摘要:Este artigo visa a colocar em debate, em formato de ensaio teórico, a temática da me-dicalização e da farmacologização da existência. Discute-se a multiplicidade de acontecimentos que sustentam a medicalização e o campo de lutas no qual tais situações ocorrem e se materializam em um dispositivo de farmacologização subjetivante. Recupera-se, para tanto, aspectos da obra de Rodrigo Souza Leão que problematizam dimensões dos modos de subjetivação atuais urdidos na economia política da indústria farmacêutica e que instauram práticas de liberdade. Ao final do artigo, conclui-se que a difusão da medicalização e da farmacologização da vida é uma prática muito disseminada e, portanto, as resistências endereçadas às mesmas precisam ser ampliadas e articuladas cada vez mais com vistas a produzir efeitos na sociedade atual, de maneira a abrir brechas que façam ressoar práticas não medicalizantes em um campo de tensão de forças. Propomos que a genealogia das resistências à medicalização das existências deve ser articulada à composição de arquivos não conformistas capazes de evidenciar que, apesar da força da farmacologização na configuração das nossas subjetivações, práticas de liberdade continuam a ser urdidas em seus interstícios.
其他摘要:This paper aims at setting into discussion, in a theoretical essay format, the topic of medicalization and pharmaceuticalization of existence. It discusses the multiplicity of events that support medicalization and the field of struggles in which such situations take place and are materialized into a subjectivizing pharmaceuticalization device. Thus, some features of Rodrigo Souza Leão's work are retrieved which argue on the dimensions of current subjectivizing manners hatched out in the pharmaceutical industry economic policy and that set freedom practices. One concludes, by the end of the paper, that diffusion of medicalization and pharmaceuticalization of life is a widespread practice and, therefore, resistances targeting them need to be increasingly expanded and articulated aiming at producing effects in current society to open gaps that reverberate non medicalizing practices in a tension field of forces. We propose that genealogy of resistances to medicalization of existences should be articulated with the composition of non-conformist files capable of evidencing that, in spite of the pharmaceuticalization power in setting up our subjectifications, freedom practices continue to be plotted in their interstices.