Behavioral finance in Brazil: a bibliometric study (2001-2007)/Financas comportamentais no Brasil: um estudo bibliometrico (2001-2007)/Finanzas del comportamiento en Brasil: una investigacion bibliometrica (2001-2007).
Vieira, Thais Roberta Correia ; Pereira, Antonio Nunes
1. INTRODUCAO
A historia recente dos mercados tem mostrado que a racionalidade
nem sempre e o que guia as decisoes dos investidores e do
"mercado". Fenomenos como fuga de capitais, bolhas
especulativas e alta volatilidade nos precos dos ativos sao cada vez
mais recorrentes e percebidos pela literatura e pelas pesquisas ao redor
do mundo. As financas comportamentais estudam os fatores sociais e
psicologicos que influenciam as decisoes que culminam nesses fenomenos.
O presente trabalho tem como objetivo mapear os trabalhos realizados no
Pais a respeito desse emergente campo de pesquisa.
No exterior, os primeiros estudos em Financas Comportamentais datam
de meados da decada de 1970. As pesquisas surgiram a fim de refutar a
Hipotese de Mercados Eficientes (HME), cuja ideia principal e de que os
agentes economicos agem sempre de forma racional e que, por
consequencia, o mercado tambem agiria de forma semelhante.
Em contrapartida, as Financas Comportamentais defendem, baseadas na
Psicologia e na Sociologia, que nem sempre os precos dos ativos
correspondem ao seu real valor. Isso decorre do fato de que o
comportamento dos agentes economicos, muitas vezes considerado nao
racional, interfere no valor dos ativos. O mercado, portanto, nao
poderia ser considerado eficiente.
Diversos fenomenos foram relatados e estudados por profissionais e
academicos com o objetivo de sustentar as Financas Comportamentais.
Dentre os fenomenos estudados (bolhas especulativas, subvalorizacao ou
sobrevalorizacao de acoes, influencia do tempo no mercado--efeito
Segundafeira e SunnyDay), alguns foram replicados no Brasil com a
finalidade de contextualiza-los em ambito nacional e, consequentemente,
agregar informacoes e complementa-los.
Este trabalho propoe-se a mapear a producao academica desse campo
de estudo, especificamente os artigos publicados nos eventos Encontro da
Sociedade Brasileira de Financas (SBFIN) e Encontro da Associacao
Nacional de PosGraduacao e Pesquisa em Administracao (ENANPAD), por
representarem a vitrine da producao academica brasileira em Financas e
Administracao, respectivamente. Tambem foram coletados artigos dos
periodicos de Administracao classificados em A ou B, de acordo com a
antiga classificacao do QUALIS-CAPES.
Este estudo e importante porque as financas comportamentais
propoem-se a explicar o comportamento nao racional dos investidores, que
implica anomalias comuns no mercado. A teoria de que os agentes
economicos se comportam racionalmente nao e mais capaz de camuflar essas
anomalias e as crises economicas. A atual crise economica e uma
evidencia disso--e consenso que bancos e investidores imobiliarios
americanos nao tomaram decisoes racionais e a consequencia foi a
recessao. Sobre a crise, Shiller (2009) comenta: "e um espanto o
fato de que tao poucos economistas tenham previsto a crise atual, e as
dificuldades que a profissao tem encontrado para oferecer solucoes agora
sao um sinal claro do fracasso da teoria convencional" (SHILLER,
2009:7). Nesse contexto, as financas comportamentais se fortalecem
porque suas teorias explicam a influencia de fatores sociais e,
principalmente, psicologicos sobre esses problemas.
O artigo estrutura-se da seguinte forma: a primeira etapa consiste
em uma sucinta revisao da literatura nacional e internacional nesta area
de pesquisa. A etapa posterior descreve o estado desse campo de estudos
no Pais e os principais autores nos quais esses estudos sao embasados.
Por fim, ha a recomendacao de estudos realizados que ainda nao foram
explorados no contexto brasileiro.
2. FINANCAS COMPORTAMENTAIS: UMA BREVE VISAO
Financas comportamentais "e o estudo de como a psicologia
afeta a tomada de decisao financeira e os mercados financeiros",
segundo definicao de Shefrin (2001 apud BARBEDO; CAMILO-DA SILVA,
2008:99). Esta area de pesquisa se concentra na compreensao do
comportamento dos investidores e de como seu comportamento impacta no
mercado financeiro (BERNSTEIN, 2008).
Este campo de estudo teve como berco a Universidade Hebraica de
Jerusalem, quando dois professores de Psicologia, Daniel Kahneman e Amos
Tversky, desenvolveram estudos que acusavam as lacunas do modelo
racional de tomada de decisao. As pesquisas de Kahneman renderamlhe o
premio Nobel de Economia em 2002. Acerca do modelo oriundo da economia
classica, Kahneman discorre: "o fracasso do modelo racional...
decorre do tipo de cerebro por ele exigido. Quem conseguiria projetar um
cerebro capaz de atuar da maneira prevista pelo modelo? Cada um de nos
teria de conhecer tudo, de maneira completa e imediata" (KAHNEMAN
apud BERNSTEIN, 2008:5).
Os trabalhos de Kahneman e Tversky introduziram a ideia central das
Financas Comportamentais de que o comportamento dos investidores, na
maioria das vezes, nao corresponde ao que esta previsto nos modelos da
economia classica (LINTZ, 2004).
A natureza do homem passa a ser vista sob o prisma da racionalidade
limitada ou bounded rationality, desenvolvida por Herbert Simon no final
da decada de 40. Esse modelo concebe o ser humano como limitado, incapaz
de absorver e processar todas as informacoes disponiveis (MOTTA, 2006).
O processo decisorio e, entao, baseado em criterios subjetivos
relacionados as crencas, valores e experiencias passadas. Os estudos
nesse novo ramo das Financas tem considerado as limitacoes intrinsecas
dos agentes economicos, os vieses comportamentais e a forma pela qual
estes podem interferir na dinamica do mercado.
As Financas Comportamentais desafiam o paradigma da HME ao afirmar
que o nivel dos precos e mais do que o reflexo das informacoes
disponiveis. Shiller (2000) alega que o mercado e modelado pelas
decisoes dos investidores, as quais, por sua vez, sao influenciadas pela
conjugacao de fatores classificados em estruturais, culturais e
psicologicos.
Em relacao aos fatores culturais, esse autor escreve que estes
possuem natureza transitoria e influenciam o comportamento do mercado em
determinados momentos historicos. Os fatores citados por ele sao a midia
e o pensamento economico em determinadas eras.
A midia e atraida ao mercado de acoes por ser este uma fonte
constante de noticias. Muitas vezes ela potencializa a importancia de
determinados movimentos no mercado. Ela ainda representa a interpretacao
do senso comum e, por isso, e capaz de moldar o pensamento das pessoas e
determinar o comportamento do mercado (SHILLER, 2000). Prova disso foi a
queda do mercado de acoes em outubro de 1987. Pesquisas realizadas por
Shiller (2000) e Brady (1987 apud SHILLER, 2000) mostraram que a midia
nao teve tanta influencia nesse episodio, mas o feedback feito por ela a
respeito das variacoes dos precos das acoes estimulou outras mudancas no
mercado.
O pensamento economico em determinadas eras tambem condiciona o
comportamento dos investidores. Na decada de 1960, por exemplo, as
pessoas acreditavam que a inflacao pressionava os precos das acoes para
cima, enquanto na decada de 1990 elas criam que o efeito da inflacao
seria o oposto. Shiller (2000) justifica esse acontecimento com o
argumento de que o valor dos ativos e formado na mente dos investidores.
Os fatores psicologicos sao divididos por Shiller (2000) em dois
tipos de ancoras: as quantitativas e as morais. O primeiro tipo e
composto de indicadores que sinalizam se o ativo esta sobre ou
subvalorizado. Ja as ancoras morais estao relacionadas a intuicao, a
emocao e a maneira pela qual estas afetam as decisoes.
3. HME E FC: UMA PROPOSTA DE SINTESE
A HME e as FC configuram-se de forma oposta. A primeira e uma tese,
considerada um paradigma, enquanto a segunda e uma antitese que se
esforca por tentar quebrar o paradigma classico. Essa rica discussao
entre a Hipotese de Mercados Eficientes e as Financas Comportamentais
compoe um movimento teorico, e a literatura sinaliza o inicio de uma
possivel sintese, isto e, uma futura conjugacao de elementos de ambas as
teorias.
A Hipotese de Mercados Eficientes (HME) foi a primeira teoria a
tentar explicar os motivos pelos quais o mercado e dificil de ser
superado. Apesar de seus pressupostos de racionalidade serem
questionados e cada vez mais fenomenos e pesquisas empiricas abalarem
suas estruturas, esse paradigma da economia tradicional e composto de um
vasto arcabouco teorico de alta qualidade e ainda possui muitos adeptos.
Vale ressaltar que mesmo defensores das financas comportamentais
ponderam que alguns trabalhos da linha tradicional sao parcialmente
validos; logo, a HME merece ser levada a serio mesmo por aqueles que nao
concordam com ela (SHILLER, 2000; MILANEZ, 2003).
As Financas Comportamentais trabalham com uma ideia central oposta
a HME: o homem possui limitacoes cognitivas, ou seja, racionalidade
limitada. O cenario economico atual e mais uma evidencia de que essa
teoria tambem merece ser levada a serio, visto que e consenso que
bancos e investidores imobiliarios americanos nao tomaram decisoes
racionais, e a consequencia foi a recessao.
Bernstein (2008) afirma que as Financas Comportamentais nao
invalidam a teoria tradicional, antes a fortalecem, uma vez que estudam
anomalias nao previstas pela HME. Segundo ele, o desenvolvimento dessa
nova teoria surgiu a fim de aparar as arestas de sua antecedente.
Entao, nao convem desprezar uma ou outra teoria, porque nenhuma
delas separadamente e capaz de explicar a realidade dos mercados em sua
plenitude. Sobre isso, Shiller (2000:39) discorre: "os economistas
certamente fizeram progresso sobre a compreensao dos mercados
financeiros, mas a complexidade da vida real continua a
prevalecer". Bernstein (2008) acrescenta que a evolucao das
pesquisas empiricas nesta area apresenta um alto grau de dificuldade, e
que a natureza dos resultados e controversa porque os dados coletados
normalmente advem de estimativas, sao incertos e sujeitos a revisoes.
Thaler (1986), defensor das financas comportamentais, argumenta que
sao falsas as seguintes proposicoes: 1) Modelos racionais sao inuteis; e
2) Todo comportamento e racional. De acordo com ele, os dois lados do
debate sempre terao seu lugar e cada um tendera a deturpar o outro. Mas,
se todos concordarem que essas duas afirmacoes sao falsas, as duas
teorias poderao caminhar juntas para a explicacao da realidade e nao
serao utilizadas de forma ineficaz, uma repudiando a outra.
4. METODOLOGIA
A natureza metodologica do presente estudo e descritiva,
bibliografica e documental. O metodo descritivo propoe-se a descrever um
cenario por meio de dados numericos. Os documentos analisados foram os
artigos extraidos de uma pesquisa bibliografica sobre FC, publicados nos
periodicos de Administracao classificados em A ou B no Qualis, em marco
de 2009, e nos eventos Encontro da Associacao Nacional de Pos-graduacao
e Pesquisa em Administracao (ENANPAD) e Encontro da Sociedade Brasileira
de Financas (SBFin). Os eventos Encontro SBFIN e ENANPAD foram
selecionados por representarem as vitrines das producoes academicas em
Financas e Administracao, respectivamente. Vale ressaltar que esse
levantamento foi realizado em marco de 2009, antes da reformulacao da
classificacao dos periodicos do QUALIS--CAPES.
Na pesquisa bibliografica foram encontrados artigos do periodo de
2001 a 2007. A coleta foi realizada mediante busca eletronica nos
respectivos sites dos periodicos e eventos. Foram coletados todos os
artigos em cujo campo palavras-chave constava "Financas
Comportamentais".
Dos periodicos, apenas quatro possuiam artigos sobre Financas
Comportamentais, a saber: Revista de Administracao de Empresas (RAE) da
Fundacao Getulio Vargas (FGV), Revista Eletronica de Administracao de
Empresas (RAE Eletronica) tambem da FGV, Revista de Administracao da
Universidade de Sao Paulo (RAUSP) e Revista de Administracao (READ) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Nos dois eventos,
Encontro SBFin e ENANPAD, havia artigos sobre o tema.
Foram encontrados 20 artigos com a palavrachave "Financas
Comportamentais" (Tabela 1): dez no Encontro SBFin, quatro no
ENANPAD, um na RAE, dois na RAE Eletronica, um na RAUSP e dois na READ.
Todos os documentos foram lidos, e seus objetivos, metodologia e
conclusao foram separados em uma tabela. A partir desse panorama fez-se
uma classificacao epistemologica dos artigos, de forma semelhante ao
trabalho realizado por Dalmoro et al. (2007) sobre a dominancia
epistemologica das publicacoes do ENANPAD no ano de 2006. Dessa forma,
os artigos foram classificados em empirico, qualitativo,
qualitativo-quantitativo ou estudo teorico.
Para o levantamento das principais fontes utilizadas pelos autores
brasileiros, foi utilizada a abordagem bibliometrica. Todas as
referencias dos artigos foram separadas em uma planilha. Ao todo, foram
contabilizadas 667 referencias, uma media de 33,35 referencias por
artigo. A maior dificuldade desta etapa foi discernir algumas
referencias, visto que nenhum artigo as apresentava de acordo com as
normas da Associacao Brasileira de Normas Tecnicas (ABNT).
Primeiro, foram contabilizados os autores principais com maior
numero de ocorrencia. Apos essa primeira listagem, foram contadas
quantas vezes os autores que compunham a lista foram citados nas
referencias, independentemente de serem autores principais ou nao.
As referencias foram separadas em referencias em lingua portuguesa
e em lingua estrangeira, para distinguir se as fontes de pesquisa mais
utilizadas seriam os trabalhos do exterior ou os nacionais e quais
autores brasileiros seriam mais utilizados nas pesquisas nacionais. E
importante lembrar que os autores mais referenciados foram extraidos do
topico "referencias" de cada trabalho, e nao do corpo do
texto.
Por fim, listaram-se os autores, principais ou nao, dos artigos
coletados, a fim de averiguar a existencia de alguma lideranca nas
pesquisas brasileiras.
Os metodos apresentados, utilizados para guiar esta pesquisa,
geraram os resultados expostos a seguir.
5. RESULTADOS
5.1. A Producao Academica de Financas Comportamentais no Brasil
Um estudo da Universidade de Michigan (apud BERNSTEIN, 2008) sobre
os trabalhos publicados em importantes periodicos de Economia no periodo
compreendido entre 1971 e 2006, citados mais de trinta e cinco vezes,
revelou que, na decada de 1970, 77% dos trabalhos mais citados eram
teoricos e 11% eram empiricos. Em contrapartida, 60 % dos trabalhos a
partir do final do seculo XX eram empiricos, 11% teoricos e 29% de
metodologia econometrica. Bernstein (2008) atribui a mudanca de foco
metodologico nas pesquisas em Financas ao computador e aos softwares
cada vez mais avancados tecnicamente para analisar os dados.
Acompanhando essa tendencia, como mostra a Tabela 2, a maioria dos
artigos nacionais sobre financas comportamentais e empirica: dos 20
artigos, 14 sao empiricos, o que corresponde a 70%, enquanto 25% (5
artigos) sao ensaios teoricos e 5% (1 artigo) sao qualitativos.
A Tabela 3 apresenta a classificacao epistemologica de acordo com o
evento/periodico. O ENANPAD e a RAE Eletronica sao as categorias que
possuem maior balanceamento epistemologico de publicacoes em Financas
Comportamentais, com 50% de estudos empiricos e 50% de estudos teoricos.
As publicacoes do Encontro SBFIN radicalizam a metodologia
empirica--todos os artigos utilizam metodos quantitativos. Apenas os
periodicos RAE e READ nao apresentaram pesquisas empiricas. A RAE
apresentou um estudo teorico e a READ foi a unica a apresentar um estudo
qualitativo, alem de um ensaio teorico.
No Grafico 1, observa-se que ha maior concentracao de artigos (50%)
no Encontro SBFIN. O ENANPAD, com 20% dos artigos publicados, e o
segundo evento que mais publica na area. As publicacoes sobre Financas
Comportamentais em eventos sao em maior numero do que em periodicos: 70%
aparecem em eventos e 30% em periodicos. Em relacao aos periodicos, a
Revista de Administracao de Empresas (RAE) Eletronica e a Revista de
Administracao (READ) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS) lideram a publicacao de estudos, com 10% cada uma.
A Tabela 4 apresenta a relacao de artigos publicados por ano e sua
frequencia porcentual. O auge da producao nacional em Financas
Comportamentais foi no ano de 2006, com 35% dos artigos. Apos 2006, a
maior producao foi no ano de 2007 (25%), seguido de 2003 (quatro artigos
20%). Os anos de 2001 e 2005 foram os de menor producao: dois artigos
(10%) em cada ano.
No periodo de 2001 a 2007, com excecao dos anos de 2002 e 2004,
vinte artigos foram publicados. Ainda assim, ao longo do tempo houve um
aumento na publicacao de estudos. Nos ultimos dois anos do periodo
compreendido, 2006 e 2007, foram publicados sete e cinco artigos,
respectivamente.
A Tabela 5 mostra a relacao de artigos publicados por ano e por
evento/periodico. No primeiro ano com registro documental, 2001,
observa-se um equilibrio de publicacoes entre evento e periodico: um
artigo publicado no SBFin e outro na ERA. Em 2003, o proximo ano a ter
publicacoes sobre o tema, os periodicos apresentam mais artigos em
Financas Comportamentais: um artigo na RAUSP, dois na RAE Eletronica e
um no ENANPAD. No ano de 2004, assim como em 2002, nao foram encontrados
estudos na area. Ja em 2005, dois artigos foram publicados no SBFin. Em
2006, quatro artigos foram publicados no SBFin, dois no ENANPAD e um na
READ. Em 2007, assim como em 2005 e 2006, os eventos lideraram a
publicacao: tres artigos no SBFin, um no ENANPAD e um na READ. Assim, o
desenvolvimento da publicacao documental em financas comportamentais e
tambem sintetizada na Tabela 5.
As referencias dos estudos nacionais documentados revelam que, no
Brasil, os pesquisadores se baseiam mais nos trabalhos internacionais.
Das 602 referencias extraidas dos artigos, apenas 70 sao de lingua
portuguesa. Vale ressaltar que isso nao significa que sao todas
nacionais, ja que algumas delas sao traducoes de livros ou trabalhos
publicados em outros paises.
Nas referencias internacionais, foram identificados nove autores
mais citados (Tabela 6). Os tres autores mais citados sao Kahneman, com
50 citacoes; Thaler, com 38 citacoes; e Tversky, com 37 citacoes. Os
precursores da area sao Kahneman e Tversky. Ja Thaler e um de seus
discipulos. O quarto autor mais citado e Fama, um dos autores mais
importantes da HME. Normalmente, antes de exporem as ideias das FC, os
artigos descrevem a HME para justificar o surgimento da teoria que a
contrapoe. O quinto mais citado e Shleifer, seguido de De Bondt,
Barberis, Shefrin e Shiller, todos defensores das FC.
Nao foi possivel identificar um trabalho mais referenciado, pois
foram citados varios trabalhos de um mesmo autor. Algumas vezes,
trabalhos de mesmo titulo foram bastante citados, mas as datas e as
fontes nao eram compativeis. Nao foi possivel verificar se isso ocorreu
por erro na descricao da referencia ou se, de fato, foram publicados
artigos com o mesmo titulo em diferentes fontes.
A Tabela 7 apresenta os cinco autores nacionais mais referenciados
nos artigos. Os autores mais citado foram Milanez e Kimura, com tres
citacoes, seguidos por Bruni, Fama e Procianoy. O trabalho mais citado
dentre os de lingua portuguesa (tres citacoes) foi a dissertacao de
mestrado em Economia defendida na Universidade de Sao Paulo por Milanez:
Financas Comportamentais no Brasil. Observa-se que a quantidade de vezes
que os autores brasileiros sao citados e infima se comparada ao numero
de vezes do mais citado dos autores internacionais: Kahneman aparece
cinquenta vezes.
Os autores que mais publicaram artigos em Financas Comportamentais,
considerando-se a amostra, foram Kimura, com tres artigos, e Basso,
Battisti e Pacheco, com dois artigos (Tabela 8).
Por fim, os fenomenos estudados no Brasil estao listados na Tabela
9.
6. CONSIDERACOES FINAIS E DIRETRIZES PARA ESTUDOS FUTUROS
O objetivo deste trabalho foi mapear a producao academica em
Financas Comportamentais no Brasil tanto em periodicos de Administracao
com antiga classificacao A ou B no Qualis quanto nos eventos ENANPAD e
SBFin. Para isso, foi feita uma descricao da amostra e um estudo
bibliometrico das referencias extraidas dos artigos.
Tambem foi realizada uma breve revisao da literatura e uma reflexao
sobre um possivel redirecionamento das pesquisas na area: ao inves de as
duas teorias, a Hipotese dos Mercados Eficientes e a FC, continuarem a
se contrapor, sugere-se a tentativa de conjugacao de elementos de ambas,
ou seja, caminhar em direcao a uma sintese.
Nos resultados, e patente a discrepancia entre os porcentuais
relativos as pesquisas empiricas (70%), as qualitativas (5%) e ao ensaio
teorico (25%). O perfil epistemologico da area de Financas ja fora certa
vez identificado no trabalho de Dalmoro et al. (2007). Os dados
mostraram que 74% dos trabalhos publicados no ENANPAD em 2006 foram
quantitativos, 6% qualitativos, 3% qualitativoquantitativos e 21%
teoricos. Por se tratar da area de Financas, e comum que haja forte
presenca da metodologia empirica, dada a preferencia dos pesquisadores
por trabalhar com dados cuja analise quantitativa configura-se como a
consensualmente mais adequada.
No entanto, e importante ressaltar que as financas comportamentais
estudam o comportamento do investidor e isso nao pode ser feito somente
a partir da inferencia de dados numericos. A proposta deste campo
emergente e incorporar a Sociologia e Psicologia nas Financas. Embora a
pesquisa empirica seja relevante, e necessario tambem maior contribuicao
da pesquisa qualitativa, uma vez que esta pode captar elementos que a
pesquisa empirica nao consegue, e a reciproca e verdadeira. Enfim, os
autores deste artigo defendem que um maior equilibrio metodologico
podera enriquecer mais os estudos em Financas Comportamentais no Brasil.
Alem da conviccao de que as abordagens quantitativas e qualitativas sao
complementares, ha a expectativa de que ocorram descobertas de fenomenos
genuinamente nacionais. Cabe salientar que pesquisas exploratorias e
qualitativas podem documentar aspectos particulares e culturais de maior
complexidade, que devem de alguma forma influenciar o comportamento
financeiro no Brasil. A respeito do perfil metodologico do campo das
Financas, Shiller, em entrevista, declarou:
A pesquisa em economia segue o modelo consagrado pelas ciencias
exatas e acreditamos que isso limita nossa capacidade de compreender o
mundo. [...] deveriamos reconhecer nossos limites e prestar mais atencao
no que outras ciencias sociais fazem, incorporando metodos de pesquisa
que sao muito utilizados por sociologos e psicologos, mas sao
desprezados pela maioria dos economistas. (SHILLER, 2009:8).
Alem disso, os resultados apresentaram uma preponderancia de
publicacoes em eventos, que, em geral, sao menos rigorosos na aprovacao
de artigos comparativamente aos periodicos de mesma classificacao, o que
leva a supor que a producao nesta area necessita de melhoras no rigor metodologico. Convem considerar que, por ser um campo ainda recente no
Pais, pesquisas com maior rigor metodologico talvez nao tenham sido
ainda publicadas, ate porque a aprovacao em periodicos demanda maior
tempo que a aprovacao em eventos.
Apesar de a producao academica na area das FC ainda ser modesta,
constata-se que ela apresentou um pequeno aumento. Enquanto no primeiro
ano, 2001, foram encontrados dois artigos encontrados, em 2006 ja havia
sete artigos e, em 2007, cinco artigos publicados--um aumento de 250% e
150 % em relacao a 2001.
Tendo em vista a pouca publicacao de artigos no Brasil,
naturalmente as fontes de pesquisa predominantes nas referencias
utilizadas sao internacionais (88%), enquanto as de lingua portuguesa
sao minoria (11%). Os autores estrangeiros mais citados foram: Kahneman,
Thaler, Tversky, Fama, Shleifer, De Bondt, Barberis, Shefrin e Shiller.
Em relacao aos trabalhos nacionais, a dissertacao de mestrado em
Economia de Milanez, Financas Comportamentais no Brasil, foi a mais
citada (tres citacoes). Ainda assim, as referencias internacionais
lideram as referencias, embora nao tenha sido possivel apontar uma obra
ou trabalho mais utilizado nessa categoria, apenas os autores.
Assim, o estudo procurou colaborar com uma reflexao do estado da
arte das pesquisas em FC no Brasil, tematica de razoavel insercao
internacional. A pesquisa bibliometrica realizada e considerada util
pelos autores do presente artigo, por se tratar de um mapa da producao
atual que facilita as investigacoes futuras. Ha que sublinhar o fato de
que reconhecer os principais autores mais referenciados favorece, ate
certo ponto, a identificacao da producao de maior relevancia e de
qualidade, bem como pode estimular maior interacao entre pesquisadores,
editores e revisores especializados ou curiosos para o desenvolvimento
de linhas de pesquisa da tematica de FC em ambito nacional.
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BRASILEIRA DE FINANCAS, 6., 2006. Anais eletronicos... Disponivel em:
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2008.
KIMURA, H.; BASSO, L. F. C. Financas Comportamentais: investigacao
do comportamento decisorio dos agentes brasileiros. In: ENCONTRO DA
ASSOCIACAO NACIONAL DE POSGRADUACAO E PESQUISA EM ADMINISTRACAO, 27.,
2003. Anais eletronicos... Disponivel em:
<http://www.anpad.org.br>. Acesso em: 15 mar. 2008.
LINTZ, A. C. Dinamica de bolhas especulativas e financas
comportamentais: um estudo aplicado ao mercado de cambio brasileiro.
Tese (Doutorado em Administracao)--Faculdade de Economia, Administracao
e Contabilidade, Universidade de Sao Paulo, 2004.
MENDES-DA-SILVA, W.; ROCHA, P. G. Analise empirica do senso de
controle: buscando entender o excesso de confianca. In: ENCONTRO DA
ASSOCIACAO NACIONAL DE POSGRADUACAO E PESQUISA EM ADMINISTRACAO, 30.,
2006. Anais eletronicos... Disponivel em:
<http://www.anpad.org.br>. Acesso em: 15 mar. 2008.
MILANEZ, D. Y. Financas comportamentais no Brasil. Dissertacao
(Mestrado em Economia) Faculdade de Economia, Administracao e
Contabilidade, Universidade de Sao Paulo, 2003.
MOTTA, F. C. P.; VASCONCELOS, I. F. G. Teoria geral da
administracao. 3. ed. Sao Paulo: Thomson, 2006.
OLIVEIRA, R. F.; CARRETE, L. S. Estudo empirico sobre a
previsibilidade do retorno de mercado no Brasil. In: ENCONTRO DA
SOCIEDADE BRASILEIRA DE FINANCAS, 5., 2005. Anais eletronicos...
Disponivel em: <http://www.sbfin.org.br/site/Encontros>. Acesso
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PINHEIRO, F. O. D.; GOMES, F. P.; BRANDI, V. R. Demanda por
Aplicacoes Financeiras: uma investigacao sobre os depositos de poupanca
no Brasil. In: ENCONTRO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE FINANCAS, 7., 2007.
Anais eletronicos... Disponivel em: <http://www.sbfin.
org.br/site/Encontros>. Acesso em: 15 mar. 2008.
SANTOS, J. O.; FAMA, R.; TRAVAO, R.; MUSSA, A. Anomalias do Mercado
Acionario Brasileiro: a verificacao do Efeito Janeiro no Ibovespa no
periodo de 1969 a 2006. In: ENCONTRO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE
FINANCAS, 7., 2007. Anais eletronicos... Disponivel em:
<http://www.sbfin.org.br/site/ Encontros>. Acesso em: 15 mar.
2008.
SHILLER, R. Exuberancia irracional. Sao Paulo: Makron Books, 2000.
SHILLER, R. Exuberancia irracional. Valor Economico, Sao Paulo, 29,
30 e 31 maio 2009. Suplemento Eu & Fim de Semana, p. 7-10.
Entrevista concedida a Ricardo Balthazar.
THALER, R. H. The Psychology and Economics Conference Handbook:
Comments on Simon, on Einhorn and Hogarth, and on Tversky and Kahneman.
The Journal of Business, v. 59, n. 4, part 2: The Behavioral Foundations
of Economic Theory, p. S279-S284, Oct. 1986. Disponivel em:
<http://www.jstor.org/stable/2352760>. Acesso em: 28 maio 2009.
* Registramos especial agradecimento a Profa Dra Tereza Cristina
Jones Carneiro, da Universidade Federal do Espirito Santo, pelo
incentivo e consideracoes de grande valor.
Recebido em: 10/7/2009
Aprovado em: 11/8/2009
Thais Roberta Correia Vieira
Bacharel em Administracao pela Universidade Federal do Espirito
Santo (UFES) Participante do PIBIC/UFES
E-mail:
[email protected]
Antonio Nunes Pereira
Mestrando em Financas pela Fucape Business School (FUCAPE) Aluno
especial da Faculdade de Economia, Administracao e Contabilidade da USP
Professor das Faculdades Pitagoras--Campus Guarapari (ES)
E-mail:
[email protected]
Tabela 1: Total de Artigos Publicados no Brasil
Evento/ Periodico Quantidade
Encontro SBFIN 10
EnANPAD 4
ERA 1
RAE Eletronica 2
RAUSP 1
READ 2
Total 20
Fonte: Dados coletados.
Tabela 2: Predominancia Epistemologica dos Artigos
Predominancia Frequencia Frequencia %
Empirico 14 70%
Qualitativo 01 5%
Qualitativo/ Quantitativo -- --
Estudo Teorico 05 25%
Total 20 100%
Fonte: Dados coletados.
Tabela 3: Predominancia Epistemologica por Evento/ Periodico
Empirico Qualitativo
Frequencia % Frequencia %
Encontro SBFIN 11 100% -- --
EnANPAD 02 50% -- --
RAE -- -- -- --
RAE Eletronica 01 50% -- --
RAUSP 01 100% -- --
READ -- -- 1 50%
Total 15 -- 01 --
Qualitativo/ Estudo Teorico
Quantitativo
Frequencia % Frequencia %
Encontro SBFIN -- -- --
EnANPAD -- -- 02 50%
RAE -- -- 01 100%
RAE Eletronica -- -- 01 50%
RAUSP -- -- -- --
READ -- -- 01 50%
Total -- -- 05 -
Fonte: Dados coletados.
Tabela 4: Relacao de Artigos Publicados por Ano
Ano Frequencia Frequencia %
2001 02 10%
2002 -- --
2003 04 20%
2004 -- --
2005 02 10%
2006 07 35%
2007 05 25%
Total 20 100%
Fonte: Dados coletados.
Tabela 5: Artigos Publicados no Brasil sobre Financas Comportamentais
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Encontro SBFIN 1 -- -- -- 2 4 3
EnANPAD -- -- 1 -- -- 2 1
RAE 1 -- -- -- -- -- --
RAE Eletronica -- -- 2 -- -- -- --
RAUSP -- -- 1 -- -- -- --
READ -- -- -- -- -- 1 1
Total 2 -- 4 -- 2 7 5
TOTAL %
Encontro SBFIN 10 50,0%
EnANPAD 4 20,0%
RAE 1 5,0%
RAE Eletronica 2 10,0%
RAUSP 1 5,0%
READ 2 10,0%
Total 20 100,0%
Fonte: Dados coletados.
Tabela 6: Autores Internacionais mais Recorrentes nas Referencias
Autores Repeticoes
1 KAHNEMAN, D. 54
2 THALER, R. H. 41
3 TVERSKY, A. 40
4 FAMA, E. 32
5 SHLEIFER, A. 16
6 DE BONDT, W. F. M. 12
7 BARBERIS, N. 12
8 SHEFRIN, H. M. 11
9 SHILLER, R. J. 10
Fonte: Dados coletados.
Tabela 7: Autores Brasileiros mais Referenciados
Autores Referencias
1 MILANEZ, Daniel Yabe. 3
2 KIMURA, Herbert. 3
3 FAMA, Rubens. 2
4 BRUNI, Adriano L. 2
5 PROCIANOY, Jairo Laser. 2
Fonte: Dados coletados.
Tabela 8: Autores que mais Publicaram Artigos no Brasil
Autores Artigos
1 KIMURA, Herbert. 3
2 BASSO, Leonardo Fernando Cruz. 2
3 BATTISTI, Jolanda E. Ygosse. 2
4 PACHECO, Julia A. S. von Maltzan. 2
Fonte: Dados coletados.
Tabela 9: Fenomenos estudados no Brasil
Artigo Fenomeno
FRANCO, Delano. O exagero de analistas de empresas
Projecoes de lucros nas expectativas sobre o mercado.
sistematicamente exageradas: um
estudo para o Brasil
KIMURA, Herbert; BASSO, Leonardo Replicacao, em uma amostra
Fernando Cruz. brasileira, dos experimentos
Financas Comportamentais: seminais de Kahneman e Tversky
investigacao do comportamento (1979) direcionados mais
decisorio dos agentes brasileiros especificamente para decisoes
financeiras.
FERREIRA, Caio Fonseca; As discrepancias entre os
YU, Abraham Sin Oih. pressupostos comportamentais das
Todos acima da media: excesso de teorias tradicionais em Financas e
confianca em profissionais de o comportamento real dos agentes
financas em previsoes e julgamentos de
natureza financeira.
OLIVEIRA, Raquel de Freitas; A possibilidade de previsao do
CARRETE, Liliam Sanchez. premio do retorno futuro do indice
Estudo empirico sobre a representativo do mercado
previsibilidade do retorno de brasileiro, baseada em retornos
mercado no Brasil passados de carteiras de acoes do
tipo glamour ou growth, que sao
acoes de baixo indice
book-to-market.
DECOURT, Roberto Frota; Os efeitos doacao e disposicao, o
ACCORSI, Andre. temor em relacao ao arrependimento
As financas comportamentais no e a variacao das escolhas de
Brasil e os investimentos no acordo coma abordagem dada ao
mercado financeiro brasileiro investimento.
BARROS, Lucas Ayres Barreira de A influencia dos vieses cognitivos
Campos; SILVEIRA, Alexandre Di do excesso de confianca e otimismo
Miceli da; SILVEIRA, Heber nas decisoes de estrutura de
Pessoa da. capital nas empresas.
Excesso de confianca, otimismo
gerencial e os determinantes da
estrutura de capital
IGLESIAS, Martin Casals; A alocacao de investimentos no
BATTISTI, Jolanda E. Ygosse; mercado acionario brasileiro do
PACHECO, Julia von Maltzan. investidor pessoa fisica.
O comportamento do investidor
brasileiro na alocacao de ativos
CUPERTINO, Cesar Medeiros; COELHO, A heuristica da representatividade
Reinaldo de Almeida; MENEZES, em retornos de acoes sob o enfoque
Emilio Araujo; MACEDO, Jurandir de tres variaveis contabeis:
Sell. receitas de vendas, lucros
A heuristica da representatividade operacionais e lucro liquido.
e o desempenho de variaveis
contabeis: testando o vies em
dados de empresas brasileiras
KARSTEN, Jan Gunnar; O Efeito Disposicao em
BATTISTI, Jolande E. Ygosse; investidores, pessoas fisicas e
PACHECO, Julia A. S. von Maltzan. pessoas juridicas institucionais
O Efeito Disposicao: um estudo e nao-institucionais da BOVESPA
empirico no Brasil entre 2001 e 2004.
MENDES-DA-SILVA, Wesley; Associacoes entre idade e senso
ROCHA, Paulo Glicio da. de controle, com analise dos
Analise empirica do senso de efeitos mediadores de outras
controle: buscando entender o caracteristicas pessoais sobre
excesso de confianca essa associacao.
FONTE, Jayme Wanderley Neto da; O comportamento do mercado
CARMONA, Charles Ulises de acionario brasileiro e as suas
Montreuil. reacoes a divulgacoes de noticias
As Financas Comportamentais e o macroeconomicas de relevancia
Mercado Acionario Brasileiro: (IPCA, PIB trimestral e taxa
evidencias do efeito pessimismo Selic).
em estudos de eventos com
regressoes EGARCH
GAVA, Alexandre Majola; A tomada de decisao sobre risco e,
VIEIRA, Kelmara Mendes. em especial, a maneira pela qual
Tomada de decisao em ambiente de os resultados anteriores podem
risco: uma avaliacao sob a otica afetar a decisao corrente. E
comportamental avaliacao da influencia do perfil
do entrevistado, identificado a
partir de variaveis como sexo,
idade, renda e instrucao, na
tomada de decisao.
IQUIAPAZA, Robert Aldo; BRESSAN, Se o volume negociado do ativo
Aureliando Angel; tem algum poder preditivo sobre a
AMARAL, Hudson Fernandes. dinamica nao linear dos retornos
Previsao nao-linear de retorno na futuros no mercado brasileiro de
BOVESPA: efeito do volume acoes.
negociado em um modelo auto-
regressivo de transicao suave
PINHEIRO, Felipe de Oliveira As determinantes dos fluxos
Derzi; GOMES, Frederico Pechir; associados a poupanca, tendo em
BRANDI, Vinicius Ratton. vista seus efeitos tanto sobre as
Demanda por Aplicacoes politicas definidas pelos orgaos
Financeiras: uma investigacao reguladores quanto sobre as
sobre os depositos de poupanca estrategias de negocio
no Brasil determinadas pelas instituicoes
financeiras.
SANTOS, Jose Odalio dos; FAMA, A existencia do Efeito Janeiro no
Rubens; TRAVAO, Ricardo; MUSSA, mercado acionario brasileiro.
Adriano.
Anomalias do Mercado Acionario
Brasileiro: a verificacao do
Efeito Janeiro no Ibovespa no
periodo de 1969 a 2006
Fonte: Dados coletados.
Grafico 1: Financas Comportamentais: Cobertura por
Anais e Periodicos A e B do Qualis (2001-2007)
Encontro SBFIN 10;50%
EnANPAD 4;20%
RAE 1;5%
RAE Eletronica 2;10%
RAUSP 1;50%
READ 2;10%