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  • 标题:Apontamentos sobre leituras do corpo na ciência moderna e no pensamento de Martin Heidegger
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  • 作者:Ellen Fernanda Gomes da Silva ; Jailton Bezerra Melo ; Carmem Barreto
  • 期刊名称:Ekstasis: Revista de Hermenêutica e Fenomenologia
  • 印刷版ISSN:2316-4786
  • 出版年度:2016
  • 卷号:5
  • 期号:2
  • 页码:136-151
  • DOI:10.12957/ek.2016.23014
  • 语种:Portuguese
  • 出版社:Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • 摘要:DOI:10.12957/ek.2016.23014 O corpo humano, no decorrer do tempo, foi demarcado por perspectivas que faziam parte de investigações e mensurações de uma ordem que o aprisionava. A Idade Média e o Renascimento se mostraram como momentos históricos nos quais o corpo sofreu ameaça de esquecimento em detrimento dos ideais cristãos e da consolidação das ciências. A Igreja Católica, ao demarcar normas de uma “educação do corpo”, produzia corpos que se massificavam em torno da salvação da alma, refletindo na sociedade em geral como uma “fuga” do pensamento da carne e do corpo humano mundano. As ciências da natureza, atravessadas pelo pensamento metafísico, passaram a conceituar o corpo e entendê-lo como uma máquina de funções que aconteciam em órgãos e subdivisões do corpo, sendo subscritas pelos estudos de anatomia e da arte. Tais demarcações inscreveram no corpo um distanciamento de si, enraizando-o num lugar de passividade. Ao criticar o pensamento metafísico em torno das coisas do mundo e do próprio mundo, Martin Heidegger questiona o lugar que o corpo foi colocado no passar do tempo e sinaliza que, antes de uma substância ou objeto, o corpo é um existencial, condição essencial para se compreender a tarefa imposta ao homem: existir-no-mundo-corporalmente-com-os-outros. O corporar, verbo criado por Heidegger, se mostra como um espaço de se pensar o corpo; um espaço que é possível enraizar o corpo num solo fecundo, atrelado à existência. A partir do percurso trilhado no presente artigo, pode-se dizer que o pensamento fenomenológico existencial heideggeriano pode convocar o psicólogo a compreender um corpo que não é estático e estagnado, mas que acontece-no-mundo como um existencial aclarado, permeado em metamorfoses do acontecer humano.
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