摘要:Este artigo objetiva desvelar os dilemas e vicissitudes das famílias em situação de vulnerabilidade social no contexto hodierno da desinstitucionalização psiquiátrica. De natureza quanti-qualitativa, com suporte bibliográfico, documental, entrevista semiestruturada e observação flutuante, a pesquisa foi feita na Defensoria Pública da União no Ceará e teve como sujeitos famílias com demanda psíquica atendidas pelo serviço social da instituição, as quais buscam assistência jurídica para a obtenção de direitos sociais destinados à pessoa com deficiência mental, que lhes são negados no âmbito administrativo. A pesquisa revelou que os familiares enfrentam dilemas e vicissitudes tanto na esfera microfamiliar, através dos conflitos que envolvem questões financeiras, físicas e emocionais marcadas pelas pressões e sobrecargas adjuntas à situação, quanto na esfera macrossocial, devido ao crescente processo de centralização familiar, em face da desproteção do Estado, e às mazelas estruturais de uma conjuntura política pautada por interesses globais e econômicos que reverberam no provimento da política de proteção social. Conclui-se, pois, que tais questões precisam ser amplamente discutidas no sentido de atentar para as demandas familiares, visto que não responder aos seus anseios e necessidades pode incorrer em riscos para os avanços da desinstitucionalização psiquiátrica.
其他摘要:This article aimed to unveil the dilemmas and setbacks in the lives of families in situations of social vulnerability within today's context of psychiatric deinstitutionalization. The quanti-qualitative research was based on specialized bibliography, documents, semi-structured interviews and floating observation, was carried out at the Public Defender's Office whose subjects are families with psychiatric demands assisted by the institution's Social Service and seek for legal assistance to guarantee mentally impaired people the social rights that had been denied to them at the administrative scope. The study found that the members of these families face dilemmas and setbacks both on the micro-familiar level, through conflicts involving financial, physical and emotional matters marked by the pressure and the overload of the situation as a whole; as well as on the macro-social level, due to the growing process of family centralization before the lack of State protection and the structural illnesses of a policy based on global and economic interests that echoes into the promotion of social protection policies. Therefore, one concludes that such issues need to be widely discussed in order to closely observe these families' demands, since not meeting their needs may incur risks to the advances of psychiatric deinstitutionalization.