摘要:O presente artigo analisa a memória do feminino promovida pelas narrativas míticas que fundamentam o Sahaja Yoga, movimento religioso fundado em 1970, por Nirmala Srivastava e caracterizado por basear-se em um sistema de crença segundo o qual o princípio divino fundamental é feminino. Realizamos um estudo comparativo acerca dos vestígios de intercâmbios entre culturas encontrados nestes mitos, argumentando, à luz do conceito de trânsitos culturais, que a memória coletiva, da qual a mitologia é parte integrante, não é produto puro e exclusivo de uma determinada sociedade, mas sempre resultado de inevitáveis diálogos culturais. Mobilizamos os conceitos de mito e memória por entendermos que as ideias centrais contidas na mitologia se tornam representações mentais que, uma vez assimiladas e reelaboradas pela consciência, se transformam em uma memória do feminino e do seu papel social.