摘要:Neste artigo discutimos as concepções de memória e tempo na obra filosófica de Gilles Deleuze, investigando suas contribuições para uma visão singular sobre a memória enquanto multiplicidade e produção. Realizamos nossa reflexão a partir de revisão bibliográfica sobre sua obra, buscando os principais textos que abordam tal problemática. Apresentamos as três sínteses do tempo formuladas por Deleuze, referenciadas na noção de hábito de D. Hume, de duração de H. Bergson e de eterno retorno, enquanto produção da diferença, de F. W. Nietzsche, que geram o modelo da memória enquanto multiplicidade e dispositivo produtor de presente e futuro. A partir de tal perspectiva criticamos o modelo anamnésico e restitutivo da memória, pois, ao invés de restituição, traz as características da experimentação, de criação e de produção.