摘要:O presente artigo assume uma perspectiva etnográfica para a compreensão das redes de relações estabelecidas entre os pichadores da cidade de Porto Alegre. Os resultados apresentados resgatam o acompanhamento do tema durante cinco anos, onde através de entrevistas, observações e do próprio caminhar pela cidade foi se configurando um quadro de compreensão maior acerca do fenômeno em questão. Partindo de uma concepção do ato de pichar como ato comunicacional se vislumbram a relação desses atores sociais com a cidade, transeuntes, as que estabelecem entre si e com os grafiteiros. O “lusco-fusco identitário” que permeia tais vivências na contemporaneidade indica para os atravessamentos do pertencer/não pertencer à sociedade em que vivem, a busca por reconhecimento endogrupo e exogrupo e as tensões geradas pela disputa dos espaços na cidade.