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文章基本信息

  • 标题:Variable production costs versus sales prices of coffee in the second year of growth/Variaveis dos custos de producao versus preco de venda da cultura do cafe no segundo ano da lavoura/Variables de los costos de produccion versus precio de venta del cultivo del cafe en el segundo ano de labranza.
  • 作者:Duarte, Sergio Lemos ; Pereira, Carlos Antonio ; Tavares, Marcelo
  • 期刊名称:Revista de Gestao USP
  • 印刷版ISSN:1809-2276
  • 出版年度:2011
  • 期号:October
  • 语种:Spanish
  • 出版社:Faculdade de Economia, Administracao e Contabilidade - FEA-USP
  • 关键词:Manufacturing costs;Restaurants;Revegetation

Variable production costs versus sales prices of coffee in the second year of growth/Variaveis dos custos de producao versus preco de venda da cultura do cafe no segundo ano da lavoura/Variables de los costos de produccion versus precio de venta del cultivo del cafe en el segundo ano de labranza.


Duarte, Sergio Lemos ; Pereira, Carlos Antonio ; Tavares, Marcelo 等


1. INTRODUCAO

1.1. Contextualizacao

Em um mundo de crescente globalizacao, onde a competitividade se apresenta de forma cada vez mais acirrada, a informacao e vista como um item cada vez mais acessivel. Abrantes (2006) escreve que o Brasil, apesar das dificuldades relativas a precos e elevacao da concorrencia no ambito internacional, e considerado um dos paises mais competitivos mundialmente. A notoria evolucao tecnologica auxilia na disseminacao de competencias e altera realidades existentes, no que diz respeito a comportamentos e mercados, como descrevem Berto e Beulke (2006). Segundo esses autores, em um passado recente, o unico elemento fundamental para a formacao do preco era o custo. Na atualidade, embora o cenario tenha se modificado, ha casos em que a variavel custo ainda apresenta relevancia fundamental no processo de precificacao.

Conforme descreve Ribeiro (2009), a contabilidade gerencial surgiu em razao das limitacoes percebidas da contabilidade de custos. A funcao atribuida a esta restringia-se a avaliar estoques, controlando e atribuindo custos aos produtos, sem contudo prover a administracao de informacoes para gerenciar a producao e a comercializacao. Na busca permanente por informacoes confiaveis que auxiliem a tomada de decisoes, a area de controladoria ganha importancia quando possibilita maximizar resultados.

O agronegocio talvez seja um dos setores que mais se utilize da chamada contabilidade gerencial, pelo fato de a producao agricola ser essencialmente sazonal, proporcionando um ano agricola, em geral, diferente do exercicio social, como escreve Marion (2006). O agronegocio, um dos motores da economia nacional, registra relevantes avancos qualitativos e quantitativos, impulsionando demais setores, como a industria, o comercio e o turismo. No setor agricola, a mensuracao dos fatos registrados pela contabilidade requer ainda mais atencao. Raices (2003) declara que "a atividade exige o conhecimento de todos os custos envolvidos na operacao", bem como estar atento aos precos e opcoes de venda no mercado. Em razao do indice elevado de risco nas operacoes do setor, a correta mensuracao e avaliacao ganha ainda mais importancia, acentuando a relevancia da controladoria para o alcance de resultados mais satisfatorios no desenvolvimento das atividades operacionais.

Segundo os dados do Censo Agropecuario de 2006, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE, 2009), o Brasil possui 5.175.489 estabelecimentos rurais, que ocupam uma area total de 329,9 milhoes de hectares e geraram, nesse periodo, um Valor Bruto da Producao equivalente a R$ 143,8 bilhoes. No Levantamento Sistematico da Producao Agricola de maio de 2010, realizado pelo IBGE, destacam-se variacoes nas estimativas de producao, comparativamente ao mes de abril do mesmo ano. Esta cultura ocupa a posicao de terceira maior variacao positiva em porcentual de producao (+1,8%), com uma producao estimada de 2.804.053 t, ou 46,7 milhoes de sacas de 60kg do produto em graos beneficiados. Essa pesquisa revela tambem que, em relacao ao ano de 2009, a estimativa era de um aumento de 15,2% em 2010, o que aconteceu e fez com que a producao do grao apresentasse a quinta maior variacao de um levantamento de quatorze culturas. A area total ocupada com a cultura de cafe e de 2.141.809 ha, com Minas Gerais destacando-se como o maior produtor nacional e tendo 52,1% de participacao.

Diante desse cenario, onde o agronegocio apresenta relevante importancia, vale ressaltar que a contabilidade de custos, enquanto ferramenta administrativa, como descreve Crepaldi (1998) vem sendo subutilizada pelos produtores brasileiros, por apresentar, na pratica, segundo esse autor, baixo retorno. Cabe aos pesquisadores e estudiosos da area mudar o atual panorama, desvendando as reais necessidades dos produtores rurais, para gerar relatorios gerenciais acessiveis e uteis a tomada de decisoes, com resultados mais eficientes.

1.2. Problema de pesquisa

Nesse contexto, verificadas a importancia do controle gerencial dos custos no agronegocio e a necessidade de um gerenciamento nas empresas rurais, a pergunta que norteou este trabalho foi: Como os custos de producao das culturas de cafe no segundo ano de plantio da lavoura se comportam em relacao a seus precos de venda?

1.3. Objetivos

O objetivo geral da pesquisa foi investigar o comportamento das variaveis que compoem os custos de producao nas operacoes e nos insumos das culturas de cafe no segundo ano de plantio.

Como objetivos especificos da pesquisa, pretende-se:

* Investigar os dados dos custos de producao da cultura do cafe no segundo ano de plantio;

* identificar o preco de venda da saca de 60 kg de cafe no mesmo periodo;

* analisar o comportamento das variaveis dos custos da cultura do cafe em relacao a seus precos.

2. REFERENCIAL TEORICO

2.1. Contabilidade de Custo no Agronegocio

Conforme descreve Ribeiro (2009), os custos dos produtos vendidos compreendem o somatorio dos gastos que a organizacao teve com materiais, mao de obra e outros gastos consumidos na fabricacao. Segundo o autor, esses gastos sao registrados em uma conta de "estoque em elaboracao" ate o encerramento do processo de producao, quando entao sao transferidos para o almoxarifado de produtos acabados ate sua venda.

E comum no setor rural diferentes culturas, ou ate mesmo uma unica cultura, iniciarem seu processo de producao em periodos distintos. Quando isso acontece, aplica-se uma carga de custos proporcionalmente ao periodo, conforme relata Ribeiro (2009). Independentemente do empreendimento, manter o controle dos custos e dos demais processos significa conhecer a realidade, o que permite comparacoes e medicoes da eficiencia e dos resultados obtidos, conforme escreve Martins (1996). A variavel custos tem relevante impacto nas decisoes, expoe Beulke e Berto (2006), e o planejamento da gestao dessa variavel e importante porque possibilita antever e mensurar os possiveis efeitos futuros das acoes atuais. Contudo, os mesmos autores enfatizam que, para uma apuracao eficiente dos custos, e necessaria a consideracao de variaveis monetarias e fisicas. No ramo do agronegocio, essas variaveis apresentam um grau consideravel de complexidade, por dependerem de fatores considerados nao controlaveis, como os climaticos.

Considerando-se esse cenario, a determinacao precisa dos custos resulta na preservacao do patrimonio empresarial, conforme descreve Berto e Beulke (2006). Assim, Marion (2006) escreve que e considerado como custo de cultura qualquer custo identificavel direta ou indiretamente com a cultura. Ja os gastos nao identificaveis nao poderao ser acumulados no estoque, e serao classificados como despesa. As lavouras que permanecem vinculadas ao solo e resultam em mais de uma colheita serao classificadas, neste trabalho, como culturas permanentes. Ainda segundo Marion (2006), para este tipo de cultura os custos sao contabilizados na conta de ativo permanente como imobilizado. Contabilmente, em geral, enquanto a cultura estiver em formacao, acumulam-se os valores gastos na conta cultura permanente em formacao. Depois de formada a cultura, esses valores sao transferidos para a conta de cultura permanente formada. Ha casos em que, mesmo para uma cultura permanente, decide-se nao aproveitar estagios seguintes, e a lavoura e retirada, cedendo lugar a um novo plantio.

2.2. Cafe

O cafe e importante, no Brasil, por ser o produto agricola de maior producao e exportacao em nivel mundial. O cafeeiro e uma planta que pode ser plantada em tres sistemas: o plantio tradicional, o semiadensado e o adensado, de acordo com o espacamento das plantas. O sistema que usa plantas mais espacadas e o plantio tradicional; as menos espacadas sao plantadas pelo sistema adensado. Para o entendimento da cultura do cafe, sera abordado seu historico, seus custos de producao e sua importancia economica.

2.2.1. Historico

Segundo a ABIC (2009), o cafe e originario da Etiopia, ainda hoje e parte integrante de sua vegetacao natural e sua propagacao foi realizada a partir da Arabia Saudita. Matiello (1991) confirma que o cafe chegou a cidade de Belem do Para no ano de 1727, trazido da Guiana Francesa pelo Sargento-Mor Francisco de Mello Palheta a pedido do Governador do Maranhao e Grao-Para, que o enviara as Guianas com essa missao. Ja naquela epoca o cafe possuia grande valor comercial.

As grandes plantacoes de cafezais tiveram inicio no Rio de Janeiro. A partir dai, foram se disseminando por Angra dos Reis, Parati e Sao Paulo; em pouco tempo, o Vale do Rio Paraiba tornou-se grande regiao produtora. As plantacoes de cafe no centro-sul do Brasil passaram por dificuldades em 1870--pois, nessa epoca, uma grande geada atingiu as plantacoes do oeste paulista--e, mais tarde, durante a crise de 1929.

Apos se recuperarem das crises, as plantacoes de cafe do centro-sul transformaram-se no centro de referencia da producao mundial do cafe. Destacaram-se em quatro Estados: Minas Gerais, Sao Paulo, Espirito Santo e Parana. Como a busca pela regiao ideal para a cultura do cafe cobriu todo o pais, a Bahia se firmou como polo produtor no Nordeste, e Rondonia, na Regiao Norte (ABIC, 2009).

2.2.2. Custos de Producao

O cafe, de acordo com a pesquisa de Rabelo et al. (2005), apresenta custos diferentes de um ano para outro em seu periodo produtivo, com uma variacao de 15,96% dos custos totais nas lavouras de sequeiro e uma variacao negativa de 23,12% nas lavouras irrigadas. A irrigacao e considerada como possivel fator de aumento de ganho para os agricultores, que com ela tentam reduzir o impacto gerado pela bienalidade da cultura.

Na analise dos custos por sistema de plantio de Teixeira et al. (2001), esse autores verificaram que, na safra de 2000, a produtividade foi prejudicada nos sistemas adensados, onerando os custos unitarios e apresentando custos, em media, superiores aos do plantio tradicional. Os autores concluiram ainda que a rentabilidade para o produtor no preco de venda do periodo apresentou resultados positivos.

2.2.3. Importancia Economica

O Brasil e responsavel por 30% do mercado internacional de cafe. Exportou, em 2007, 28,1 milhoes de sacas, o equivalente a producao total dos outros seis maiores produtores. E tambem o segundo maior consumidor da bebida cafe, consumindo um total de dezessete milhoes de sacas, perdendo apenas para os Estados Unidos. A venda do setor chegou a R$ 6,5 bilhoes em 2008 (ABIC, 2009).

A exportacao do cafe, no ano de 2005, chegou a dois bilhoes de dolares anuais, ou 26,4 milhoes de sacas exportadas ao ano, contribuindo, segundo a EMBRAPA (2009), com mais de 2% do valor total das exportacoes brasileiras e respondendo por mais de um terco da producao mundial. Tratase de um mercado em expansao que gera, no mundo todo, recursos da ordem de 91 bilhoes de dolares, ao comercializar os 115 milhoes de sacas que, em media, sao produzidos. A atividade envolve, ainda, da producao ao consumo final, meio bilhao de pessoas (8% da populacao mundial).

A evolucao das exportacoes do cafe pode ser constatada na Figura 1, que, comparando os anos de 1998 e 2008, evidencia um crescimento de 61,28% nas exportacoes.

3. ASPECTOS METODOLOGICOS

Esta pesquisa caracterizou-se por ter uma abordagem epistemologica positivista quantitativa, pois, como tecnica de pesquisa, foram analisados dados estatisticos.

Com relacao a metodologia, as pesquisas sao classificadas em tres grandes grupos: exploratorias, descritivas e causais. De acordo com Selltiz et al. (1975):

[...] os estudos formuladores ou exploratorios tem como objetivos de pesquisa a familiarizacao com o fenomeno ou conseguir nova compreensao deste, frequentemente para poder criar um problema mais preciso de pesquisa ou criar novas hipoteses, sendo a principal acentuacao a descoberta de ideias e intuicoes. Os estudos descritivos sao aqueles que apresentam precisamente as caracteristicas de uma situacao, um grupo ou um individuo especifico [...] Os estudos causais sao aqueles que verificam uma hipotese de relacao causal entre variaveis (SELLTIZ et al., 1975).

Quanto aos objetivos, a pesquisa e descritiva. Segundo Andrade (2004), neste tipo de pesquisa os fatos sao observados, registrados, analisados, classificados e interpretados sem que o pesquisador interfira neles. Para Gil (2002), a pesquisa descritiva e caracterizada por possuir objetivos bem definidos, procedimentos formais, bem estruturados e dirigidos para uma solucao de problemas ou avaliacao de alternativas de curso de acao. A maioria das pesquisas realizadas segue esses mesmos direcionamentos. Neste tipo de pesquisa, o pesquisador precisa saber exatamente o que pretende, ou seja, quem ou o que deseja medir, quando e onde o fara, como e por que deve faze-lo, utilizando analise de dados, entrevistas pessoais e por telefone, questionarios pelo correio, questionarios pessoais e observacao.

Quanto ao procedimento de coleta de dados, o estudo emprega a pesquisa documental, cuja diferenca em relacao a pesquisa bibliografica, segundo Gil (1995), esta na natureza das fontes. Enquanto a pesquisa bibliografica utiliza fundamentalmente as contribuicoes dos diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental vale-se de materiais que nao receberam ainda um tratamento analitico ou que podem ser relacionados de acordo com os objetivos da pesquisa.

A pesquisa fundamentou-se nos dados disponiveis no Agrianual dos anos de 2000 a 2009, periodo escolhido por apresentar a quantidade necessaria de observacoes para aplicacao dos metodos estatisticos. Selecionaramse apenas os itens relacionados aos custos de producao da cultura, sem quaisquer outros tipos de custos ou despesas posteriores a essa etapa de producao. Para a analise dos dados sera utilizado o programa Prism 5.0.

O primeiro precedimento foi eleger as variaveis dependentes e independentes. A variavel dependente e aquela que o pesquisador pretende avaliar e depende da variavel independente. Ja a variavel independente e a que integra um conjunto de fatores e condicoes experimentais que sao manipuladas e modificadas pelo investigador. Neste trabalho foram considerados como variavel dependente os custos, e, como variavel independente, o preco de venda.

Apos a escolha das variaveis, e necessario verificar a normalidade das variaveis dependentes; para isso, utilizou-se o teste de Kolmogorov-Smirnov --(Lilliefors), que e, segundo Levine et al. (2008), um teste amplo de funcao distribuicao empirico para a hipotese nula (composta) de normalidade. A estatistica do teste e a diferenca maxima absoluta entre a funcao distribuicao acumulada hipotetica e a empirica. Sua formula esta descrita na equacao 1.

D = max([D.sup.+], [D.sup.-1]) (1)

Sendo que

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[P.sub.(i)] = [PHI] ([X.sub.(i)] - x/S) (4)

onde:

[PHI] e a funcao distribuicao acumulada da distribuicao normal padrao;

X e S sao a media e o desvio-padrao dos valores.

As hipoteses para o teste sao:

[H.sub.0]: A caracteristica em estudo da populacao segue a distribuicao normal;

[H.sub.1]: A caracteristica em estudo da populacao nao segue a distribuicao normal.

Com base na hipotese escolhida, para as variaveis que apresentarem distribuicao normal sera calculado o coeficiente de correlacao de Pearson, conforme equacao 5, que determina o grau de relacionamento das variaveis estudadas.

[MATHEMATICAL EXPRESSION NOT REPRODUCIBLE IN ASCII] (5)

onde:

[x.sub.1], [x.sub.2] ..., [x.sub.n] e [y.sub.1], [y.sub.2], ..., [y.sub.n] sao os valores medidos de ambas as variaveis.

[bar.x] = [1/n] x [n.summation over i=1] [x.sub.i] e a media aritmetica da variavel x.

y = [1/n] x [n.summation over i=1] [y.sub.i] e a media aritmetica da variavel y.

Para as variaveis que nao apresentarem distribuicao normal, sera calculado o coeficiente de correlacao de Spearman, uma medida nao parametrica para a analise de correlacao linear, conforme demonstrado na equacao 6.

[rho] = 1 - [6 [summation][d.sup.2.sub.t]/[[n.sup.3] - n]] (6)

onde:

n e o numero de pares ([x.sub.i],[y.sub.i]);

[d.sub.i] e a diferenca entre cada posto de valor correspondente de x e y.

Para Levine et al. (2008), as equacoes de regressao linear sao obtidas a partir das variaveis que apresentam correlacao linear. Uma unica variavel independente numerica x e utilizada para prever a variavel dependente numerica y, dada pela equacao 7.

[[??].sub.i] = [b.sub.0] + [b.sub.1][x.sub.i] (7)

onde:

[[??].sub.i] = valor previsto de y para um determinado [x.sub.i];

[b.sub.0] = intercepto da amostra y;

[b.sub.1] = inclinacao da amostra;

[x.sub.i] = valor de x para observacao i.

Para o calculo do coeficiente de determinacao ([R.sup.2]), Levine et al. (2008) explicam que se divide a soma dos quadrados da regressao (SQReg) pela soma total dos quadrados (STQ), que mede a proporcao da variacao em y explicada pela variavel independente x no modelo de regressao. Esse quociente e conhecido como coeficiente de determinacao-[R.sup.2]--, definido pela equacao 8.

[R.sup.2] = Soma dos quadrados da regressao/Soma total dos quadrados = SQReg/STQ (8)

sendo que:

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Segundo Levine et al. (2008), o erro-padrao de estimativa e uma estatistica importante que mede a variabilidade dos valores reais de y a partir dos valores previstos de y; do mesmo modo que o desvio-padrao mede a variabilidade em torno da media aritmetica, o erro-padrao da estimativa mede a variabilidade em torno da reta de regressao.

A equacao 11 ilustra a variabilidade em torno da linha de previsao, representada pelo simbolo Sy.x.

[MATHEMATICAL EXPRESSION NOT REPRODUCIBLE IN ASCII] (11)

onde:

[y.sub.i] = valor real de y para um determinado [x.sub.i];

[[??].sub.i] = valor previsto de y para um determinado [x.sub.i];

SQR = soma dos quadrados dos residuos (erros);

n = numero de observacoes.

4. ANALISE DOS RESULTADOS

O segundo ano da producao do cafe e marcado pelo replantio das mudas que tiveram algum problema de crescimento ou ataque de insetos e nao conseguiram desenvolver-se. Para a adequacao referente a esse periodo, e necessaria a exclusao das variaveis "rocada" e "outros insumos", pois nao ha numero suficiente de observacoes para aplicacao dos metodos estatisticos, cujos resultados estao demonstrados no Quadro 1. Os itens "aplicacao de defensivos manual e mecanizada" e "aplicacao de herbicidas pre e pos" foram agrupados, transformando-se nas variaveis "aplicacao de defensivos" e "aplicacao de "herbicidas", pois, para aplicacao dos metodos estatisticos, sao necessarias todas as observacoes.

Os itens "nitrato de amonio", "cloreto de potassio" e "sulfato de zinco" foram agrupados em "fertilizantes", para serem analisados no grupo do qual realmente fazem parte, pois a Instrucao Normativa no 5 de 23 de fevereiro de 2007 do MAPA estabelece que esses itens sao integrantes da composicao dos fertilizantes minerais simples.

As variaveis de custo "acido borico" e "fungicida" apresentaram custos em apenas sete dos dez anos analisados; para a aplicacao dos metodos estatisticos, tornou-se necessaria a apuracao das medias desses sete anos, a fim de complementar os tres restantes.

Nesse periodo de producao, as variaveis que possuem o maior custo sao a "Capinas-Desbrota", "fertilizantes" e "herbicida", conforme demonstrado no Quadro 1.

Para a analise do comportamento dos custos em relacao ao preco, apresentado no Quadro 2, nesse periodo em que nao ha producao, utiliza-se o preco da saca de 60 kg do cafe.

Para iniciar as analises do Quadro 1, realizouse o teste de normalidade dos dados com o proposito de separar as amostras em dois grupos, o dos que apresentam distribuicao normal e o dos que nao a apresentam, conforme Tabela 1.

Aplicado o teste de normalidade, as variaveis foram separadas em dois grupos. O primeiro foi o de variaveis que nao apresentaram distribuicao normal: "aplicacao de defensivos", "fertilizantes", "acaricida-inseticida", "fungicida" e "mudas". O segundo grupo foi o das que apresentaram distribuicao normal: "replantio", "capinas-desbrota", "adubacao", "aplicacao de herbicida", "acido borico", "herbicida" e "oxicloreto de cobre".

No grupo que nao apresentou distribuicao normal, calculou-se o coeficiente de Spearman, conforme a Tabela 2.

Calculado o coeficiente de correlacao de Spearman, constatou-se que a variavel "fungicida" nao apresentou correlacao linear com o preco de venda, razao pela qual foi excluida do grupo de variaveis para analise da regressao, como pode ser visualizado na Figura 2.

A variavel "mudas" apresenta a mesma relacao demonstrada no periodo de formacao da lavoura do cafe, evidenciando tambem uma forte correlacao nesse periodo; o item "fertilizante" e o que apresenta menor correlacao nesse grupo de variaveis analisadas, com R2 de 0.7091 e p-valor de 0.0268.

As variaveis separadas para o grupo que apresentaram distribuicao normal--"aplicacao de herbicida" e "acido borico"--, nao estao correlacionadas linearmente com o preco de venda. Podem tambem ser comparadas na Figura 2, que comprova a dispersao dos dados no plano cartesiano; portanto, foram tambem excluidas da analise de regressao.

As variaveis "replantio" e "adubacao" apresentaram a maior e a mesma correlacao com o preco, e forem as mais fortes desse grupo, com coeficiente de correlacao de 0.9267 e p-valor de 0.0001.

[FIGURE 2 OMITTED]

A variavel "herbicida" apresenta uma correlacao negativa, com r de Pearson de--0.777 e p-valor de 0.0082, o que pode indicar uma substituicao do herbicida por um tratamento mais acessivel, como a capina, que apresentou uma elevacao durante os anos analisados.

A Figura 3 apresenta o diagrama de dispersao das variaveis de custos que sao correlacionadas linearmente com o preco e que serao utilizadas para obtencao da reta de regressao.

[FIGURE 3 OMITTED]

O diagrama de dispersao representado pela Figura 3 demonstra que todos os itens sao aptos para a obtencao da reta de regressao linear, pois tendem a uma linearidade. A Tabela 4 apresenta o coeficiente de determinacao, o erro de estimativa e a equacao da reta de regressao no segundo ano de plantio do cafe.

A equacao da regressao disponibiliza o valor que cada variavel dependente acresce na media aritmetica em cada unidade incrementada do preco, com destaque para os itens "fertilizantes", "capinas-desbrota", "aplicacao de defensivos", que aumentam 4,605, 1,631 e 1,024 unidades na sua media aritmetica a cada unidade de preco acrescida, enquanto a cada unidade acrescida do preco ha um decrescimo de 1,098 unidade de herbicidas.

Todos os itens da Tabela 4 sao significativos em um nivel de 5% de significancia, com destaque para a variavel "mudas", que possui o maior coeficiente de determinacao de 0.9318 e um erro-padrao de estimativa de 8.197.

As variaveis "herbicida", "capinas-desbrota" e "fertilizantes" apresentaram o menor R2 da amostra, com valores de 0.6037, 0.6191 e 0.6817, respectivamente. A relacao dessas variaveis com a reta de regressao pode ser visualizada na Figura 4.

Pela analise grafica, pode-se confirmar a interacao dos pontos de dispersao com a reta de regressao da variavel "mudas" e tambem a maior dispersao dos dados com a reta de regressao das variaveis "capina-desbrota", "fertilizantes" e "herbicidas", admitindo-se, assim, os maiores erros de estimativa-padrao.

[FIGURE 4 OMITTED]

Portanto, de acordo com a analise do comportamento dos custos de producao do cafe em relacao ao preco de venda, as variaveis "fungicidas", "aplicacao de herbicida" e "acido borico" nao apresentarem correlacao linear, razao pela qual o produtor rural nao consegue manter o mesmo nivel de gerenciamento das variaveis que apresentaram uma forte correlacao e alto coeficiente de determinacao, como a variavel "mudas", a qual pode ser predita a partir de um preco futuro, o que pode ajudar o produtor a ter um maior controle gerencial dos custos e aumentar sua rentabilidade futura.

5. CONSIDERACOES FINAIS

O produtor rural nem sempre consegue controlar todos os processos de sua propriedade e nao da a importancia necessaria as analises gerenciais. A partir deste trabalho, de evidenciar ao produtor rural quais variaveis de custos podem ser mais bem controladas e quais nao se consegue controlar a partir do preco de venda, conseguiu-se identificar alguns custos das colheitas do cafe no segundo ano de plantio que apresentam comportamentos relacionados com o preco de venda.

Inicialmente, a pesquisa verificou as variaveis de custos que apresentavam valores em todos os anos da pesquisa; posteriormente, analisou-se a correlacao entre as variaveis e o preco de venda; as variaveis nao correlacionadas linearmente foram excluidas da obtencao da reta de regressao, do coeficiente de determinacao e do erro-padrao de estimativa. Esses metodos estatisticos informam, respectivamente, o valor de aumento da media aritmetica da variavel dependente em relacao ao acrescimo de uma unidade da variavel independente, o quanto a variavel dependente e explicada pela independente e o erro dos pontos de dispersao em relacao a reta de regressao.

Foram analisadas nesse periodo doze variaveis do custo de producao do cafe, das quais conseguiu-se tracar um comportamento semelhante de nove variaveis de custo com o preco de venda.

Ao se conseguir relacionar um comportamento para o custo, pode-se estabelecer um parametro para predizer possiveis gastos com a producao. Assim, consegue-se efetivar a ferramenta gerencial de custos para aumentar a rentabilidade do produtor rural.

A nao observancia dos custos que demonstrarem um comportamento semelhante ao preco de venda podera acarretar ao produtor menor rentabilidade ou, ainda, analises erroneas das efetivas margens de lucro de cada uma das culturas apuradas apos a finalizacao da colheita.

O fato de os dados estarem em dolar pode ser um aspecto limitativo do trabalho, dado que o Agrianual disponibiliza, para os anos de 1999 e 2000, apenas os valores em dolar, sem taxa de conversao. A falta de padronizacao nos custos reduziu as observacoes de alguns custos nos anos analisados, resultando na exclusao das variaveis, o que diminuiu o numero de itens de custos pesquisados.

Como sugestao para trabalhos futuros, uma analise comparativa entre as commodities e os custos de producao da cultura estudada neste trabalho podera ser feita para descobrir se existe um padrao relacional entre essas variaveis.

DOI: 10.5700/rege447

6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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MARION, Jose Carlos. Contabilidade Rural: contabilidade agricola, contabilidade de pecuaria, imposto de renda--pessoa juridica. 8. ed. Sao Paulo: Atlas, 2006.

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 5. ed. Sao Paulo: Atlas, 1996.

MATIELLO, J. B. O Cafe: do cultivo ao consumo. Sao Paulo: Globo, 1991.

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TEIXEIRA, S. M.; MILHOMEM, A. V.; RIBEIRO, G. C.; COSTA, E. B. da; MOLIM, M.; VEGRO, C. L.; GARCIA, R. D. C.; FRANZIN, P.; ASSUMPCAO, R.; FELIPE, M. P.; MILHOMEM, S. V.; ADAMI, M.; Custo de producao na cafeicultura brasileira. In: SIMPOSIO DE PESQUISAS DOS CAFES DO BRASIL, 2., 2001, Vitoria-ES. Anais... VitoriaES: Consorcio Brasileiro de Pesquisas e Desenvolvimento do Cafe. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica, 2001. Disponivel em: <http://www.ibge.gov.br>. Acesso em: 15 set. 2009.

Sergio Lemos Duarte Coordenador do Curso de Ciencias Contabeis e Professor Assistente I da Fundacao Presidente Antonio Carlos (UNIPAC)--Uberlandia-MG, Brasil Mestre em Administracao pela Universidade Federal de Uberlandia. MBA em Financas e Estrategias Empresariais pela FAGEN/UFU. Graduado em Ciencias Contabeis pela Universidade Federal de Uberlandia E-mail: [email protected]

Carlos Antonio Pereira

Professor na Universidade Presidente Antonio Carlos (UNIPAC) e na Faculdade Catolica de Uberlandia--Uberlandia-MG, Brasil Mestrando em Administracao Stricto Sensu, area de Controladoria e Financas, pela Universidade Federal de Uberlandia. Pos-Graduado Latu Sensu MBA em Financas e Planejamento Empresarial pelo Instituto de Economia da Universidade Federal de Uberlandia. Bacharel em Ciencias Contabeis pela Universidade Federal de Uberlandia (UFU) E-mail: [email protected]

Marcelo Tavares

Professor Associado I da Universidade Federal de Uberlandia--Uberlandia--MG, Brasil Doutor em Agronomia (Genetica e Melhoramento de Plantas) pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Mestre em Agronomia (Genetica e Melhoramento de Plantas) pela Universidade Federal de Lavras. Graduado em Agronomia pela Universidade Federal de Lavras E-mail: [email protected]

Ernando Antonio dos Reis

Professor Assistente e Diretor da Faculdade de Ciencias Contabeis da Universidade Federal de Uberlandia--Uberlandia-MG, Brasil Mestre em Controladoria e Contabilidade pela Universidade de Sao Paulo. Doutor em Controladoria e Contabilidade pela Universidade de Sao Paulo. Graduado em Ciencias Contabeis pela Universidade Federal de Uberlandia E-mail: [email protected]

Recebido em: 1/9/2010

Aprovado em: 14/12/2010
Tabela 1: Teste de normalidade Kolmogorov-Smirnov
(Lilliefors) das variaveis de custo do cafe no
segundo ano

Variaveis Dependentes (y) p-valor Valor Valor
 Minimo (US$) Maximo (US$)

Replantio 0.0621 10.53 44.63
Capinas-Desbrota p > 0.10 147.50 376.70
Adubacao 0.0618 21.06 89.26
Aplicacao de Defensivos 0.0235 26.33 146.80
Aplicacao de Herbicida p > 0.10 41.86 117.00
Fertilizantes 0.0183 25.69 743.90
Acido Borico p > 0.10 3.78 6.03
Herbicida p > 0.10 70.86 208.30
Acaricida-Inseticida 0.0003 14.18 119.5
Fungicida 0.047 38.88 75.44
Oxicloreto de Cobre 0.0607 15.48 60.66
Mudas 0.033 23.22 115.00

* variaveis em negrito nao apresentam distribuicao
(Lilliefors) das variaveis de custo do cafe no

Fonte: Elaborada pelo autor.

Tabela 2: Coeficiente de correlacao de Spearman das variaveis
de custo em relacao o preco da saca do cafe no segundo ano

Variaveis Dependentes (y) r Spearman p-valor

Aplicacao de Defensivos 0.9152 0.0005
Fertilizantes 0.7091 0.0268
Acaricida-Inseticida 0.8424 0.0037
Fungicida 0.2884 0.4069
Mudas 0.9483 0.0001

* variaveis em negrito nao apresentam correlacao
linear a um nivel de 5% de significancia.

Fonte: Elaborada pelo autor.

Tabela 3: Coeficiente de correlacao de Pearson das
variaveis de custo em relacao ao preco da saca do
cafe no segundo ano

Variaveis Dependentes (y) r Pearson p-valor

Replantio 0.9267 0.0001
Capinas-Desbrota 0.7868 0.0069
Adubacao 0.9267 0.0001
Aplicacao Herbicida -0.2827 0.4286
Acido Borico -0.09179 0.8009
Herbicida -0.777 0.0082
Oxicloreto de Cobre 0.8687 0.0011

* variaveis em negrito nao apresentam correlacao
linear a um nivel de 5% de significancia.

Fonte: Elaborada pelo autor.

Tabela 4: Regressao linear do cafe no segundo ano de plantio

Variaveis Dependentes (y) [R.sup.2] p-valor

Replantio 0.8588 0.0001
Capinas-Desbrota 0.6191 0.0069
Adubacao 0.8587 0.0001
Aplicacao de Defensivos 0.8533 0.0001
Fertilizantes 0.6817 0.0033
Herbicida 0.6037 0.0082
Acaricida-Inseticida 0.814 0.0004
Oxicloreto de Cobre 0.7546 0.0011
Mudas 0.9318 < 0.0001

Variaveis Dependentes (y) Erro-Padrao Equacao da Regressao
 da Estimativa

Replantio 4.472 y = -4,534 + 0,2787x
Capinas-Desbrota 50.61 y = 90,42 + 1,631x
Adubacao 8.947 y = -9,069 + 0,5575x
Aplicacao de Defensivos 16.81 y = -32,73 + 1,024x
Fertilizantes 124.5 y = -195,3 + 4,605x
Herbicida 35.2 y = 244,2 - 1,098x
Acaricida-Inseticida 18.64 y = -47,08 + 0,9854x
Oxicloreto de Cobre 8.511 y = -3,901 + 0,3771x
Mudas 8.197 y = -18,35 + 0,7655x

Fonte: Elaborada pelo autor.

Quadro 1: Custo de producao do cafe no segundo
ano de plantio (valores expressos em US$)

Variaveis de custo \ Ano 1999 2000 2001 2002

Replantio 12.00 16.22 11.76 10.53
Capinas Desbrota 168.00 227.03 164.64 147.45
Adubacao 24.00 32.43 23.52 21.06
Aplicacao de Defensivos 30.00 40.54 29.40 26.33
Aplicacao de Herbicida 63.33 80.17 78.30 57.30
Fertilizantes 83.55 106.09 25.69 126.09
Acido Borico 3.78 4.19 4.74 4.53
Herbicida 177.81 198.41 164.10 157.69
Acaricida-Inseticida 16.35 17.26 16.96 14.18
Fungicida 68.46 75.44 57.60 38.88
Oxicloreto de Cobre 27.49 15.83 24.00 15.48
Mudas 45.00 45.00 27.00 23.22

Variaveis de custo \ Ano 2003 2004 2005 2006

Replantio 14.68 14.66 21.71 27.91
Capinas Desbrota 205.55 205.19 303.98 376.74
Adubacao 29.36 29.31 43.43 55.81
Aplicacao de Defensivos 36.71 36.64 54.28 91.18
Aplicacao de Herbicida 76.40 86.34 117.04 41.86
Fertilizantes 156.09 148.74 175.72 288.37
Acido Borico 5.21 6.03 5.52 4.86
Herbicida 208.29 191.96 112.09 70.86
Acaricida-Inseticida 17.33 15.97 24.22 90.05
Fungicida 55.11 50.78 50.63 56.70
Oxicloreto de Cobre 21.03 19.50 27.97 33.21
Mudas 31.24 25.91 45.57 71.49

Variaveis de custo \ Ano 2007 2008

Replantio 33.18 44.63
Capinas Desbrota 248.85 334.74
Adubacao 66.36 89.26
Aplicacao de Defensivos 109.38 146.78
Aplicacao de Herbicida 49.77 66.95
Fertilizantes 366.41 743.86
Acido Borico 4.86 4.86
Herbicida 80.67 84.80
Acaricida-Inseticida 90.54 119.51
Fungicida 56.70 56.70
Oxicloreto de Cobre 57.62 60.66
Mudas 80.92 114.99

Fonte: Adaptado do Agrianual (2000-2009).

Quadro 2: Preco de venda da saca de 60 kg do cafe

Ano 1999 2000 2001 2002 2003

Preco (US$) 88.55 92.62 62.00 40.31 53.11

Ano 2004 2005 2006 2007 2008

Preco (US$) 65.89 92.83 123.26 129.77 158.07

Fonte: Adaptado do Agrianual (2000-2009).

Figura 1: Exportacoes do cafe no periodo de 1998 a 2008 no Brasil

Exportacao--Verde, soluvel e torrado (milhoes de saca)

1998 18,2
1999 23,1
2000 18,1
2001 23,3
2002 28,4
2003 25,7
2004 26,7
2005 26,4
2006 28
2007 28,4
2008 29,7

Fonte: MAPA (2009).

Note: Table made from bar graph.
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