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文章基本信息

  • 标题:Stress at work: a challenge for managers of Brazilian organizations/Estresse no trabalho: um desafio para os gestores das organizacoes Brasileiras/Estres en el trabajo: un desafio para los gestores de las organizaciones Brasilenas.
  • 作者:Pereira, Luciano Zille ; Braga, Clarissa Daguer ; Marques, Antonio Luiz
  • 期刊名称:Revista de Gestao USP
  • 印刷版ISSN:1809-2276
  • 出版年度:2014
  • 期号:July
  • 语种:Spanish
  • 出版社:Faculdade de Economia, Administracao e Contabilidade - FEA-USP
  • 关键词:Corporate culture;Job stress

Stress at work: a challenge for managers of Brazilian organizations/Estresse no trabalho: um desafio para os gestores das organizacoes Brasileiras/Estres en el trabajo: un desafio para los gestores de las organizaciones Brasilenas.


Pereira, Luciano Zille ; Braga, Clarissa Daguer ; Marques, Antonio Luiz 等


1. INTRODUCAO

A velocidade e a frequencia com que as mudancas vem ocorrendo no ambiente organizacional tem sido uma importante caracteristica do mundo atual dos negocios. Isso ocorre, principalmente, em decorrencia de transformacoes de ordem economica, politica, social e tecnologica, implicando para as pessoas e organizacoes a necessidade permanente de desenvolvimento e adaptacao, para antecipar novas demandas (CANDIDO; ABREU, 2002).

Na realidade brasileira, os gerentes comecaram a enfrentar, principalmente a partir da decada de 90, situacoes ambiguas, em razao dos processos de reestruturacao pelos quais passou grande parte das organizacoes, tendo em vista as exigencias do novo sistema capitalista em construcao. Nesse processo de transformacao, o contexto passa a ser marcado por competicao intensificada, desregulamentacao dos mercados, desenvolvimento de novas tecnologias de informacao e producao, novas politicas organizacionais e legislacoes governamentais.

Em funcao dessas transformacoes, impoe-se um novo estilo na gestao dos negocios bem diverso daquele que marcou a economia brasileira nos anos anteriores. Mudancas organizacionais acontecem a todo o momento, em grande parte sob a egide dos gestores, que passaram a lidar com tensoes intensificadas e constantes no ambiente de trabalho, as quais provocam quadros de estresse ocupacional, entendido aqui como o estresse decorrente das relacoes que o individuo estabelece com seu ambiente ocupacional (ZILLE, L. P., 2011; ZILLE, L. P.; BRAGA; ZILLE, G. P., 2011).

Em face desse novo momento que se apresenta para os ocupantes de funcoes gerenciais, torna-se cada vez mais irrefutavel a relevancia de aprofundar estudos sobre esta categoria de trabalhadores, considerando a pressao que o trabalho lhes impoe e suas implicacoes sobre o desencadeamento do fenomeno do estresse ocupacional.

Tendo em conta as mudancas significativas por que passam as organizacoes, e seus consequentes impactos no trabalho dos gestores, o objetivo geral deste trabalho foi identificar os niveis de estresse, as principais fontes de tensao excessiva no trabalho e os indicadores de impacto na produtividade desses profissionais.

Esse objetivo foi atingido a partir de um estudo descritivo, por meio de survey. A coleta de dados foi realizada com uso do questionario aderente ao Modelo Teorico de Explicacao do Estresse Ocupacional em Gerentes--MTEG (ZILLE, 2005) e os dados foram tratados estatisticamente a partir da utilizacao dos softwares Excell e PASW --Predictive Analytics Software--Statistics 18, Versao 18.0.0 (MALHOTRA, 2001; HAIR, 2005).

O estudo, realizado em 2011 com os 637 gestores pesquisados, apontou que 75,7% deles apresentaram manifestacoes de Estresse Ocupacional em niveis que variaram de leve a moderado e intenso. As fontes de tensao no trabalho que mais explicaram esses niveis de estresse foram: ter o dia muito tomado com uma serie de compromissos de trabalho assumidos, com pouco ou nenhum tempo livre, e nao conseguir se desligar dos contextos relacionados ao trabalho, mesmo fora deles. Em relacao aos indicadores de impacto na produtividade, os mais significativos foram: a dificuldade de lembrar fatos recentes relacionados ao trabalho, o que anteriormente era facilmente lembrado, dificuldade na tomada de decisoes e fuga das responsabilidades de trabalho, que anteriormente eram assumidas de forma natural.

Esses resultados abrem espaco para o aprofundamento de pesquisas sobre o tema em referencia, fornecendo dados importantes para analises e comparacoes em relacao as pesquisas nacionais e internacionais.

Para contextualizar as transformacoes que vem ocorrendo no ambiente organizacional, e importante compreender o estresse ocupacional, suas abordagens conceituais e as pesquisas relacionadas ao tema, para que se possam analisar os niveis de estresse, as principais fontes de tensao excessiva no trabalho e os indicadores de impacto na produtividade. Em seguida, sao apresentados os procedimentos metodologicos, os resultados e, a guisa de conclusao, consideracoes que puderam ser inferidas da pesquisa.

2. ESTRESSE OCUPACIONAL

Stress e uma palavra derivada do latim. Durante o seculo XVII ganhou conotacao de adversidade ou aflicao. No final do seculo seguinte, seu uso evoluiu para expressar forca, pressao ou esforco. O conceito de stress nao e novo, mas foi apenas no inicio do seculo XX que estudiosos das ciencias biologicas e sociais iniciaram a investigacao de seus efeitos na saude fisica e mental dos individuos. Desde entao, o stress passou a ser visto como um estado do organismo apos o esforco de adaptacao que pode produzir deformacao na capacidade de resposta do comportamento mental e afetivo para com as pessoas (NASCIMENTO et al, 1998). Para fins deste trabalho, o termo stress, em ingles, sera grafado em portugues: estresse.

Selye (1956) considerou o estresse como a resposta inesperada do corpo a qualquer estimulo que seja solicitado, correspondendo a situacoes as quais o organismo deve se adaptar.

Somando-se ao trabalho de Selye (1956), na decada de 1970, Albrecht (1979:113) definiu o estresse como "o conjunto de condicoes bioquimicas do corpo humano, refletindo a tentativa do corpo de fazer o ajuste as exigencias do meio." Assim, na visao desse autor, o estresse nao e tratado como uma doenca, mas sim como uma condicao de descontrole da funcao fisiologica normal do corpo humano. Na mesma direcao, Couto (1987:38), Admas (1980), Cooper et al. (1988), Levi (2005), Maslach (2005) e Zille (2005) consideram o estresse como um estado em que ocorre um desgaste anormal do organismo humano e/ou uma reducao da capacidade de trabalho, ocasionados, basicamente, por uma desproporcao prolongada entre o grau de tensao a que o individuo esta exposto e sua capacidade de suporta-lo. Nesse sentido, o estresse pode estar presente em todos os ambientes e niveis sociais, independentemente de variaveis como sexo, idade e ocupacao.

A reestruturacao do trabalho e do emprego, nas ultimas decadas, tem levado pesquisadores como Cahill e Schnall (1999) e Quinlan, Mayhew e Bohle (2001) a argumentar que esses eventos podem produzir estresse e, como consequencia, doencas fisicas e psicossomaticas nos trabalhadores. Situacoes como o aumento da jornada de trabalho, comum na funcao gerencial, apontam para preocupacoes com a intensificacao e sobrecarga de trabalho. O enxugamento e as praticas de emprego temporario podem prejudicar a capacidade dos trabalhadores e das organizacoes de acumular e reter o conhecimento sobre seguranca, e desencorajam o relato de riscos de acidentes ou a utilizacao dos servicos de saude por parte dos trabalhadores, pelo medo de perda do emprego.

De acordo com Zille (2005:61),
   [...] as sociedades estao passando por um
   processo de intensificacao do ritmo em que as
   mudancas acontecem. Aliado a essa conjuntura
   verifica-se uma deterioracao da qualidade de
   vida dos individuos. Dessa forma, o estresse
   apresenta-se como um estado importante, que
   vem atingindo as pessoas de uma forma geral.
   Cada periodo da historia contribui de maneira
   positiva para o desenvolvimento global, mas
   cobra um preco por esse beneficio, sendo o
   estresse um dos precos mais habituais da atual
   epoca de turbulencia sociocultural por que passa
   a humanidade.


Rifkin (1995) destaca que milhares de trabalhadores estao perdendo seus postos de trabalho, em razao da substituicao do trabalho humano pelas chamadas tecnologias inteligentes, que vem sendo desenvolvidas em larga escala em todo o mundo. Para esse autor, o novo mundo do trabalho esta deixando os individuos alienados, vitimas de um acentuado estresse proveniente de pressoes decorrentes de um ambiente de trabalho de alta tecnologia e crescente inseguranca.

Nesse cenario, o estresse no trabalho fica cada vez mais evidente e recebe cada vez mais destaque, podendo ser entendido, de acordo com Brief, Schuler e Sell (1981), como uma condicao que surge a partir da interacao dos individuos com seu trabalho, e ser desencadeado pelas mudancas que acontecem com as pessoas quando sao "forcadas" a se desviar de suas funcoes naturais. Essas mudancas acontecem quando o corpo e a mente das pessoas estao em estado de equilibrio e ocorre um evento diferente relacionado ao trabalho que interrompe esse estado, ou seja, que quebra a homeostase.

Para Adams (1981), Couto (1987), Cooper et al. (1988), Karasek e Torres (1996), Karasek (1998), Levi (2003, 2005) e Zille (2005), o estresse intenso ou muito intenso gera varios impactos no individuo, como, por exemplo, mudancas nos habitos alimentares; mudancas no consumo de alcool e cigarro; dores, mal-estar e problemas de estomago; agitacao nervosa, ansiedade, insonia, dificuldade de se concentrar; preocupacao excessiva; sentir-se tenso, ansioso, irritado, fadigado e nervoso; sentir-se confuso, prostrado, vencido, depressivo e irritavel.

O estresse intenso e muito intenso afetam tambem varios comportamentos e atitudes no trabalho, como, por exemplo, o absenteismo, atrasos no comparecimento ao trabalho, falta de atencao na realizacao das tarefas, atitudes negativas, resistencia a mudancas, baixo nivel de cooperacao e hostilidade. Portanto, os gerentes precisam estar atentos aos sinais de estresse neles proprios e nos trabalhadores de sua area de responsabilidade (ADAMS, 1981).

As principais fontes de estresse entre gerentes do mundo moderno estao associadas aos processos de reestruturacao organizacional decorrentes da globalizacao (ISMA, 2008). Os gerentes, em particular, pela natureza de seu papel, estao expostos a fatores intrinsecos e extrinsecos, tais como ritmo, natureza e conteudo do trabalho, relacionamento interpessoal, carreira e realizacao, estrutura e clima organizacional, e interface casa/trabalho, que se revelam como fontes de pressao no trabalho. Estas, por sua vez, geram tensoes e podem ser responsaveis por quadros de estresse ocupacional (COOPER et al. 1988).

Para entender o fenomeno do estresse ocupacional, e importante entender suas abordagens conceituais. As abordagens bioquimica, psicologica e sociologica, que podem ser consideradas complementares e interligadas, sao os principais marcos conceituais que direcionam os estudos do estresse. A abordagem bioquimica, ou seja, a abordagem da fisiologia do estresse, surgiu nas decadas de 1930 a 1950, liderada pelos estudos de Selye (1936, 1956). A abordagem psicologica, que se relaciona com este estudo, centra-se na influencia da percepcao no comportamento do individuo, tendo como consequencia as manifestacoes de estresse (COOPER et al., 1988). Por fim, a abordagem sociologica, que esta relacionada com a compreensao das relacoes entre variaveis da sociedade e o estresse ocupacional (LEVI, 2003, 2005).

Mais recentemente, Zille (2005) desenvolveu um Modelo Teorico de Explicacao do Estresse Ocupacional em Gerentes--MTEG, tendo como referencia os estudos de Cooper et al. (1988), Chanlat (1996), Karasek (1998) e Levi (2003). De acordo com o autor, a manifestacao do estresse esta relacionada ao desequilibrio acentuado entre, os niveis de tensao a que o individuo esta submetido e a sua capacidade psiquica de suportalo. O modelo referido, o qual e composto de cinco constructos de primeira ordem (fontes de tensao no trabalho, fontes de tensao do individuo e do papel gerencial, mecanismos de regulacao, sintomas de estresse e indicadores de impactos na produtividade), foi utilizado neste estudo. Cada constructo de primeira ordem e explicado pelos constructos de segunda ordem, que por sua vez estao relacionados aos seus respectivos indicadores, os quais compoem o questionario aderente ao MTEG aplicado aos sujeitos da pesquisa.

Como desdobramento do modelo teorico (MTEG), as fontes de tensao no trabalho sao explicadas por tres constructos de segunda ordem, que sao: processos de trabalho, relacoes no trabalho, inseguranca na relacao de trabalho e convivencia com individuos de personalidade dificil. O constructo fontes de tensao do individuo e do papel gerencial, por sua vez, e explicado por responsabilidades acima dos limites, estilo e qualidade de vida, aspectos especificos do trabalho do gerente e desmotivacao. Ja o constructo mecanismos de regulacao e explicado por interacao e prazos, descanso regular e experiencia no trabalho, e atividade fisica. O constructo sintomas de estresse e explicado pelos constructos de segunda ordem sintomas de hiper excitabilidade e senso de humor; sintomas psiquicos, sintomas do sistema nervoso simpatico e gastricos; e sintomas de aumento do tonus, tontura/vertigem, falta ou excesso de apetite e relaxamento.

Por fim, o constructo indicadores de impactos na produtividade e explicado pelos indicadores: dificuldade de lembrar fatos recentes relacionados ao trabalho, o que anteriormente eram facilmente lembrado; dificuldade na tomada de decisoes; fuga das responsabilidades de trabalho, que anteriormente eram assumidas de forma natural; desejo de trocar de emprego com frequencia; desmotivacao para o trabalho; perder o controle sobre os eventos da vida (trabalho, familia, relacionamentos, entre outros); excessivo desgaste nos relacionamentos interpessoais, no trabalho ou fora dele; dificuldade de concentracao; diminuicao da eficacia no trabalho; e queda na produtividade (ZILLE, 2005: 191).

Em relacao as pesquisas relacionadas ao estresse, a ISMA (2003) realizou pesquisa com trabalhadores de diversos paises, que revelou alta incidencia de estresse muito intenso em trabalhadores brasileiros, em comparacao com os trabalhadores japoneses, estes identificados como os mais estressados pela pesquisa. Com indices menores do que os identificados no Brasil estao os trabalhadores da China, Estados Unidos, Alemanha, Franca e Israel. A pesquisa revelou que os altos indices de estresse estao relacionados com as fusoes e com a reducao do quadro de pessoal das empresas, em consequencia da globalizacao. Outra pesquisa realizada pela ISMA-Brasil, em 2004, com trabalhadores brasileiros que atuavam em diversas ocupacoes, revelou que 70% dos pesquisados apresentavam quadro de estresse.

Varias pesquisas vem demonstrando alta incidencia de estresse em ocupantes da funcao gerencial no Brasil, corroborando a extensa literatura internacional sobre o tema. Couto (1987), em sua pesquisa envolvendo 552 altos executivos brasileiros, revelou que 68% deles se encontravam estressados. A pesquisa de Zille (2005) em 15 organizacoes brasileiras de varios segmentos da economia nacional, envolvendo 550 gerentes de diversos niveis hierarquicos, constatou que 63% dos gerentes pesquisados estavam estressados. Desses, 18% apresentavam quadro de estresse intenso e muito intenso. Em outra pesquisa realizada com 288 gerentes, Zille e Braga (2007) constataram que 52% dos pesquisados apresentavam quadro de estresse de intenso a muito intenso.

Pesquisa de Braga, Zille e Marques (2008), com uma amostra de 62 gerentes e superintendentes de uma grande empresa brasileira de energia eletrica, revelou que 52% dos gerentes apresentavam estresse em nivel leve a moderado e 11% apresentavam quadro de estresse intenso.

Focando de forma especifica a saude do trabalhador, a literatura ja demanda bem o papel do estresse como indutor de determinadas doencas e comportamentos. Entre estes estao as doencas cardiacas, com destaque para o infarto prematuro de miocardio, hipertensao, acidente vascular cerebral (AVC), dor de cabeca por tensao, gastrite, ulcera, abuso de alcool e drogas (SELYE, 1936, 1956, 1976; FRIEDMAN; ROSENMAN, 1974; ADAMS, 1981; COOPER; ARBOSE, 1984; COOPER et al., 1988; COUTO, 1987).

Esses resultados revelam que o estresse em gestores nas organizacoes contemporaneas e evidente e requer estudos mais aprofundados, para que se elucidem mecanismos e se obtenha melhor gerenciamento.

3. METODOLOGIA DO ESTUDO EMPIRICO, ANALISE E APRESENTACAO DOS RESULTADOS

Este estudo, em relacao a abordagem, e de natureza quantitativa e, em relacao ao tipo de pesquisa, caracteriza-se como uma investigacao empirica de natureza descritiva, que utiliza o survey como estrategia (MALHOTRA, 2001).

Os sujeitos pesquisados foram profissionais que exerciam a funcao gerencial nos seus diversos niveis (alta gerencia, gerencia intermediaria e supervisao operacional) em organizacoes privadas mineiras de setores diversos. No caso especifico deste estudo, a amostra estudada foi de 637 casos analisados (HAIR, 2005). A amostra foi aleatoria simples, obtida por meio de sorteio, e teve como base informacoes com a identificacao dos gestores obtidas das empresas privadas sediadas no Estado de Minas Gerais (ROESCH, 1996).

Para a coleta dos dados foi utilizado o instrumento MTEG, questionario aderente Modelo Explicativo do Estresse Ocupacional em Gerentes, desenvolvido e validado por Zille (2005) e suportado pelas teorias sobre estresse ocupacional, tendo como referencia os estudos de Cooper et al. (1988), Karasek e Torres (1996), Karasek et al. (1998), Chanlat (1990) e Levi (2003). As contribuicoes de Selye (1936, 1956), Friedman e Rosenman (1974), French (1983), Goldberg (1986), Couto (1987), Albrecht (1990) e Sauter e Murphy (2005) tambem foram de grande importancia para o desenvolvimento do modelo referido.

O MTEG esta estruturado em cinco constructos de primeira ordem: Fontes de Tensao no Trabalho, Fontes de Tensao do Individuo e do Papel Gerencial, Mecanismos de Regulacao, Sintomas de Estresse e Indicadores de Impactos na Produtividade. Os constructos de primeira ordem sao explicados por constructos de segunda ordem, que, por sua vez, sao explicados por indicadores correspondentes; excecao se faz ao constructo Impactos na Produtividade, que e explicado diretamente por seus indicadores.

Em relacao ao questionario utilizado, foi estruturado em seis partes. Na primeira parte constam os dados demograficos, funcionais e de saude. Na parte dois constam os sintomas de estresse, as fontes de tensao do individuo e os indicadores de impactos na produtividade. Ja na parte tres constam as fontes de tensao no trabalho, e na parte quatro as fontes de tensao decorrentes do papel gerencial. Na parte cinco estao presentes os mecanismos de regulacao e na parte seis outras fontes de tensao, como as de natureza familiar, social, caracteristicas proprias dos sujeitos e outras que os respondentes julgassem importantes.

Antes de iniciar a coleta de dados foi realizado pre-teste do questionario (MTEG) com vinte casos, para validacao do conteudo e verificacao da equivalencia semantica pelos respondentes.

Posteriormente, os dados foram codificados e digitados em planilha do Excel e, depois, processados com a utilizacao do software PASW --Predictive Analytics Software--Statistics 18, Versao 18.0.0.

3.1. Analise e apresentacao dos resultados

A seguir serao apresentados o perfil da amostra pesquisada e o diagnostico de estresse, para que se entenda o quanto o estresse ocupacional tem sido um desafio ao desempenho da funcao gerencial nas organizacoes.

3.1.1. Perfil da Amostra

A amostra da pesquisa foi composta de 637 gestores, que ocupavam desde os primeiros niveis de gestao a supervisao e a alta gerencia. Destes, 57% eram do genero masculino e 43% do genero feminino, com uma faixa etaria que variava de ate 25 a mais de 55 anos; a maior concentracao dos gerentes, 67%, encontrava-se na faixa etaria de 26 a 45 anos. No que se refere ao Estado Civil, a amostra apresentava a seguinte distribuicao: 50% eram casados ou viviam com o conjuge; 42,0% eram solteiros. Os 8,0% restante identificaram-se como viuvos, separados ou divorciados, sendo o menor percentual, 1,0%, o de viuvos.

Em relacao ao Setor da Economia a que pertencem as organizacoes pesquisadas, a maior concentracao identificada, 68,1%, corresponde ao setor de prestacao de servicos, seguido dos setores comercial, 12,2%, e industrial, 11,3%. Os demais setores pesquisados foram o bancario, o da educacao e da agropecuaria, com menor representatividade em termos porcentuais.

Com relacao ao Nivel Hierarquico, observouse um maior numero de gestores no nivel de Supervisao Operacional, com 46,0% da amostra. Essa prevalencia e explicada pelo fato de, nas organizacoes pesquisadas, a estrutura predominante ser a funcional/piramidal, concentrando maior numero de gestores na base da hierarquia. O segundo maior contingente, 36%, foi composto de Gerentes Intermediarios. Os gestores ocupantes do nivel correspondente a Alta Gerencia foram 18,0% do total da amostra pesquisada. O porcentual mais reduzido neste caso e explicado pelas mesmas razoes apontadas em relacao ao nivel da Supervisao Operacional.

Outros dados revelam que, dos gestores pesquisados, 40% estavam de 1 ha 3 anos na funcao. Perguntados sobre o numero de Horas Efetivamente Trabalhadas ou relacionadas ao trabalho, observou-se que 69% dos gestores trabalhavam mais que o numero de horas contratadas. Essa variacao era de no minimo 6 horas, ate o maximo de 38 horas semanais, o que acresce a jornada 10 horas e 30 minutos, ocasionando uma jornada diaria acima de 13 horas. Outros dados revelaram que a maior concentracao em relacao a essas horas adicionais correspondeu a 39% da amostra, que trabalhavam de 7 a 19 horas semanais adicionais. O trabalho aos domingos e feriados era frequente para 23% dos gestores, e 43% relataram que trabalhavam algumas vezes nessa situacao.

Quanto as Areas de Atuacao, estas se mostraram bastante diversificadas, conforme se pode observar: Administracao Geral, 24,0%; Comercial (vendas e atendimento), 19,0%; Producao/Operacao, 18,0%; Gestao de Pessoas, 8,0%; Financas, 7,0%; Engenharia/Projetos, 5,0%; Informatica, 3,0%; Logistica, Manutencao, Planejamento, Qualidade e Tecnologia da Informacao, 2,0%; Marketing/Pesquisa e Desenvolvimento, 1,0%. Em relacao as demais areas, observou-se um porcentual de 3,0%.

Em relacao ao Nivel Educacional, analisando a escolaridade formal em termos globais, verificou-se que 48% dos gerentes estavam realizando ou possuiam curso de pos-graduacao, sendo 35% especializacao (lato sensu), 11% mestrado e 2% doutorado.

Pesquisados sobre o consumo de cigarro e bebida alcoolica, os entrevistados responderam o que segue: em relacao ao cigarro, 10,0% o consumiam, dos quais 32,0% menos que de costume. Em relacao a bebida alcoolica, seu consumo era feito por 62,0% dos pesquisados.

Investigando os Problemas de Saude, observou-se que 27,0% da amostra relatou apresentar algum tipo de doenca. A maior incidencia, 64,3%, era de casos de doencas gastricas (gastrite e ulcera), alergicas, 21,4%, e hipertensao, que acometia 5,7% dos gestores pesquisados. Observou-se tambem que 1,0% da amostra foi acometida por infarto cardiaco. A literatura da area aponta que essas doencas podem estar relacionadas ao estresse (GOLDBERG, 1986; COUTO, 1987; COOPER et a!., 1988; LEVI, 2003, 2005).

3.1.2. Diagnostico de Estresse Ocupacional

Para a analise do nivel de intensidade de estresse ocupacional apontado pela pesquisa, tomou-se como referencia a escala de cinco pontos desenvolvida por Zille (2005:222-223): Ausencia de Estresse < 1,75; Estresse Leve a Moderado [] 1,75 a < 2,46; Estresse Intenso [] 2,46 a < 3,16; e Estresse Muito Intenso [] 3,16.

Os conceitos utilizados para a categorizacao do estresse, propostos por Zille (2005), estao relacionados a seguir. Ausencia de Estresse--significa um estado de bom equilibrio entre as demandas psiquicas advindas do ambiente, tais como trabalho, familia e social, entre outras, e a estrutura psiquica do individuo. Estresse Leve a Moderado--indica a ocorrencia de manifestacoes de estresse, mas em grau compensado, possivelmente sem gerar impactos importantes nos diversos ambientes de interacao do individuo. Estresse Intenso--indica a ocorrencia de manifestacoes de estresse num grau elevado, possivelmente gerando impactos importantes no individuo; as condicoes organicas e psiquicas podem apresentar alteracoes e, em alguns casos, os individuos necessitam de tratamento/acompanhamento psicologico, podendo necessitar tambem de tratamento clinico. Estresse Muito Intenso--indica a ocorrencia de manifestacoes de estresse num grau muito elevado, que geram impactos significativos nos diversos ambientes em que o individuo opera; as condicoes organicas e psiquicas apresentam alteracoes muito importantes, e os casos desta intensidade necessitam de tratamento/ acompanhamento clinico e/ou psicologico (ZILLE, 2005:223, 225, 226 e 288).

A Tabela 1, a seguir, indica que 75,7% dos individuos pesquisados da amostra global apresentaram manifestacoes de Estresse: 55,9% de nivel leve a moderado; 14,6% de estresse intenso; e 5,2% de estresse muito intenso.

Quando a analise recai nos setores especificos pesquisados (bancario, comercial, servicos, educacao e industrial), observa-se que o setor que se revelou mais critico foi o da educacao, com 85,7% dos sujeitos com algum nivel de estresse, seguido dos setores comercial, 83,3%, de servicos, 74,9%, bancario, 69,2%, e industrial, 66,7%.

Analisando a incidencia do estresse nos niveis hierarquicos pesquisados da amostra global, observa-se que a maior ocorrencia de estresse intenso/muito intenso deu-se na gerencia intermediaria e, em seguida, na supervisao operacional. Uma explicacao para essa ocorrencia pode ser o proprio nivel de atuacao--gerencia intermediaria--em relacao a hierarquia das empresas. Ou seja, a pressao tende a ser mais acentuada nesse nivel gerencial, uma vez que seus ocupantes tem de conviver com pressoes advindas da base da estrutura organizacional, de seu topo e tambem dos pares, o que torna essa categoria mais propensa a niveis acentuados de pressao no trabalho. Essa ocorrencia e confirmada por outros estudos realizados no Brasil (COUTO, 1987; ZILLE, 2005; ZILLE; BRAGA, 2008; ZILLE L. P.; BRAGA; ZILLE, G. P., 2011; ZILLE, 2011).

Em relacao aos sintomas de estresse, no grupo de gerentes diagnosticados com estresse intenso e muito intenso, os principais identificados, com incidencia variando de 50% a 66,7%, por ordem de importancia na amostra global, foram os seguintes: ansiedade; nervosismo; fadiga (baixo nivel de energia); irritabilidade sem motivo aparente; angustia (aflicao, sensacao de impotencia diante dos problemas); e dor nos musculos do pescoco e ombros.

3.1.3. Fontes de Tensao e Indicadores de Impactos na Produtividade

Com base nos resultados da pesquisa, foi possivel observar que, considerando-se a amostra global, 99,4% ou 633 dos gestores pesquisados vem sofrendo tensao no ambiente de trabalho. Desse porcentual, 47,1% ou 300 relatam sofrer tensao intensa ou muito intensa. Quando a analise recai sobre a hierarquia, a gerencia intermediaria e que mais sofre esses niveis de tensao, o que explica o maior nivel de estresse identificado nesses profissionais, como pode ser observado na Tabela 1. As fontes de tensao mais importantes identificadas no estudo foram: realizar trabalho que exige a execucao de varias atividades ao mesmo tempo, com alto grau de cobranca; estar submetido a muitos prazos e a prazos apertados; submeter-se a filosofia da direcao, pautada pela obsessao e compulsao por resultados; ter o dia muito tomado por uma serie de compromissos de trabalho assumidos, com pouco ou nenhum tempo livre; nao conseguir se desligar dos contextos relacionados ao trabalho; levar a vida de forma muito corrida, realizando cada vez mais trabalho em menos tempo, mesmo quando nao ha exigencias para tal; e pensar e realizar de forma frequente duas ou mais coisas ao mesmo tempo, tendo dificuldades para conclui-las. Essas fontes de tensao no trabalho foram identificadas nos gestores que apresentam nivel de tensao intenso e muito intenso. Esses indicadores revelaram incidencia de estresse que variou de 59,5% a 70,4% nos gestores pesquisados e diagnosticados com estresse intenso e muito intenso.

Aprofundando o estudo e analisando as fontes de tensao especificas do trabalho dos gestores, foi possivel identificar, na amostra global, que as mais recorrentes foram: conhecer o que e qualidade de vida e sua importancia e nao ter tempo para praticar esses conceitos; estar em conflito por perceber a sobrecarga e nao poder questiona-la por ocupar "funcao gerencial" e, por fim, vivenciar conflitos por ter que ser inovador, dotado de autonomia, e estar sujeito as normas da organizacao.

Em relacao ao constructo Indicador de Impacto na Produtividade, as variaveis correspondentes foram: dificuldade de lembrar fatos recentes relacionados ao trabalho, o que anteriormente era facilmente lembrado; dificuldade na tomada de decisoes; fuga das responsabilidades de trabalho, que anteriormente eram assumidas de forma natural; desejo de trocar de emprego com frequencia; desmotivacao importante para o trabalho; perder o controle sobre os eventos da vida (trabalho, familia, relacionamentos, entre outros); excessivo desgaste nos relacionamentos interpessoais, no trabalho ou fora dele; dificuldade de concentracao; diminuicao da eficacia no trabalho; e queda na produtividade.

Analisando a presenca desses indicadores nos gestores pesquisados, observa-se que, para 57,5% ou 366 dos individuos, os indicadores referidos apresentaram-se relevantes e, para 16,1% ou 103, a relevancia mostrou-se bastante acentuada.

Dessa forma, verificou-se que nao sao apenas os individuos que sofrem com as decorrencias do estresse ocupacional, mas tambem as organizacoes, principalmente no que se refere a produtividade.

4. CONCLUSOES

O estresse relacionado ao trabalho constitui, de acordo com Levi (2005), um importante fator determinante dos transtornos depressivos, alem de induzir ao aumento da pressao sanguinea, provavelmente contribuindo para a morbidade por doencas cardiacas, desencadeamento de quadros de diabetes, esgotamento fisico, aparecimento de outras doencas, incluindo os disturbios cardiovasculares, como as molestias do coracao, acidente vascular cerebral (AVC) e problemas renais decorrentes da hipertensao arterial. Essas sao consequencias que, alem de gerar o adoecimento dos individuos, quase sempre interferem no desempenho no trabalho, com reflexos na produtividade das organizacoes. Diante desse contexto, este estudo teve como objetivo identificar os niveis de estresse, as principais fontes de tensao excessiva no trabalho e os indicadores de impacto na produtividade dos gestores que atuam nos niveis de alta gerencia, gerencia intermediaria e supervisao operacional, em empresas privadas no Estado de Minas Gerais.

Neste estudo, constatou-se que 75,7% dos individuos pesquisados da amostra global, ou 482, apresentaram manifestacoes de Estresse, dos quais 55,9%, ou 356, um nivel de estresse de leve a moderado, 14,6%, ou 93, um quadro de estresse intenso, e 5,2%, ou 33, um estresse muito intenso. A partir dessa constatacao, pode-se identificar que ter o dia muito tomado com uma serie de compromissos de trabalho assumidos, com pouco ou nenhum tempo livre, nao conseguir desligar-se dos contextos relacionados ao trabalho, levar a vida de forma muito corrida, realizando cada vez mais trabalho em menos tempo, mesmo quando nao ha exigencias para tal, e pensar e realizar de forma frequente duas ou mais coisas ao mesmo tempo, tendo dificuldades para conclui-las, foram as principais fontes de tensao excessiva no trabalho para os gestores identificados com quadro de estresse ocupacional.

Em relacao aos sintomas de estresse, os principais identificados por ordem de importancia na amostra global foram: ansiedade, nervosismo, fadiga, irritabilidade sem motivo aparente, angustia (aflicao, sensacao de impotencia diante dos problemas) e dor nos musculos do pescoco e ombros.

Esse resultado vai ao encontro das constatacoes das ultimas pesquisas realizadas em diversos Paises e no Brasil (COUTO, 1987; ZILLE, L. P. 2005; ISMA 2003, 2004; ZILLE, L. P.; BRAGA; ZILLE, G. P., 2011; ZILLE, 2011).

Conhecendo o diagnostico de estresse ocupacional e as principais fontes de tensao excessiva no trabalho dos gestores, tambem foi possivel constatar que a dificuldade de lembrar fatos recentes relacionados ao trabalho, o que anteriormente era facilmente lembrado, dificuldade na tomada de decisoes, fuga das responsabilidades de trabalho, que anteriormente eram assumidas de forma natural, desejo de trocar de emprego com frequencia, desmotivacao importante para o trabalho, perder o controle sobre os eventos da vida (trabalho, familia, relacionamentos, entre outros), excessivo desgaste nos relacionamentos interpessoais, no trabalho ou fora dele, dificuldade de concentracao e diminuicao na eficacia no trabalho foram indicadores importantes de impacto na produtividade, apresentados por 73,6% ou 469 dos gestores participantes do estudo.

Apesar de haver mecanismos de regulacao, que sao praticas adotadas por esses individuos que, de certa forma, buscam amenizar as situacoes tensionantes vivenciadas na realizacao do trabalho, como, por exemplo, experiencia profissional (background na area de autuacao), possibilidade de gozar ferias regularmente, possibilidade de descansar nos finais de semana e feriados, espirito de cooperacao entre os pares, possibilidade de questionar prazos e prioridades, e canal aberto nas organizacoes para conversar sobre as dificuldades e tensoes vivenciadas, esses mecanismos nao estao sendo suficientes para neutralizar as situacoes tensionantes vivenciadas e, consequentemente, os quadros de estresse identificados.

Espera-se que este estudo, a partir dos resultados apresentados, possa contribuir com o balizamento de acoes por parte das organizacoes para a reducao e o controle dos niveis de estresse ocupacional da categoria pesquisada. Essas acoes poderao gerar melhorias nas condicoes de trabalho e na qualidade de vida desses trabalhadores, bem como criar condicoes favoraveis para a melhoria dos resultados de trabalho. Portanto, os resultados apresentados requerem atencao por parte nao so dos individuos, mas tambem das organizacoes.

Reforcando Albrecht (1990), assinala-se que as organizacoes devem investir na reducao do estresse no trabalho como forma de manter os gestores saudaveis e produtivos. Alem disso, tambem se deve evitar o estresse, por seu efeito negativo e contagioso, que pode ser transferido para outros trabalhadores, possibilitando um desencadeamento em cascata e levando a uma epidemia de estresse, que tem um efeito nefasto sobre os trabalhadores e nas organizacoes. Nesse sentido, de acordo com Levi (2005), o estresse continuo relacionado ao trabalho constitui um importante fator determinante dos transtornos depressivos, alem de outros impactos na saude do trabalhador, gerando consequencias como o aumento da pressao sanguinea e provavelmente contribuindo para a morbidade por doencas cardiacas, desencadeamento de quadros de diabetes, exaustao, perda de peso, esgotamento fisico e aparecimento de outras doencas, como AVC e problemas renais devidos a hipertensao arterial.

Dessa forma, nao sao apenas os individuos que sofrem com as decorrencias do estresse ocupacional, mas tambem as organizacoes, principalmente no que se refere a queda da produtividade e a diminuicao da eficacia no trabalho, com aumento de erros e ate mesmo de acidentes de trabalho, alem da elevacao da taxa de absentismo e turnover nas organizacoes.

Com relacao a pesquisas futuras, uma direcao importante e o aprofundamento da investigacao das diferencas entre os niveis hierarquicos e as manifestacoes de estresse, bem como o estudo das manifestacoes de estresse relacionadas as diferencas de genero.

DOI: 10.5700/rege537

Recebido em: 29/6/2011

Aprovado em: 14/4/2014

Luciano Zille Pereira

Professor Titular e Pesquisador do Programa de Mestrado Academico da Faculdade Novos Horizontes--Belo Horizonte-MG, Brasil

Psicologo. Doutor em Administracao pela Universidade Federal de Minas Gerais Professor Aposentado do Centro de Pos-Graduacao e Pesquisas em Administracao da Universidade Federal de Minas Gerais (CEPEAD/UFMG)

Pesquisador da FAPEMIG

E-mail: [email protected]

Clarissa Daguer Braga

Mestre em Administracao pelo Centro de Pos-graduacao e Pesquisa em Administracao da UFMG (CEPEAD/UFMG)--Belo Horizonte-MG, Brasil

Graduada em Psicologia pela Fundacao Mineira de Educacao e Cultura

E-mail: [email protected]

Antonio Luiz Marques

Professor Titular e Pesquisador do Curso de Mestrado Academico em Administracao da Faculdade Novos Horizonte--Belo Horizonte-MG, Brasil

Professor Titular aposentado do Departamento de Ciencias Administrativas da UFMG Doutor em Administracao pela Aston University, UK

Psicologo pela Universidade FUMEC. Mestre em Administracao pela UFMG E-mail: [email protected]

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Tabela 1--Nivel de estresse ocupacional por nivel
hierarquico--amostra global

                            Alta Gerencia  Gerencia
                                           Intermediaria

                            Frequencia     Frequencia

Nivel de estresse           Abs.   %       Abs.   %

Ausencia de estresse        30     26,8    53     23,0
Estresse leve a moderado    63     56,3    129    56,1
Estresse intenso            15     13,4    40     17,4
Estresse muito intenso      4      3,6     8      3,5
Total                       112    100,0   230    100,0

                            Supervisao     Total (por
                            Operacional    nivel de
                                           estresse)

                            Frequencia     Frequencia

Nivel de estresse           Abs.   %       Abs.   %

Ausencia de estresse        72     24,4    155    24,3
Estresse leve a moderado    164    55,6    356    55,9
Estresse intenso            38     12,9    93     14,6
Estresse muito intenso      21     7,1     33     5,2
Total                       295    100,0   637    100,0

Nota: 637 questionarios validos.

Fonte: Dados da pesquisa.


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