摘要:O trabalho do inspetor penitenciário é marcado por meios de trabalho precarizados, sobrecarga física e mental, convívio com situações de violência e estigmatização social, produzindo efeitos nos processos saúde-doença mental. Visando compreender esses processos, objetivou-se identificar relações entre vivência de sofrimento-prazer dos trabalhadores e organização do trabalho. Baseado na Psicodinâmica do Trabalho realizou-se 19 entrevistas semiestruturadas com inspetores penitenciários do Espírito Santo. Verificou-se que a gestão, baseada em duas formas de contrato e promoção mediante apadrinhamento, fragiliza o coletivo de trabalho e ativa a dessubjetivação, bloqueando a cooperação e o reconhecimento. Defesas como a ideologia defensiva contra o medo são partilhadas, contudo dificultam a atribuição de sentido consensual ao trabalho. Há indícios de que a vivência de prazer é possibilitada pela reapropriação do trabalho e mobilização de estratégias defensivas individuais. Melhorar esse quadro requer legitimar o saber-fazer do trabalhador, garantindo condições idênticas de trabalho a ambos os tipos de contrato.
其他摘要:he organization of the prison work and experiences of pleasure and suffering. The work of prison inspector is marked by precarious work conditions, physical and mental overload, contact with violence and social stigmatization situations, producing effects on mental health-illness processes. Seeking to understand these processes, this study aimed to identify relationships between experience of pleasure-suffering of employees and work organization. Based on the psychodynamics of work, were conducted 19 semi-structured interviews with Espírito Santo’s prison inspectors. It was found that the management, based on two forms of contract and promotion through cronyism, weakens the collective work and activates the desubjectivation, blocking cooperation and recognition. Defenses as defensive ideology against fear are shared, but they hinder the attribution of consensual meaning to work. There are indication that the experience of pleasure is made possible by re-appropriation of work and mobilization of individual defensive strategies. Improving this situation requires legitimize the know-how of the employee, ensuring identical working conditions for both types of contracts