摘要:A partir do século XIX, tal como outras tradições ocidentais, a escrita da história do Brasil orientou-se pelo paradigma nacional. Desta forma, buscou-se no passado da América portuguesa às origens da própria nacionalidade brasileira. Neste sentido, a personagem histórica de Alexandre de Gusmão (1695-1753) foi sendo “descoberta”, identificada como um monumento e percebida como um verdadeiro ponto de gestação do sentimento nacional no passado colonial. Da mesma forma, o Tratado de Madrid (1750), considerado a grande obra política do Secretário particular de D. João V, passou também a ser considerado uma espécie de antevisão do Estado-Nação independente projetada em uma construção diplomática e cartográfica. Neste artigo, objetivamos discutir algumas das dimensões dessa construção simbólica da história-memória nacional e da própria nação no plano imaginário. Palavras-chave : Memória; História; monumento; nação.