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  • 标题:Internal and external determinants of innovation capability in Portuguese services firms: a logit approach/Determinantes internos e externos da capacidade inovadora das empresas de servicos Portuguesas: modelo logit/Determinantes internos y externos de la capacidad de innovar de las empresas de servicios Portuguesas: modelo logit.
  • 作者:Silva, Maria Jose ; Mainardes, Emerson Wagner ; Raposo, Mario
  • 期刊名称:Revista de Gestao USP
  • 印刷版ISSN:1809-2276
  • 出版年度:2012
  • 期号:January
  • 语种:Spanish
  • 出版社:Faculdade de Economia, Administracao e Contabilidade - FEA-USP
  • 摘要:A crescente tendencia de globalizacao e interdependencia das economias traduz-se para as empresas num contexto altamente turbulento e competitivo. Nesse sentido, assume a maior relevancia a analise dos factores determinantes da capacidade de inovacao das empresas na generalidade e das empresas de servicos em particular, pela importancia crescente que essas empresas apresentam na economia dos paises. De facto, nas ultimas decadas tem-se registrado uma evolucao do papel do sector dos servicos na economia, pela relevancia que o sector assume nao so na inovacao, mas tambem na competitividade, no emprego e no crescimento economico (HAUKNES, 1998; DE JONG et al., 2003; HOWELLS; TETHER, 2004; TETHER, 2005). Um estudo efectuado na Uniao Europeia, em 25 paises, vem corroborar esses factos, dado que, em 2004, as empresas do sector dos servicos contribuiram, em media, para 39,9% do emprego total e para 46,2% do valor acrescentado (ARUNDEL et al., 2007).

Internal and external determinants of innovation capability in Portuguese services firms: a logit approach/Determinantes internos e externos da capacidade inovadora das empresas de servicos Portuguesas: modelo logit/Determinantes internos y externos de la capacidad de innovar de las empresas de servicios Portuguesas: modelo logit.


Silva, Maria Jose ; Mainardes, Emerson Wagner ; Raposo, Mario 等


1. INTRODUCAO

A crescente tendencia de globalizacao e interdependencia das economias traduz-se para as empresas num contexto altamente turbulento e competitivo. Nesse sentido, assume a maior relevancia a analise dos factores determinantes da capacidade de inovacao das empresas na generalidade e das empresas de servicos em particular, pela importancia crescente que essas empresas apresentam na economia dos paises. De facto, nas ultimas decadas tem-se registrado uma evolucao do papel do sector dos servicos na economia, pela relevancia que o sector assume nao so na inovacao, mas tambem na competitividade, no emprego e no crescimento economico (HAUKNES, 1998; DE JONG et al., 2003; HOWELLS; TETHER, 2004; TETHER, 2005). Um estudo efectuado na Uniao Europeia, em 25 paises, vem corroborar esses factos, dado que, em 2004, as empresas do sector dos servicos contribuiram, em media, para 39,9% do emprego total e para 46,2% do valor acrescentado (ARUNDEL et al., 2007).

O presente trabalho tem como objectivo analisar o grau de importancia dos factores internos e externos determinantes da capacidade inovadora das empresas de servicos. Esses factores, ja analisados em outros estudos (SILVA, 2003; SILVA; LEITAO, 2009), apresentam um impacto significativo na capacidade de inovacao do sector das empresas industriais; no entanto, no sector dos servicos identifica-se a necessidade de verificar e analisar quais factores estimulam e quais restringem a capacidade inovadora empresarial.

Este trabalho toma como referencia as abordagens da inovacao nos servicos e as abordagens de referencia sobre a tematica da inovacao, em que se destacam a abordagem sistemica da inovacao e a abordagem das redes e relacoes interorganizacionais. Tendo em conta esse quadro conceptual, formulou-se um conjunto de hipoteses com o objectivo de testar e analisar os factores que condicionam a actividade e o desempenho inovador das empresas de servicos portuguesas.

Para testar empiricamente as hipoteses formuladas, utilizam-se dados secundarios facultados pelo Observatorio da Ciencia e do Ensino Superior (OCES), pertencentes ao 4 Inquerito Comunitario a Inovacao--Community Innovation Survey (CIS 4). Este questionario foi implementado sob a supervisao do EUROSTAT. Aos dados obtidos aplica-se o modelo de regressao linear generalizado, designadamente o modelo de regressao logistica.

O trabalho estrutura-se da seguinte forma: no ponto dois, tendo por base a literatura relevante sobre a tematica da inovacao nos servicos, propoe-se um modelo conceptual e formulam-se as hipoteses que se pretende testar empiricamente no modelo estatistico. No ponto tres define-se a amostra, descrevem-se e caracterizam-se as variaveis utilizadas no estudo empirico e apresenta-se o modelo de regressao logistica. No ponto quatro discutem-se os resultados obtidos a luz da literatura considerada relevante. No ponto cinco apresentam-se as consideracoes finais e sugerem-se futuras investigacoes sobre esta tematica.

2. INOVACAO NOS SERVICOS

Segundo Miles (2001), a literatura sobre servicos tem registado uma intensa evolucao desde os anos 60. Em especial, assiste-se a um crescente interesse pelo estudo da inovacao nos servicos. Isso se deve ao facto de o sector de servicos apresentar crescimentos acima da media (SEGAL-HORN, 2006; SUNDBO, 2009), quer nas empresas criadas, quer na geracao de emprego e, ainda, no nivel da contribuicao dessas empresas para a geracao de riqueza das regioes e dos paises. O sector dos servicos abrange uma vasta gama de actividades com caracteristicas muito diferenciadas (HAUKNES, 1998; DREJER, 2004; HIPP; GRUPP, 2005; MILES, 2005; VRIES, 2006). Sectores como tecnologia da informacao, financas, transportes e comunicacoes tem registrado uma importancia acrescida no produto interno das nacoes, tanto em paises desenvolvidos quanto em paises em desenvolvimento (CAMACHO; RODRIGUEZ, 2005).

Segundo o Manual de Oslo (OCDE, 2005), a inovacao nos servicos e organizada de forma menos formal, e menos tecnologica e possui natureza mais incremental. Sundbo e Gallouj (1998, 2000) dividiram as inovacoes nos servicos em cinco categorias: inovacao de produto (um novo servico ou um novo produto cuja venda implica a prestacao de servicos); inovacao de processo (mudanca em um ou mais procedimentos para produzir ou prestar um servico); inovacao organizacional (nova forma de gestao e organizacao); inovacao de mercado (alteracoes no mercado, como a descoberta de um segmento antes inexistente); inovacao ad hoc (procura de uma solucao para um determinado problema apresentado por um cliente).

Gallouj e Weinstein (1997) observaram que analisar a inovacao no sector de servicos e dificil por dois motivos: por um lado, as teorias de inovacao desenvolveram-se sob o estudo de inovacoes tecnologicas em actividades industriais; por outro lado, nao e facil medir e detectar mudancas nos servicos em razao das caracteristicas especificas de suas actividades.

A revisao da literatura no ambito da inovacao nos servicos abarca tres abordagens: assimilacao, demarcacao e, posteriormente, a abordagem de sintese (HAUKENS, 1998; GALLOUJ, 1998; SUNDBO; GALLOUJ, 1998; FREEMAN; LOUCA, 2001; COOMBS; MILES, 2000; HOWELLS, 2000, 2001; GALLOUJ, 2002; HOWELLS, 2003; HOWELLS; TETHER, 2004; DREJER, 2004; MILES, 2005; VRIES, 2006). Essas abordagens revelam que a inovacao nos servicos difere da inovacao nos produtos. De acordo com Sundbo (1997) e Tether e Hipp (2002), as caracteristicas proprias dos servicos (intangibilidade, heterogeneidade, perecibilidade e simultaneidade da producao e consumo), que os distinguem dos produtos fisicos, trazem dificuldades e restricoes a importacao dos programas e modelos de gestao voltados para a inovacao no sector da industria. Os servicos possuem particularidades tais que exigem modelos de inovacao especificos para o sector, algo ainda escasso na literatura (BARRAS, 1986, 1990; EDGETT, 1993; GALLOUJ, 1998, 2002; PIRES; SARKAR; CARVALHO, 2008).

Apesar dessa falta sentida pelos investigadores, durante os ultimos anos alguns estudos tem revelado que as inovacoes nos servicos conduzem a um maior nivel de crescimento e dinamismo da actividade economica (SUNDBO, 1997; De BRENTANI, 2001). Isso se deve a barreiras de entrada relativamente baixas, a maior possibilidade de imitabilidade e a dificuldade de se alcancarem vantagens competitivas sustentaveis, como acontece com os bens fisicos (DE JONG; VERMEULEN, 2003; OKE, 2007; TOIONEN; TUOMINEN, 2009).

Durante as duas ultimas decadas, a desregulamentacao e a globalizacao dos mercados, assim como a internacionalizacao das empresas de servicos, fizeram com que a competicao entre estas empresas se tornasse extremamente severa (ELCHE; GONZALEZ, 2008). Essas tendencias colocam a inovacao nos servicos no coracao da competitividade da empresa, como meio de adaptacao constante a um ambiente turbulento, que requer um fluxo continuo de novas ofertas ao mercado (STEVENS; DIMITRIADIS, 2005; DJELLAL; GALLOUJ, 2007).

A competencia em inovar, neste caso nos servicos, denomina-se capacidade inovadora empresarial. Assim, adoptou-se nesta investigacao o termo "capacidade inovadora empresarial" para integrar as diversas componentes resultantes do processo de inovacao de uma empresa de servicos, designadamente inovacao no servico, inovacao no processo, inovacao organizacional e inovacao de marketing (OCDE, 2005). Neste trabalho, restringe-se o estudo da capacidade inovadora empresarial ao nivel do servico. Desse modo, considera-se que a empresa e inovadora se durante o periodo de 2002-2004 "introduziu algum servico novo ou tecnologicamente melhorado" (CIS 4, 2005:3).

E importante realcar que a capacidade inovadora varia de empresa para empresa e e determinada por um vasto e complexo numero de factores, tanto impulsionadores como limitadores do processo de inovacao empresarial. Os factores explicativos da inovacao nao se esgotam nos factores aqui referidos. Contudo, pretendendo-se analisar o processo de inovacao no nivel empresarial e considerando-se a revisao da literatura efectuada, neste trabalho analisam-se os seguintes factores: investimentos em inovacao, dimensao empresarial, sector de actividade, abrangencia de actuacao no mercado, fontes externas de informacao para as actividades de inovacao, apoio financeiro as actividades de inovacao e os relacionamentos com os parceiros externos no ambito da inovacao empresarial. Relativamente a esses factores, seguidamente discute-se a formulacao de hipoteses de investigacao.

A importancia dos "investimentos em inovacao" na empresa, como edificios e equipamentos, softwares e conhecimentos externos, e demonstrada nos trabalhos de Mansfield (1988), Shields e Young (1994), Archibugi, Evangelista e Simonetti (1995), Weiss (2003), Camacho e Rodriguez (2005), Canepa e Stoneman (2008) e Elche e Gonzalez (2008). Segundo esses autores, as empresas que mais investem em investigacao, desenvolvimento e em melhoria das estruturas e competencias dos colaboradores adquirem maior capacidade tecnologica; consequentemente, tem a capacidade de produzir mais inovacoes. Esses autores defendem que as empresas que investem em melhores estruturas, tecnologias e pessoal qualificado evidenciam maior capacidade inovadora. Assim, estabelece-se a seguinte relacao entre investimentos em inovacao e capacidade inovadora empresarial:

Hipotese1: A realizacao de investimentos em inovacao esta positivamente relacionada com a propensao da empresa de servicos para inovar nos servicos.

Os resultados obtidos da relacao existente entre o factor "dimensao empresarial" e a capacidade inovadora empresarial sao muito contraditorios, pelo que e necessario clarificar essa relacao. Por um lado, ja Schumpeter (1942) e as abordagens da inovacao technology-push e market-pull que se seguiram relacionam positivamente a dimensao da empresa e a capacidade inovadora empresarial. Por outro lado, estudos realizados por Sengenberger e Pyke (1992), Rothwell e Dodgson (1994) e Tidd, Bessant e Pavitt (1997) identificaram efeitos negativos da dimensao empresarial na capacidade inovadora empresarial. Por ultimo, Simoes (1997) e Gonzales, Saez e Villasalero (2000) nao conseguiram obter efeitos significativos da relacao entre essas duas variaveis. Portanto, em razao da falta de consistencia das conclusoes obtidas, parece importante clarificar a relacao existente entre a dimensao empresarial e a capacidade inovadora, pelo que se formula a seguinte hipotese:

Hipotese2: As empresas de maior dimensao tem maior propensao para inovarnos servicos, do que as empresas de menor dimensao.

O factor "sector de actividade" e um classico no estudo da inovacao empresarial. A influencia do sector de actividade na capacidade inovadora das empresas e salientada em diversos estudos (FRITSCH; LUKAS, 1999, 2001; KAUFMANN; TODTLING, 2000, 2001; BAYONA; GARCIAMARCO; HUERTA, 2001; TSAI, 2001; ROMIJN; ALBALADEJO, 2002; TETHER, 2002). Espera-se que empresas pertencentes a sectores de actividade baseados em tecnologias, como a electronica e a informatica, inovem mais do que as empresas pertencentes a outros sectores de actividade. Nesta investigacao, a base de analise do sector de actividade segue a classificacao proposta pela NACE (Nomenclature of Economic Activities in the European Community). Seguindo-se a divisao realizada por Furrer e Sollberger (2007), servicos como comunicacoes, informatica e actividades relacionadas, investigacao e desenvolvimento, actividades de arquitectura e engenharia, e ensaios e analises tecnicas sao apresentados como servicos de base tecnologica. Os servicos restantes, como hoteis e restauracao, transportes, bancos e seguros sao servicos nos quais o principal agente e o individuo. Sendo assim, apresenta-se a seguinte hipotese:

Hipotese3: As empresas de sectores de actividade baseados em tecnologias tem maior propensao para inovar nos servicos do que as empresas pertencentes a outros sectores.

Varias abordagens apresentaram a "abrangencia de actuacao no mercado" como um factor importante e influente na capacidade inovadora empresarial. A abordagem de clusters industriais realca os estimulos provocados pelas condicoes da procura, ou seja, a satisfacao das necessidades de mercado impulsionam a inovacao. Dado que as empresas portuguesas vivem num contexto competitivo, marcado pela internacionalizacao e globalizacao, torna-se importante analisar se as escolhas estrategicas efectuadas pelas empresas em termos de aposta nos mercados influenciam sua capacidade inovadora. Desse modo, formula-se a seguinte hipotese:

Hipotese4: As empresas de servicos que actuam em mais mercados (interno e externo) tem maior propensao para inovar nos servicos do que as empresas que vendem apenas para o mercado local/regional.

A importancia do reconhecimento e uso de " fontes externas de informacao para actividades de inovacao" e realcada pelos estudos de Napolitano (1991), Hartman, Tower e Sebora (1994), Sundbo (1997, 2009), Stock e Tatikonda (2004), Djellal e Gallouj (2007), Igira (2008), Pires, Sarkar e Carvalho (2008) e Tether e Tajar (2008). Sundbo (1997, 2009) destaca que a aprendizagem organizacional e a experiencia da organizacao sao importantes fontes internas de informacao para a inovacao nos servicos, mas que fontes externas, como o mercado, instituicoes como universidades e centros de pesquisa, e outras fontes (conferencias, feiras, exposicoes, revistas, associacoes) ampliam as capacidades de inovacao das organizacoes de servicos. Ja Pires, Sarkar e Carvalho (2008) destacaram a importancia dos consumidores, fornecedores e concorrentes como fontes externas de informacao para gerar inovacao nas empresas de servicos. Outras fontes externas, como universidades e associacoes empresariais, foram ressaltadas por Djellal e Gallouj (2007). Dessa forma, apresentase a seguinte hipotese:

Hipotese5: O reconhecimento e uso de fontes externas de informacao influenciam directamente a propensao da empresa para inovar nos servicos.

O "apoio financeiro publico as actividades de inovacao" surge como um factor isolado, de modo a evidenciar as implicacoes desse tipo de apoio na capacidade inovadora empresarial. Realca-se que nao e proposito deste trabalho investigar as implicacoes das varias politicas publicas na inovacao empresarial. Contudo, assumindo o risco de alguma simplificacao, parece relevante analisar ate que ponto os financiamentos publicos de apoio as actividades de inovacao influenciam a capacidade inovadora empresarial, uma vez que o financiamento, apesar de nao ser considerado um factor estrategico, surge como um dos principais constrangimentos a sobrevivencia e desenvolvimento das empresas (SILVA, 1998; SILVA; RAPOSO, 1999). Assim, no ambito da inovacao empresarial e importante analisar se o financiamento publico destinado ao apoio das actividades de inovacao influencia o desenvolvimento dessas mesmas actividades e, consequentemente, a capacidade inovadora empresarial. Desse modo, apresenta-se a seguinte hipotese de investigacao:

Hipotese6: As empresas de servicos que se beneficiam de apoio financeiro publico para actividades de inovacao apresentam maior propensao para inovar nos servicos do que as outras empresas.

O papel dos "relacionamentos com os parceiros externos no ambito da inovacao empresarial" foi uma questao que esteve presente em toda a revisao da literatura, em qualquer uma das abordagens das referencias estudadas. De acordo com as abordagens de redes e de relacoes interorganizacionais, as relacoes externas que se estabelecem entre os parceiros caracterizam-se por trocas de informacao relativamente abertas, e tais fluxos de informacao podem estimular as actividades inovadoras. Por sua vez, as abordagens sistemicas da inovacao realcam que as relacoes externas entre parceiros sao um importante meio de difusao de conhecimento, principalmente de conhecimento tacito, que nao e possivel codificar. Ainda que oriundo de abordagens teoricas diversas, este corpo da literatura tem demonstrado uma consideravel convergencia ao considerar que as relacoes estabelecidas com parceiros externos influenciam o processo de inovacao empresarial. Em diversos paises, varios estudos evidenciam a importancia dos relacionamentos externos para a melhoria da capacidade inovadora da empresa (FRITSCH; LUKAS, 1999, 2001; KAUFMANN; TODTLING, 2000, 2001; STERNBERG; ARNDT, 2001; ROMIJN; ALBALADEJO, 2002). Tambem em Portugal, os resultados obtidos pelo estudo realizado por Simoes (1997) testemunham a importancia dos relacionamentos externos no desempenho inovador das empresas portuguesas. Assim, apresenta-se a seguinte hipotese:

Hipotese7: Os relacionamentos estabelecidos com parceiros no ambito da inovacao estao positivamente relacionados com a propensao da empresa para inovar nos servicos.

As hipoteses aqui formuladas foram testadas empiricamente, de acordo com o desenho de investigacao que a seguir se apresenta.

3. DESENHO DE INVESTIGACAO

Neste ponto, procedeu-se a escolha da populacao objecto de estudo, que neste trabalho de investigacao e constituida pelas empresas de servicos portuguesas. Definiu-se o metodo de recolha dos dados e, por fim, escolheu-se o metodo de analise de dados: o modelo de regressao logistica.

3.1. Apresentacao dos Dados: Populacao e

Amostra

Os dados a usar nesta investigacao sao dados secundarios, recolhidos por meio de inquerito por questionario, denominado de 4 Inquerito Comunitario a Inovacao (CIS 4-Community Innovation Survey 4), entre Junho e Novembro de 2005. Em Portugal, o inquerito foi conduzido pelo OCES, com a colaboracao do Instituto Nacional de Estatistica (INE), referindo-se as actividades de inovacao das empresas portuguesas no periodo de 2002 a 2004.

A populacao contempla todas as empresas de servicos segundo a classificacao de actividades economicas CAE--Rev. 2.1. (CAE, 2003). A amostra inicial foi construida pelo INE, de acordo com as especificacoes metodologicas do EUROSTAT, e extraida de uma populacao de 23.348 empresas registradas no FUE--Ficheiro de Unidades Estatisticas do INE. Dessa populacao, extraiu-se uma amostra inicial de 7.370 empresas, que mais tarde foi corrigida para 6.482 empresas. Da amostra considerada, 4.815 empresas responderam ao questionario, o que correspondeu, portanto, a uma taxa de resposta de 74,3% (OCES, 2006). Das empresas da amostra, sao utilizadas apenas as 1.306 empresas com actividade no sector de servicos, conforme se apresenta na Tabela 1.

Assim, as empresas com actividades no sector dos servicos serao consideradas como inovadoras nos servicos se durante o periodo de 2002 a 2004 introduziram algum servico novo ou significativamente melhorado.

3.2. Descricao e Caracterizacao dos Dados

Neste trabalho, a capacidade inovadora e medida a partir da informacao recolhida sobre a inovacao nos servicos e e considerada como a variavel dependente. Essa dimensao apresenta-se como uma variavel dicotomica baseada em dados binarios: assume o valor 0 para empresas que nao inovaram e o valor 1 para aquelas que inovaram. No que concerne as variaveis independentes, estas sao representadas na Tabela 2, que resume as variaveis e as medidas empregues na operacionalizacao de cada factor do modelo e que servem, posteriormente, para testar empiricamente as hipoteses formuladas no modelo conceptual proposto.

3.3. Metodo: Modelo de Regressao Logistica

A partir da revisao teorica da literatura efectuada e do modelo conceptual proposto, verificou-se que a capacidade inovadora empresarial e um fenomeno complexo, influenciado por um vasto conjunto de factores. Como se torna necessario explorar as relacoes entre esses factores e a capacidade inovadora, decidiu-se utilizar o Modelo de Regressao Logistica (Logit Model). Na dimensao de analise da capacidade inovadora dos servicos, utiliza-se um modelo de regressao em que a variavel dependente ou resposta e dicotomica e um dos modelos adequados de aplicacao e o modelo de regressao Logit (HAIR et al., 2003). Esse modelo tem sido o mais utilizado nos estudos empiricos realizados (KAUFMANN; TODTLING, 2001; SILVA, 2003; BOIA, 2003), apresentando-se assim como uma tecnica analitica apropriada para os modelos conceptuais propostos, uma vez que estes incluem uma variavel dependente categorica (binaria ou dicotomica) e varias variaveis independentes, definidas na Tabela 2, tal como se apresenta abaixo:

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A fase seguinte da investigacao consistiu na aplicacao dos modelos de regressao logistica aos dados do Inquerito Comunitario a Inovacao, para a obtencao de resultados, que a seguir se apresentam e discutem.

4. ANALISE DOS DADOS

Nesta fase da investigacao foi aplicada a regressao logistica nos dados do Inquerito Comunitario a Inovacao, testando-se o modelo proposto. Usou-se a estatistica de Wald como estatistica de teste para analisar o comportamento das variaveis e a qualidade de ajuste do modelo proposto. Os resultados da regressao logistica para o Modelo de Inovacao nos Servicos sao apresentados na Tabela 3.

Os resultados da regressao logistica para o modelo (Tabela 3) mostram que nem todas as estimativas dos parametros da regressao sao estatisticamente significativas ao nivel de 5%. Relativamente a qualidade de ajuste do modelo, os resultados mostram que a capacidade preditiva do modelo e de 68,2%, resultante da comparacao entre os valores da variavel resposta preditos pelo modelo e os valores observados. A estatistica de teste do qui-quadrado tem o valor de 117,63, com valor de prova inferior ao nivel de significancia de 0,05. A estatistica da log-verosimilhanca, com valor de 590,76, corrobora a significancia global do modelo.

Quanto as hipoteses testadas empiricamente, constata-se a existencia de tres hipoteses nao confirmadas. A hipotese H4, referente a abrangencia de actuacao no mercado das empresas de servicos, nao apresentou significancia estatistica ao nivel de 0,05. Ou seja, contrariamente a abordagem de clusters industriais, que ve na inovacao nos servicos um meio de ampliacao do mercado de actuacao, nas empresas analisadas nao ocorreram diferencas significativas entre as empresas de servicos que actuam somente em mercados internos e as empresas que actuam tambem em mercados externos. Portanto, o factor abrangencia de mercado nao se apresentou como um determinante da propensao das empresas de servicos para inovar nos servicos.

Constata-se que a hipotese H6 tambem nao se confirma estatisticamente a um nivel de significancia inferior a 0,05. Essa hipotese referese ao apoio publico as actividades de inovacao. Perante os resultados obtidos, nao e possivel fazer ilacoes sobre o facto de os apoios publicos para financiamentos de inovacoes estimularem ou nao as empresas a inovar nos servicos.

Relativamente a hipotese H7, nao se confirmou a um nivel de significancia inferior a 0,05. Os resultados nao permitem analisar os impactos dos relacionamentos com parceiros externos no ambito da inovacao na propensao das empresas para inovar nos servicos. Apesar de as abordagens de redes e as relacoes interorganizacionais ressaltarem a importancia das relacoes externas as empresas para a propensao a inovacao, no presente estudo nao e possivel analisar se as relacoes estabelecidas entre empresas de servicos e outras organizacoes estimulam ou restringem, significativamente, a propensao das empresas para inovar.

Quanto as hipoteses confirmadas, relativamente a hipotese H1, que pretendia testar os efeitos dos investimentos em inovacao na propensao a inovacao nos servicos, constatou-se que, de forma positiva e com uma significancia inferior a 0,05, quando uma empresa de servicos realiza investimentos financeiros em actividades internas de investigacao e desenvolvimento (variavel [Adi.sub.1]), em aquisicao de conhecimentos externos ([Adi.sub.4]) e em actividades de marketing ([Adi.sub.6]), apresenta uma maior propensao para inovar nos servicos. Os outros factores (aquisicao externa de investigacao e desenvolvimento; aquisicao de maquinaria, equipamento e software; formacao; outros procedimentos) nao se mostraram significativos ao nivel de 0,05. Tendo em conta os resultados obtidos e considerando os resultados apresentados na coluna Exp(B), constata-se que as empresas de servicos, ao realizarem os investimentos internos em inovacao (3,647), implementarem actividades de marketing (2,261) e adquirirem conhecimentos externos (1,688), revelam-se mais propensas a inovar nos servicos. Pela significancia dos valores obtidos, parece que os investimentos internos em inovacao sao os que mais potenciam a propensao das empresas de servicos para inovar.

A hipotese H2 estabelecia uma associacao entre a dimensao da empresa e sua propensao para inovar nos servicos. Foram consideradas quatro classificacoes das empresas da amostra, nomeadamente: micro, pequena, media e grande. As empresas consideradas de grande dimensao (Dim4) foram excluidas da analise por apresentarem um numero de casos inferior ao necessario para a realizacao das interaccoes da regressao logistica. Ao se testarem as empresas de servicos micro, pequenas e medias, constatou-se que as primeiras nao apresentam resultados estatisticamente significativos ([Dim.sub.1]). No entanto, as pequenas empresas ([Dim.sub.2]) e as medias empresas ([Dim.sub.3]) revelam-se positivamente relacionadas com a propensao das empresas para inovar nos servicos (significancia inferior a 0,05). Portanto, observando-se os valores de Exp(B), e possivel afirmar que quanto maiores as empresas, maior a propensao para a inovacao nos servicos.

A hipotese H3 relacionava a inovacao nos servicos com a tipologia de classificacao do sector dos servicos, diferenciando as empresas de servicos baseadas em tecnologia das empresas de servicos baseadas nos individuos. Essa hipotese apresenta-se significativa a um nivel inferior a 0,05 e com efeito positivo. Dessa forma, conforme a divisao realizada por Furrer e Sollberger (2007), empresas de servicos de comunicacoes, informatica, investigacao e desenvolvimento, actividades de arquitectura e engenharia, de ensaios e analises tecnicas possuem maior propensao a inovacao nos servicos do que empresas ligadas aos sectores hoteleiro, de restauracao, de transporte, bancos e seguros.

Com relacao a hipotese H5, esta visava analisar se o reconhecimento e uso de fontes externas de informacao influenciavam a propensao das empresas para inovar nos servicos. Ao testar as fontes de mercado e negocios (variavel [F.sub.1]), institucionais, como universidades e centros de pesquisa ([F.sub.2]), e outras fontes, como feiras, exposicoes, revistas, associacoes ([F.sub.3]), constatouse que tanto as fontes de mercado como as outras fontes externas sao estatisticamente significativas e influenciam positivamente na propensao das empresas para inovar nos servicos. Portanto, e possivel salientar que as empresas de servicos que procuram informacoes principalmente no mercado (1,261) e, em menor escala, em outras fontes, como conferencias, feiras, exposicoes, revistas, associacoes (0,783), tem maior propensao para inovar do que as outras empresas que nao o fazem. A variavel procura de informacao nas fontes institucionais, como universidades e centros de pesquisa, com base no modelo analisado, nao apresentou resultados com significancia estatistica. Isso se deve provavelmente ao facto de essas instituicoes nao estarem ainda sensibilizadas para a importancia de estudar o desenvolvimento de inovacoes para o sector de servicos.

5. CONCLUSOES E RECOMENDACOES

O presente trabalho teve como objectivo investigar o grau de importancia dos factores internos e externos determinantes da capacidade inovadora empresarial no ambito das empresas de servicos portuguesas. Com a finalidade de aumentar a compreensao da inovacao nos servicos e de identificar os principais determinantes da inovacao no sector de servicos, formularam-se varias hipoteses de investigacao, sustentadas na revisao da literatura efectuada sobre a inovacao nos servicos. A revisao da literatura possibilitou identificar tres abordagens fundamentais: a assimilacao, a demarcacao e a sintese, bem como a abordagem sistemica da inovacao e, ainda, a abordagem de redes e das relacoes interorganizacionais.

Nesta investigacao destacaram-se sete factores impulsionadores e limitadores da capacidade inovadora empresarial: investimentos em inovacao, dimensao empresarial, sector de actividade, abrangencia de actuacao no mercado, fontes externas de informacao para as actividades de inovacao, apoio financeiro as actividades de inovacao e os relacionamentos com os parceiros externos no ambito da inovacao empresarial. Foi relativamente a esses factores que se formularam as varias hipoteses testadas empiricamente.

Os resultados do modelo indicam que as empresas de servicos baseadas em tecnologia tem maior propensao para inovar nos servicos do que as empresas baseadas nos individuos. De acordo com os resultados obtidos, alguns dos investimentos em inovacao tem efeitos positivos e significativos na inovacao nos servicos; assim, quanto maior forem os investimentos financeiros em actividades internas de investigacao e desenvolvimento, em aquisicao de conhecimentos externos e em actividades de marketing, maior sera a propensao das empresas para inovar nos servicos. Os resultados do modelo mostram que a dimensao tem um efeito positivo e crescente na inovacao nos servicos, apesar de as grandes empresas nao terem sido incluidas no processo de interaccoes do modelo logit. Segundo os resultados do modelo, poder-se-a dizer que as medias empresas tem maior propensao para inovar nos servicos do que as de pequena dimensao. O modelo apresenta resultados que indicam que, quando as empresas usam fontes externas de informacao (fontes de mercado e outras fontes), aumenta sua propensao para inovar nos servicos. Desse modo, as empresas com maior propensao para inovar procuram informacao em fontes externas, como o mercado e outras fontes, nomeadamente: conferencias, feiras, exposicoes, revistas, associacoes.

A principal contribuicao do presente trabalho consistiu em propor um modelo que engloba factores internos e externos determinantes da capacidade de inovacao das empresas de servicos, procurando aumentar a compreensao da inovacao nos servicos e identificar os principais factores impulsionadores da inovacao neste sector. A investigacao propos um estudo empirico baseado num modelo logit, que proporcionou a medicao dos efeitos directos e indirectos do conjunto seleccionado de variaveis explicativas sobre a capacidade de inovacao das empresas portuguesas de servicos.

Para dar continuidade a presente investigacao num futuro trabalho, propoe-se a realizacao da repeticao do estudo empirico com dados de outros paises europeus nos quais se realizou o quarto Inquerito Comunitario a Inovacao--CIS IV (Community Innovation Survey IV). Por outro lado, desenvolver-se-a um novo estudo com o modelo conceptual proposto e tendo como objecto de contraste empirico os dados do Inquerito Comunitario a Inovacao--CIS 2006 (Community Innovation Survey 2006). Nessa perspectiva, considera-se que a repeticao da investigacao no espaco europeu, mais concretamente nos paises que responderam aos mesmos questionarios, poderia enriquecer, igualmente, o estudo do fenomeno da inovacao empresarial e, concretamente, a abordagem da inovacao no sector de servicos.

DOI: 10.5700/rege 450

6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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Maria Jose Silva

Professora Assistente do Departamento de Gestao e Economia da Universidade da

Beira Interior (UBI), Covilha, Portugal.

Coordenadora do curso de Pos-Graduacao em Empreendedorismo de Base

Tecnologica da UBI

Doutora em Gestao, com especializacao em Inovacao na UBI

E-mail: [email protected]

Emerson Wagner Mainardes

Professor de Marketing e Vendas da FUCAPE Business School--Vitoria-ES, Brasil

Doutor em Gestao pela Universidade da Beira Interior (UBI/Portugal)

Mestre em Administracao pela Universidade Regional de Blumenau (FURB)

E-mail: [email protected]

Mario Raposo

Professor Catedratico do Departamento de Economia e Gestao da Universidade

da Beira Interior (UBI), Covilha, Portugal

Doutor em Gestao pela UBI

E-mail: [email protected]

Gastao Sousa

Coordenador do curso de graduacao em Gestao do Desporto Universidade da

Beira Interior (UBI), Covilha, Portugal

Doutor em Gestao pela UBI. Mestre em Ciencias do Desporto

Professor de Gestao Esportiva no Instituto Politecnico de Maia

E-mail: [email protected]

Recebido em: 8/3/2010

Aprovado em: 4/9/2011
Tabela 1: Classificacao dos Servicos

Tipologia de servicos         Actividade do Sector dos Servicos

SI--Servicos baseados nos     Hoteis e Restauracao
Individuos

                              Transportes

                              Bancos e Seguros

ST- Servicos baseados em      Comunicacoes
Tecnologia

                              Informatica e actividades relacionadas

                              Investigacao e desenvolvimento

                              Actividades de Arquitectura e Engenharia

                              Ensaios e analises tecnicas

Total

Tipologia de servicos             Codigos NACE          N
                              CAE-Rev. 2.1. (2003)

SI--Servicos baseados nos              55              28
Individuos

                                      60-63            298

                                      65-67            105

ST- Servicos baseados em               64              46
Tecnologia

                                      72-73            140

                                       74              689

Total                                                 1306

Tabela 2: Conceitos, variaveis independentes e medidas

Conceitos              Codigo

Variaveis
independentes

Subsector de
actividade nos            S
servicos

Investimentos de
inovacao                 Adi

Apoio financeiro a       Af
inovacao

Relacionamento
com parceiros no         Co
ambito da inovacao

Fontes de
informacao                F

Dimensao
empresarial              Dim

Abrangencia de           Am
Mercado

Fonte: Os autores.

Conceitos                             Variaveis

Variaveis
independentes

Subsector de
actividade nos         Classificacao dos servicos
servicos
                       Actividades e despesas de
                       Inovacao:
                       I&D Intramuros ([Adi.sub.1])
                       I&D Extramuros ([Adi.sub.2])
Investimentos de       Aquisicao de maquinaria,
inovacao               equipamento e software ([Adi.sub.3])
                       Aquisicao de outros
                       conhecimentos externos ([Adi.sub.4])
                       Formacao ([Adi.sub.5])
                       Actividades de marketing ([Adi.sub.6])
                       Outros procedimentos ([Adi.sub.7])

Apoio financeiro a     Apoio financeiro recebido para
inovacao               actividades de inovacao

Relacionamento         Relacionamentos com parceiros
com parceiros no       no ambito da inovacao
ambito da inovacao

                       Fontes de mercado e de negocio
Fontes de              ([F.sub.1])
informacao             Fontes Institucionais e de
                       conhecimento ([F.sub.2])
                       Outras fontes ([F.sub.3])

Dimensao               Numero de Empregados no final
empresarial            de 2004

Abrangencia de         Mercado geografico das vendas
Mercado                da empresa

Fonte: Os autores.

Conceitos                            Medidas / Variaveis

Variaveis
independentes

Subsector de           Categorica nominal
actividade nos         1= Servicos baseados na tecnologia ([S.sub.1])
servicos               2=Servicos baseados nos individuos ([S.sub.2])

                       Cada variavel e binaria, o que significa:
Investimentos de       1 = Exerceu actividades ou despesas de
inovacao               inovacao 0 = Nao exerceu

Apoio financeiro a     Binaria
inovacao               1 = A empresa recebeu apoios
                       0 = Nao recebeu apoios

Relacionamento         Binaria
com parceiros no       1 = Estabeleceu relacionamentos com o
ambito da inovacao     parceiro
                       0 = Nao estabeleceu

Fontes de              Binaria
informacao             1 = Utilizou alguma fonte de informacao
                       0 = Nao utilizou

Dimensao               Categorica nominal
empresarial            1= Micro [1 a 9] ([Dim.sub.1])
                       2= Pequena [10 a 49] ([Dim.sub.2])
                       3= Media [50 a 249] ([Dim.sub.3])
                       4= Grande >=250 ([Dim.sub.4])

Abrangencia de         Categorica nominal
Mercado                1= Mercado Interno ([Am.sub.1])
                       2= Mercado Externo ([Am.sub.2])
Fonte: Os autores.

Tabela 3: Resultados da Regressao Logistica para o Modelo de Inovacao
nos Servicos

Modelo                                                Hip.

Investimentos com Inovacao                         [H.sub.i]
--Realizacao de actividades de I&D internas
--Aquisicao externa de I&D
--Aquisicao de maquinas, equipamentos, software
--Aquisicao de outros conhecimentos externos
--Formacao
--Actividades de marketing
--Outros procedimentos
Dimensao Empresarial                               [H.sub.2]
  --Microempresas
  --Pequenas empresas
  --Medias empresas
  --Grandes empresas
Sector de Actividade                               [H.sub.3]
Abrangencia de Actuacao                            [H.sub.4]
Fontes Externas de Actuacao
  --Mercado e Negocios                             [H.sub.5]
  --Institucionais e de Conhecimento
  --Outras fontes
Apoio Financeiro Publico                           [H.sub.6]
Relacionamentos com Parceiros Externos             [H.sub.7]
Constante
Qualidade de ajuste do modelo
  Correctamente preditos (%)
  Qui quadrado
  Log likelihood
Numero de casos

Modelo                                               Variavel

Investimentos com Inovacao
--Realizacao de actividades de I&D internas        [Adi.sub.1]
--Aquisicao externa de I&D                         [Adi.sub.2]
--Aquisicao de maquinas, equipamentos, software    [Adi.sub.3]
--Aquisicao de outros conhecimentos externos       [Adi.sub.4]
--Formacao                                         [Adi.sub.5]
--Actividades de marketing                         [Adi.sub.6]
--Outros procedimentos                             [Adi.sub.7]
Dimensao Empresarial
  --Microempresas                                  [Dim.sub.1]
  --Pequenas empresas                              [Dim.sub.2]
  --Medias empresas                                [Dim.sub.3]
  --Grandes empresas                               [Dim.sub.4]
Sector de Actividade                                    S
Abrangencia de Actuacao                                 Am
Fontes Externas de Actuacao
  --Mercado e Negocios                              [F.sub.1]
  --Institucionais e de Conhecimento                [F.sub.2]
  --Outras fontes                                   [F.sub.3]
Apoio Financeiro Publico                                Af
Relacionamentos com Parceiros Externos                  Co
Constante
Qualidade de ajuste do modelo
  Correctamente preditos (%)
  Qui quadrado
  Log likelihood
Numero de casos

                                                   Modelo final

Modelo                                              Estimativa
                                                   coeficientes
Investimentos com Inovacao
--Realizacao de actividades de I&D internas               1,294
--Aquisicao externa de I&D                                0,053
--Aquisicao de maquinas, equipamentos, software          -0,007
--Aquisicao de outros conhecimentos externos              0,524
--Formacao                                               -0,328
--Actividades de marketing                                0,816
--Outros procedimentos                                    0,204
Dimensao Empresarial
  --Microempresas                                         0,291
  --Pequenas empresas                                     0,756
  --Medias empresas                                       0,834
  --Grandes empresas                                   excluida
Sector de Actividade                                      0,557
Abrangencia de Actuacao                                  -0,172
Fontes Externas de Actuacao
  --Mercado e Negocios                                    0,232
  --Institucionais e de Conhecimento                     -0,027
  --Outras fontes                                         0,244
Apoio Financeiro Publico                                 -0,015
Relacionamentos com Parceiros Externos                    0,202
Constante                                                -1,780
Qualidade de ajuste do modelo
  Correctamente preditos (%)                              68,2%
  Qui quadrado                                           113,63
  Log likelihood                                         590,76
Numero de casos                                             509

Modelo                                              Erro-     Wald
                                                   padrao
Investimentos com Inovacao
--Realizacao de actividades de I&D internas         0,225    33,202
--Aquisicao externa de I&D                          0,238     0,049
--Aquisicao de maquinas, equipamentos, software     0,313     0,001
--Aquisicao de outros conhecimentos externos        0,238     4,822
--Formacao                                          0,270     1,472
--Actividades de marketing                          0,222    13,504
--Outros procedimentos                              0,212     0,926
Dimensao Empresarial
  --Microempresas                                   0,388     0,562
  --Pequenas empresas                               0,317     5,694
  --Medias empresas                                 0,365     5,236
  --Grandes empresas
Sector de Actividade                                0,254     4,804
Abrangencia de Actuacao                             0,217     0,627
Fontes Externas de Actuacao
  --Mercado e Negocios                              0,106     4,769
  --Institucionais e de Conhecimento                0,100     0,074
  --Outras fontes                                   0,098     6,213
Apoio Financeiro Publico                            0,327     0,002
Relacionamentos com Parceiros Externos              0,247     0,667
Constante                                           0,447    15,887
Qualidade de ajuste do modelo
  Correctamente preditos (%)
  Qui quadrado
  Log likelihood
Numero de casos

Modelo                                              Valor      EXP
                                                    prova      (B)
Investimentos com Inovacao
--Realizacao de actividades de I&D internas         0,000     3,647
--Aquisicao externa de I&D                          0,825     1,054
--Aquisicao de maquinas, equipamentos, software     0,981     0,993
--Aquisicao de outros conhecimentos externos        0,028     1,688
--Formacao                                          0,225     0,721
--Actividades de marketing                          0,000     2,261
--Outros procedimentos                              0,336     1,226
Dimensao Empresarial
  --Microempresas                                   0,453     1,338
  --Pequenas empresas                               0,017     2,129
  --Medias empresas                                 0,022     2,303
  --Grandes empresas
Sector de Actividade                                0,028     1,746
Abrangencia de Actuacao                             0,429     0,842
Fontes Externas de Actuacao
  --Mercado e Negocios                              0,029     1,261
  --Institucionais e de Conhecimento                0,785     0,973
  --Outras fontes                                   0,013     0,783
Apoio Financeiro Publico                            0,964     0,986
Relacionamentos com Parceiros Externos              0,414     1,224
Constante                                           0,000     0,169
Qualidade de ajuste do modelo
  Correctamente preditos (%)
  Qui quadrado                                      0,000
  Log likelihood
Numero de casos

Fonte: Os autores.
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