摘要:RESUMO Objetivo: Analisar a ingestão ácidos graxos alfa-linolênico e identificar fatores associados à ingestão inadequada em duas coortes de gestantes acompanhadas trimestralmente. Métodos: Estudo de coorte com gestantes de baixo risco obstétrico (N=353) representativas das usuárias da rede pública de saúde de um município paulista. Nos três trimestres gestacionais foram coletados dois recordatórios alimentares de 24 horas. Análises descritivas do perfil lipídico da dieta foram processadas seguidas do teste de comparações múltiplas. As diferenças, segundo trimestre gestacional, foram avaliadas pelo teste de diferença de médias. Para avaliação da adequação do consumo foi utilizada a ingestão recomendável. A associação entre a adequação da ingestão de ácido alfa-linolênico e características maternas foi investigada por meio de modelo de regressão logística binária. Resultados: A contribuição percentual de lipídeos totais mostrou-se adequada;1/3 das gestantes não alcançou a recomendação de ingestão diária de ácido alfa-linolênico. Gestantes com excesso de peso apresentam o dobro de chances de consumo inadequado de ácido alfa-linolênico. Comparadas às gestantes das classes D/E, as pertencentes a classe C têm menores chances de consumo inadequado. Conclusão: Não há um problema de excesso de consumo de lipídeos e sim da qualidade destes, cerca de 1/3 das gestantes acompanhadas e seus conceptos estão expostos aos efeitos adversos do baixo consumo de ácidos graxos de cadeia ômega-3 na gestação, indicando importante vulnerabilidade nutricional nessa população.
其他摘要:ABSTRACT Objective: To analyze alpha-linolenic fatty acid intake in two cohorts of pregnant women, and to identify factors associated with alpha-linolenic acid intake. Methods: This is a cohort study involving pregnant women with low obstetric risk (N=353) in public health system from a municipality of São Paulo state, Brazil. In each trimester, two 24-hour food recalls were collected. Descriptive analyses of dietary lipid profiles were performed, followed by a multiple comparison test. According to the trimester of pregnancy, differences were assessed using the mean difference test. To evaluate the adequacy of linoleic fatty acid and alpha-linolenic acid intake, the adequate intake test was used. The association between alpha-linolenic acid intake adequacy and maternal characteristics was investigated using a binary logistic regression model. Results: Total lipids intake and the percentage contribution to dietary energy met recommended levels. One-third of the diets demonstrated a lower than daily recommended intake of alpha-linolenic acid. Overweight pregnant women were twice as likely to have inadequate alpha-linolenic acid intake. Pregnant women from a more disadvantaged socioeconomic situation had greater risks of inadequate intake. Conclusion: Over-intake of lipids is not problematic, but quality is an issue, with one third of the pregnant women and their fetuses exposed to adverse effects due to low intake of omega-3 fatty acids, indicating important nutritional vulnerability in this population.