摘要:Abordaremos, no presente artigo, o caráter excepcional atribuído à figura humana pelo cristianismo na Idade Média. Tanto em textos da Patrística quanto no maior representante da Escolástica – São Tomás de Aquino –, o homem não é equiparado às outras criações de Deus. O aspecto dual de sua existência (corpo & alma; forma & matéria) lhe confere singularidade diante das demais coisas criadas. Figura dotada de superioridade diante dos demais seres, o homem, nas páginas de eminentes teólogos medievais, aparece enquanto ministro e intérprete da natureza, ao mesmo tempo em que carrega consigo as conseqüências pelo castigo da Queda. O controle sobre uma natureza exterior e inferior seria, para o homem caído, uma ferramenta de redenção.