摘要:Este artigo é fruto de uma pesquisa que analisa as inter-relações entre a lógica dominante contemporânea e as práticas de trabalho de profissionais da alta complexidade hospitalar, através de dois analisadores: o corpo e o tempo. Com base na teoria psicanalítica, sustentam-se as concepções destes dois analisadores e o método. A pesquisa envolveu a realização de entrevistas semi-estruturadas com profissionais das unidades de internação e construção de diário de campo. Os resultados revelaram principalmente que há uma forte relação entre o corpo do profissional e do paciente, e que não é simples deparar-se com o corpo enfermo em sua complexidade biopsicossocial. Além disso, indicaram um corpo que cansa e se angustia no trabalho hospitalar em decorrência da relação com o corpo enfermo e com o corpo institucional. Também apontaram um tempo veloz e ágil, que permeia o cotidiano de trabalho do início ao fim, agindo na escassez de reflexõessobre as práticas desenvolvidas na instituição. Conclui-se que estes aspectos interferem nos modos de vivenciar o trabalho e nos processos de produção de saúde.
其他摘要:This paper is the outcome of a research that analyzes the interrelations between the contemporary dominant logic and the work practices of high-complexity hospital professionals through two key-notions: body and time. The conceptions of these notions and also the method are grounded on the psychoanalytic theory. The research included semi-structured interviews with professionals from hospitalization units, and the use of field diaries. The results revealed a strong relation between the bodies of professionals and patients, as well as the difficulties of facing a sick body in its biopsychosocial complexity. They also brought to light that the body gets tired and distressed as work is performed in the hospital, and relations with both the sick body and the institutional body take place. A fast and agile time have been pointed out, permeating daily work from beginning to end and promoting rather scarce reflections on the practices developed in the institution. We conclude that these aspects do interfere in the ways work is experienced by the professionals as well as and in the processes of health production.