摘要:O artigo analisa as representações do missionário José de Anchieta veiculadas através dos discursos e conferências – reunidos na Coletânea Anchietana –, com o objetivo de desvendar a apropriação que delas foi feita por ocasião da instituição do Dia de Anchieta em 1965. Ao apresentar o jesuíta Anchieta como precursor da nacionalidade brasileira, como guardião da moral e exemplo de santidade, intelectuais brasileiros e estrangeiros, autoridades civis e militares e representantes da Igreja Católica evidenciam não apenas as condutas consideradas fundamentais para a sociedade brasileira naquele momento político, como justificam e evocam a retomada do processo de beatificação do missionário jesuíta.