do crime organizado violento e entre estes e o mundo público - que emergiram na fala de pessoas que sobreviveram ou foram afetadas por um atentado terrorista no bairro do Benfica, em Fortaleza, CE, ocorrido em março de 2018. Em linha com outros estudos sobre formas de florescimento subjetivo e coletivo em circunstâncias de violência ou destruição política, damos o nome a essa forma de resistência de 'esperança'. A partir de entrevistas com dois sobreviventes do atentado, uma professora e um ativista de direitos humanos, defendemos que ter esperança, nesses diálogos que buscavam ressignificar uma fratura, significou responder à violência não por meio de vingança ou de mecanismos extralegais ou excepcionais de violência reativa mas por meio de tropos que informam a defesa dos direitos humanos.
其他摘要:ABSTRACT This paper describes some forms of resistance to contemporary violent arrangements - understood as the tense relations, in Brazil, between groups of the violent organized crime and between the latter and the public world - which have emerged in the speech of people who survived or were affected by a terrorist attack in the neighborhood of Benfica, in Fortaleza, Ceará, Brazil, occurred in March, 2018. In line with other studies about forms of subjective and collective flourishing in circumstances of violence or political destruction, we will term this form of resistance as 'hope'. By engaging with two interviews conducted with two survivors, a professor, and a human rights' activist, we argue that hope, in these dialogues, amounted to responding to violence not by means of vengeance or extralegal mechanisms of violence but by using tropes that inform the defense of human rights.