期刊名称:DELTA: Documentação de Estudos em Lingüística Teórica e Aplicada
印刷版ISSN:0102-4450
电子版ISSN:1678-460x
出版年度:2016
卷号:32
期号:3
页码:673-693
DOI:10.1590/0102-445081012923949496
出版社:DELTA
摘要:RESUMO Este trabalho revisita a noção de usuário em vertentes anglo-americanas e continentais da pragmática linguística. Delineamos alguns dos pressupostos da ideia de usuário racional, defendida por filósofos como Paul Grice e John Searle, bem como algumas assunções da crítica a esse modelo, realizada por pragmaticistas de tradições continentais, discursivas ou brasileiras. Historicamente, identificamos, nas primeiras décadas da pragmática linguística (1980 e 90), um recurso frequente à psicanálise na desconstrução do modelo de usuário racional - diálogo que foi se tornando rarefeito nas décadas seguintes. Aventamos que a possível natureza dessa atual recusa encontra-se numa intepretação equivocada de que a psicanálise seja uma teoria do indivíduo, ao passo que a pragmática seria uma teoria da sociedade. Apontamos, finalmente, para a premência do diálogo entre pragmática e psicanálise, sobretudo porque os campos têm compartilhado uma vigorosa crítica ao indivíduo intencional.
其他摘要:ABSTRACT This paper revisits the notion of user in both Anglo-American and Continental Pragmatics. We delineate some of the assumptions under the idea of rational user, as philosophers such as Paul Grice and John Searle have proposed it, in addition to other premises within the critique to this model, as pragmaticists in Continental, discursive or Brazilian traditions undertake it. We've identified historically that in the first decades of linguistic pragmatics (1980 and 90), continental pragmatics did frequently resort to psychoanalysis in deconstructing the rational user - a type of dialogue that would become less and less prominent in the decades to come. We suggest that the possible reason for such a refusal lies in a misinterpretation of psychoanalysis as a theory of the individual versus pragmatics as a theory of society. We then gesture at the urgency of the dialogue between pragmatics and psychoanalysis, for both fields have shared a vigorous critique to the intentional individual.