摘要:Este artigo apresenta uma análise do documentário A Paixão de JL , de Carlos Nader, com o propósito de compreender as passagens entre o biográfico e o autobiográfico que surgem na obra. Produzido a partir de diários registrados pelo artista plástico José Leonílson em fitas k7 entre os anos de 1990 e 1993, o filme contém uma dimensão biográfica que funciona como um “retrato” do personagem biografado que só existe na medida em que se vale dos registros autobiográficos produzidos por ele próprio. No entanto, ao utilizar os audiodiários como narração autobiográfica e ilustrar a sua dimensão visual com obras também produzidas pelo artista, Nader opera um gesto autoral que associa a obra de Leonílson com as reflexões sobre a sua vida afetiva, sua sexualidade, a descoberta da infecção por HIV e alguns fatos históricos da época.