摘要:O estudo, filiado à AD francesa, ocupa-se com a injunção contemporânea à visibilidade, agudizada pela dimensão virtual. Para refletir sobre os modos como se tece o chamado à exposição do eu, partimos do(a) selfie feito(a) por uma moça, sorrindo, no velório do presidenciável Eduardo Campos, ao lado do caixão deste, em agosto de 2014, fato de repercussão negativa à época. Este acontecimento é posto em relação com outros, de natureza semelhante, porém, de escopos diferenciados, como mote para a discussão central do estudo: como se (re)configuram hoje as formas de subjetivação, diante do que entendemos como desistoricização da memória. A discussão teórica desenvolvida faz convergir três dimensões atinentes à prática do(a) selfie, suscitadas pelos episódios tomados como motivadores do debate: a dimensão linguística, enquanto materialidade histórica; a antropológica, enquanto prática assumida por sujeitos socialmente inscritos; e a política, porque revestida de sentidos e perpassada pela ideologia.