期刊名称:Passagens. Revista Internacional de História Política e Cultura Jurídica
印刷版ISSN:1984-2503
电子版ISSN:1984-2503
出版年度:2016
卷号:8
期号:3
页码:526-542
语种:Portuguese
出版社:Universidade Federal Fluminense
摘要:Este trabalho aborda a experiência familiar de cuidado com o adoecimento psíquico, incluindo suas concepções e manejos no contexto da recente reforma psiquiátrica brasileira. Como estratégia de análise dos dados e, com base na teoria das relações objetais desenvolvidas por Winnicott, este trabalho estruturou-se a partir de duas categorias: concepções e experiências do familiar cuidador sobre o adoecimento mental e a sobrecarga por este vivenciada. Os resultados da pesquisa apontaram: ambiguidade de sentimentos na relação com o membro em adoecimento psíquico; recorrência à internação como principal recurso nas situações de crise; desassistência ou ineficácia dos serviços de atenção aos familiares nos equipamentos públicos; e sobrecarga marcada por preocupações, medos e demanda de cuidado que ultrapassam as possibilidades do cuidador familiar. Concluiu-se pela necessidade de suporte às famílias de pessoas em sofrimento psíquico na rede pública de atenção básica e em saúde mental. Partindo da premissa de que as raízes da saúde mental estão na relação de confiança e de adaptação do meio as necessidades do sujeito em condições imaturas do desenvolvimento emocional,4 é compreensível que não só os usuários, mas suas famílias sejam acolhidas e “gestadas” por equipes multiprofissionais comprometidas com os princípios éticos e políticos da Reforma Psiquiátrica.
其他摘要:This work discusses the experience of caring for a family member with a mental illness, including the concepts surrounding the subject and its handling in Brazil’s recent psychiatric reform. As a strategy for analyzing data, and based on the theory of object relations developed by Winnicott (1975), the work is structured by means of two categories: the carer’s concepts and experiences of mental illness and the burden experienced. The results of the research pointed to ambiguous feelings in the relationship with the family member suffering from the mental illness; a reverting to internment as the main course of action in times of crisis; neglect or ineffective support for families from public services; and a sense of burden marked by concerns, fear and demands for care that exceed the families’ capabilities. The article concludes by reinforcing the need to support the families of patients with mental illnesses in the public network of primary healthcare and mental health. Based on the premise that the roots of mental health lie in relations of trust and the adaptation of the environment to the subject with immature emotional development (Winnicott, 1979), it may be understood that not just users, but also their family members, ought to be welcomed and “managed” by multi-professional teams committed to the main principles and policies set out in the Psychiatric Reform.