摘要:O manejo das variedades tradicionais de sementes entre os povos indígenas tem recebido atenção crescente nos últimos anos. Esta pesquisa analisou a agrobiodiversidade na Terra Indígena Laranjinha, habitada por índios Guarani-Nhandewa, na região Norte do Paraná. O estudo analisou aspectos da memória local sobre as diversas sementes indígenas, suas características e usos, bem como as práticas agrícolas empregadas. Foram ainda registradas as intenções dos indígenas em resgatar esta agrobiodiversidade e as principais dificuldades encontradas. A pesquisa mostra que as Feiras de Trocas de Sementes Crioulas e Tradicionais Indígenas, realizadas anualmente desde 2011, na Terra Indígena Pinhalzinho, também no Norte do Paraná, representam uma nova estratégia coletiva para o resgate e revalorização da agrobiodiversidade, pois organizam esforços até então pontuais e difusos para a localização e produção de variedades de arroz, feijão, batata doce, mandioca, milho e outros alimentos. O resgate da agrobiodiversidade fortalece a identidade cultural e contribui para a reconstrução da organização comunitária .
其他摘要:The management of traditional varieties of seeds among indigenous communities have been receiving increasing attention for the past years. This research examined agrobiodiversity in the Laranjinha Indigenous Land, in northern Paraná State, inhabited by the Guarani-Nhandewa people. The study analyzes the local memory about the various indigenous seeds, their characteristics and uses, as well as agricultural practices. We also verified their intention to recover agrobiodiversity practices and major difficulties to do so. The Feiras de Trocas de Sementes Crioulas e Tradicionais Indígenas (Traditional and Indigenous Seeds Exchange Fairs), held yearly since 2011 in the Pinhalzinho Indigenous Land, also in northern Paraná, is a new collective strategy for recovering biodiversity, for it reorganizes efforts (individual until then) in finding seeds and producing traditional varieties of rice, beans, sweet potatoes, cassava, maize, and other foods. Revaluation of agrobiodiversity fortifies cultural identity and contributes to rebuild the collective organization.